A desavença é entre a Prefeitura de Mirassol e a empresa Expresso Itamarati. Mas a conta quem paga são os mirassolenses que trabalham ou precisam vir a Rio Preto.
A prefeitura proibiu que a Itamarati circule pelos bairros de Mirassol. A medida beneficia a empresa Transmassei, contratada pela mesma prefeitura para fazer o transporte urbano desde dezembro.
Entre os mirassolenses prejudicados está a auxiliar contábil Alana Souza Apoloni, 36, moradora do bairro Regissol, que gastava R$ 5 para ir e voltar do trabalho e hoje paga R$ 8,60. Um prejuízo de quase R$ 80 no final do mês.
“O gasto que estou tendo em passagens para ir trabalhar e voltar não está compensando. E não posso ir a pé até a rodoviária porque é longe. O jeito é procurar um emprego em Mirassol”, afirma ela.
A recepcionista Érika Tatiane Aquino de França, 23 anos, também está passando pelo mesmo dilema. “Moro no bairro Cohab 2 e não tenho como chegar até a rodoviária porque fica a quatro quilômetros da minha casa. Sou obrigada a pagar duas vezes para chegar até o meu trabalho. Isso é um absurdo”, afirma a recepcionista.
A assessoria de imprensa da prefeitura afirmou que foram abertas quatro licitações para o transporte urbano e que não houve nenhuma empresa interessada, nem mesmo a Itamarati, que é responsável pelo transporte intermunicipal.
O diretor operacional da Itamarati Valdeir Aparecido Zanin diz que a empresa operou o serviço urbano de Mirassol durante 10 anos e por mais um ano, por meio de contratos emergenciais, até o ano passado. “O serviço durante todo este período mostrou-se deficitário, sendo essa a razão da não participação na última licitação”, diz Valdecir.
De acordo com ele, o serviço intermunicipal que era realizado nos bairros, agora por determinação da prefeitura tem o seu ponto inicial e final na rodoviária.
Fonte: Rede Bom Dia
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