O governo do estado bateu o martelo: a Linha 4 do metrô, ligando a Barra da Tijuca à Zona Sul, terá uma ponte estaiada (suspensa por cabos), em concreto e aço, que sairá da Pedra do Focinho do Cavalo e passará sobre a Lagoa da Tijuca, seguindo em direção à estação Jardim Oceânico. O secretário de Transportes em exercício, Sebastião Rodrigues Pinto Filho, informou que o projeto da ponte — com 275 metros de extensão — é o que foi noticiado pela coluna Gente Boa, do GLOBO, no último dia 3. Em São Conrado, também há novidades: a rocha será aproveitada como elemento de decoração da estação do metrô, que terá dois acessos — um deles colado à subida para a Rocinha e o segundo do outro lado da Autoestrada Lagoa-Barra, próximo a uma concessionária de veículos. Para facilitar o acesso dos moradores da favela ao metrô, o secretário estadual de Obras e vice-governador, Luiz Fernando Pezão, confirmou estar em estudo a implantação de um teleférico, semelhante ao que foi feito no Complexo do Alemão. A intenção é que a obra seja incluída na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).
Há ainda propostas que foram feitas à prefeitura e que constam de um vídeo produzido pelo estado. Uma delas prevê a demolição das atuais pontes de acesso e saída da Barrinha e do Itanhangá. Seria construída uma nova estrutura sobre a Lagoa da Tijuca, com duas pistas, mais elevadas do que as atuais, de modo a permitir a circulação de barcos. Outra ideia é a reurbanização do trecho ocupado pelo canteiro de obras da Linha 4 e por invasões, às margens da Lagoa da Tijuca, que poderia ganhar até uma marina.
— Essas obras não poderiam fazer parte da Linha 4, mas apresentamos à prefeitura como sugestão. Elas foram bem recebidas, mas cabe ao município executá-las — contou o engenheiro Bento Lima, responsável pela construção da Linha 4.
Em São Conrado, 56 desapropriações
De acordo com o engenheiro, numa primeira avaliação, para a construção da estação de São Conrado serão necessárias 56 desapropriações na encosta próxima à Estrada da Gávea (que corta a Rocinha). As primeiras 20 foram relacionadas em decreto do governador Sérgio Cabral, que tornou os imóveis de utilidade pública para fins de desapropriação.
— Estão previstos mais dois decretos para São Conrado. Todos os imóveis são terrenos. Os que têm construções foram invadidos e vamos negociar com os invasores — explicou Bento Lima.
O canteiro de obras de São Conrado está sendo instalado. E o túnel deve começar a ser perfurado em 45 dias, marcando o início de uma nova frente, que se somará à da Barra da Tijuca.
Fonte: Extra Online
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