À meia noite do dia 1º de março, cobradores e motoristas do transporte coletivo integrado de Curitiba iniciam uma greve por tempo indeterminado. O anúncio foi feito ontem pelo presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores nas Empresas de Transporte de Passageiros nas Empresas de Curitiba e Região Metropolitana, Anderson Teixeira. “Nós iremos protocolar ainda hoje (ontem) na Justiça do Trabalho o pedido para o dissídio coletivo da categoria e fazer o comunicado oficial da paralisação”, disse Teixeira.
O sindicalista afirmou que, a fim de que a greve não seja julgada como ilegal 30% da frota deverá ser mantida. “Só ainda não sabemos como esse contingente irá operar. Podemos até trabalhar com a escala de domingo”, disse. “Mas vamos estudar junto com o Ministério do Trabalho como iremos manter a paralisação sem torná-la ilegal”, conta.
O sindicalista afirmou que, a fim de que a greve não seja julgada como ilegal 30% da frota deverá ser mantida. “Só ainda não sabemos como esse contingente irá operar. Podemos até trabalhar com a escala de domingo”, disse. “Mas vamos estudar junto com o Ministério do Trabalho como iremos manter a paralisação sem torná-la ilegal”, conta.
Com a data base em 1º de fevereiro, ontem foram dadas por encerradas as negociações com os patrões. A categoria pediu 38% de aumento, além de outros benefícios, como plano de saúde, vale alimentação no lugar da cesta básica de R$ 99 e um reajuste de 50% sobre esse valor, que as empresas fornecessem aos trabalhadores o troco para dar aos passageiros, entre outras reivindicações.
A contraproposta dos patrões não passou de 8%. Teixeira explica que os técnicos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socio Econômicos (Dieese), que acompanhou as negociações, realizou um estudo e chegaram ao porcentual de 10%. “Os estudos feitos mostraram que os patrões poderiam chegar a este patamar sem causar grandes impactos para sociedade. Mas depois de mais de um mês de negociações eles não melhoraram em nada a proposta, por isso não nos resta outra saída”, disse.
Abusos — O Sindimoc representa 14 mil motoristas e cobradores de Curitiba e Região Metropolitana. A carta de reivindicações inclui o fim da intrajornada, “que na prática significa que o trabalhador que inicia o trabalho às 4 da manhã seja obrigado a seguir até as 16 horas, ainda que esta jornada não seja ininterrupta, o trabalhador fica comprometido com a empresa por mais de 10 horas”, explicou.
Por conta de questões como a citada, o Teixeira afirmou que o Sindicato deverá ir à Justiça do Trabalho para mover ações por assédio moral, comum a maioria das empresas.
O fim da dupla função (do cobrador que cobra e dirige ao mesmo tempo) é outra reivindicação da categoria. “O trabalhador é obrigado a infringir o código de trânsito para poder cumprir o horário, senão tem o valor do quilometro rodado descontado do seu salário no fim do mês”, disse. Teixeira ressaltou ainda que a paralisação só será cancelada se houver algum acordo que traga alguns benefícios para a categoria.
Fonte: Bem Paraná
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