A tarifa aumentou, mas as melhorias prometidas pela prefeitura para o usuário do transporte público da capital continuam no papel. Nos últimos dois anos, a gestão Gilberto Kassab (DEM) pouco avançou em obras importantes, como a implantação de novos terminais urbanos --dos 13 previstos, apenas 1 foi entregue à população.
A mesma demora é observada no ritmo de criação de novos corredores de ônibus, essenciais para aumentar a velocidade das viagens, reduzir as filas nos pontos e melhorar a satisfação dos usuários. Nenhum dos 66 km previstos começou a operar.
Mesmo sem receber a esperada contrapartida, o paulistano vai pagar mais caro a partir de hoje --a passagem subiu de R$ 2,70 para R$ 3. O valor é R$ 0,35 mais caro que o aplicado pelo Metrô e pela CPTM, o que pode causar uma migração de usuários entre os sistemas de transporte.
'Velocidade média dos ônibus vai aumentar'
A Secretaria Municipal dos Transportes informou ontem que os projetos previstos no plano de metas estão mantidos. Segundo a pasta, as zonas leste e sul, que registram maior procura por transporte público, serão priorizadas. A prefeitura também afirmou que trabalha para melhorar a fluidez dos ônibus.
"A meta é aumentar a velocidade média dos ônibus entre 10% e 15%, o que equivale ao acréscimo de 1.500 a 2.250 veículos", informou a pasta, que citou a implantação de uma faixa reversível na estrada do M'Boi Mirim (zona sul) como forma de reorganizar o sistema e reduzir o tempo da viagem.
Sobre o reajuste da tarifa, a secretaria afirmou que o aumento proporcionará uma redução de cerca de R$ 150 milhões no subsídio pago às concessionárias, investindo em outras áreas. A prefeitura ainda disse que pode remanejar recursos, se necessário. Adriana Ferraz
Fonte: Agora S. Paulo
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