Menos de um ano depois do último reajuste, a Prefeitura de Salvador vai aumentar de R$ 2,30 para R$ 2,50 o valor da tarifa do transporte coletivo. O novo preço começará a valer no dia 2 de janeiro.
O reajuste, de 8,7%, supera a inflação acumulada de 2010, prevista para fechar o ano em 5,78% (pelo IPCA). Em termos absolutos e percentuais, é o dobro do último aumento, que foi de R$ 2,20 para R$ 2,30 (4,1%) – realizado em 15 de janeiro. Salvador se mantém como a mais cara tarifa do Nordeste e, agora, uma das mais caras do Brasil.
O aumento no preço do ônibus já era esperado desde a semana passada, quando a prefeitura publicou um decreto dando poderes ao secretário de Transportes e Infraestrutura, Euvaldo Jorge, para “fixar o valor da tarifa de transporte coletivo”. Na ocasião, entretanto, o secretário negou que soubesse de qualquer reajuste.
Reações - Representações de estudantes e até o Ministério Público Estadual criticaram o aumento. A Associação de Grêmios e Estudantes de Salvador (Ages) soltou nota afirmando que a cidade possui “um dos piores sistemas de transporte coletivo do Brasil”, declarando “repúdio” à medida.
A promotora Rita Tourinho, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público (Gepam), afirmou que só uma auditoria independente poderia mensurar com imparcialidade os custos reais das tarifas. “O cálculo da tarifa é literalmente uma caixa-preta. Para chegar ao valor da tarifa, é preciso informações que vêm apenas das empresas”, avaliou.
A planilha de custos feita pela prefeitura será analisada pela Comissão de Transportes da Câmara de Vereadores, mas sem nenhum efeito prático, já que a fixação da tarifa não depende do Legislativo. “Eu não sabia de nada, tomei conhecimento só hoje (terça-feira)”, afirmou o vereador Jorge Jambeiro (PSDB), presidente da comissão.(Felipe Amorim)
Fonte: A Tarde
A promotora Rita Tourinho, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público (Gepam), afirmou que só uma auditoria independente poderia mensurar com imparcialidade os custos reais das tarifas. “O cálculo da tarifa é literalmente uma caixa-preta. Para chegar ao valor da tarifa, é preciso informações que vêm apenas das empresas”, avaliou.
Fonte: A Tarde
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