Com uma frota de ônibus sucateada, que há meses vem provocando transtornos para passageiros, Petrópolis passa a ter amanhã uma das passagens mais caras do estado. Por conta de um decreto do prefeito Paulo Mustrangi, que concedeu reajuste de 13,6 % em favor da empresas de transporte da cidade, a tarifa passa de R$ 2,20, para R$ 2,50.
A título de comparação, na capital, quem usa o transporte coletivo desembolsa R$ 2,40 e, com o bilhete único, tem o direito de circular em dois ônibus no intervalo de duas horas. Segundo a Fetranspor, na região metropolitana do Rio, que abrange 20 municípios, a tarifa mais cara é praticada em Mangaratiba (R$ 2,50) e a menor em Guapimirim (R$ 1,90).
O anúncio do aumento causou indgnação entre vereadores.
"A Câmara vai pressionar o prefeito para que não haja o aumento. Nenhuma melhoria foi feita para que se justifique o reajuste", critica o presidente da Câmara Municipal, Bernardo Rossi.
Como Rossi, até o líder do governo na Câmara, Wagner Silva, é contra o aumento:
"Peço ao prefeito que reveja esse decreto e que não haja aumento até que os problemas no transporte sejam resolvidos".
A situação de caos instalada no setor de transporte público da cidade fez com que em abril o prefeito Paulo Mustrangi decretasse a intervenção em três das seis empresas responsáveis pelo transporte de passageiros. Passados mais de sete meses, usuários ainda enfrentam frequentes falhas no serviço oferecido pelas empresas que passaram a ser admistradas pelos interventores: coletivos continuam quebrando diáriamente e, por vezes, se envolvendo em acidentes.
Fonte: O Globo
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