Desde que o Bilhete Único foi implantado em São Paulo, em maio de 2004, na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PT), os próprios passageiros do transporte coletivo paulistano inventam soluções para contornar problemas operacionais do sistema, como é o caso do limite de duas horas de validade do cartão. Quando o trajeto a percorrer é muito longo, os passageiros não passam o bilhete pela catraca, permanecendo na parte da frente do ônibus para economizar tempo. Assim o usuário pode pegar outro ônibus antes de terminar a validade de duas horas.
Mas, diferentemente do Rio, São Paulo criou corredores para a circulação dos ônibus, faixas exclusivas que livram os coletivos dos corriqueiros congestionamentos do trânsito. Mesmo com o fluxo de veículos parado, os corredores dão fluidez ao tráfego dos coletivos e agilidade para os passageiros, que ficam menos pressionados com o tempo da viagem.
A 2ª maior integração do mundo, após Hong Kong
Atualmente o problema que mais tem afetado os usuários do Bilhete Único de São Paulo são as falhas no sistema na recarga do cartão em todos os seis mil postos da cidade. Esta semana foram registradas panes frequentes que deixaram lento o serviço, chegando a interrompê-lo em diversos momentos. Estudantes e portadores de vale-transporte, principalmente, reclamaram porque não conseguiram recarregar o bilhete nos últimos dias.
No começo da semana, na maioria dos postos de recarga, o sistema da SPtrans, empresa municipal que administra o Bilhete Único, ficou completamente indisponível. Os 60 pontos localizados dentro das estações de metrô, por exemplo, não chegaram a ficar totalmente fora do ar, mas, como a rede estava lenta, os usuários também foram prejudicados.
Até 2006 a empresa municipal havia expedido mais de 8,5 milhões de cartões. A frota de 15 mil ônibus e 7,3 milhões de viagens é provavelmente a segunda maior solução em bilhetagem eletrônica no mundo, logo depois do cartão Octopus, de Hong Kong.
Fonte: O Globo
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