Dois projetos de mobilidade urbana e milhares de dúvidas sobre a remoção das 3.500 famílias impactadas pelas obras na Via Expressa para a Copa do Mundo de 2014. Se as ações para a instalação do Ramal Parangaba/Mucuripe do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) e o alargamento da avenida ainda estão no papel, o temor de perder as casas já está na boca do povo da área.
Dezenas de moradores, às margens da via férrea entre o bairro Mucuripe e a Avenida Raul Barbosa, já tiveram as residências marcadas com tinta verde, sinal de possível retirada já no ano que vem. O clima é de incertezas sobre o futuro da nova morada. Vale lembrar que muitos habitam o bairro há mais de cinco décadas.
"Até agora, a gente não sabe de nada oficialmente. Uns dizem que nós vamos sair daqui no próximo ano, outros, que vai demorar ainda. Ninguém do governo veio me explicar nada", disse, queixoso, o porteiro Marcos Antônio Vitorino, habitante de uma casa simples na Rua Córrego das Flores.
O percurso do VLT atravessará 22 bairros e servirá de ligação entre a região hoteleira e o Centro da Cidade (na integração com a Linha Sul do Metrofor) e o bairro Parangaba, assim como integração com o ramal Parangaba/Castelão.
Na Rua Juvêncio Vasconcelos, no Mucuripe, o clima é de revolta. Da linha férrea descendo uns cinco quarteirões, tudo será derrubado para passar o Ramal VLT e realizar o alargamento da Via Expressa, afirmou a comerciante Fátima Araújo, 60. Ela disse estar cansada de tanto "falatório" e especulação sobre o futuro.
"Tem até amigas minhas que estão em depressão, não querem morar em outro bairro, longe de todas as suas memórias", lamentou a senhora.
Dessas especulações, os projetos da Copa vão virando uma verdadeira "caixa-preta", disse a doméstica Maria do Carmo Monteiro, 65, moradora da Comunidade do Trilho, na Via Expressa, próximo ao cruzamento com a Padre Antônio Tomás.
Custos
Conforme a Secretaria das Cidades, o projeto orçado em R$ 265,5 milhões prevê a implementação do sistema de VLT no ramal ferroviário que liga Parangaba ao Porto de Mucuripe. Serão dez estações de superfície ao longo dos 13km de extensão. A Caixa custeará R$ 170 milhões correspondentes às obras, enquanto o Governo do Estado arcará com em torno de R$ 95,5 milhões, previstos para desapropriações.
A previsão para término é junho de 2013. Sobre o andamento da instalação do VLT, a assessoria de comunicação do Metrofor informou que o projeto ainda está em fase inicial e que ainda não há um documento finalizado a respeito. Segundo Felipe Araújo, gerente do Projeto Copa 2014, ainda não há data para o alargamento da Via Expressa.
Fonte: Diário do Nordeste
Dezenas de moradores, às margens da via férrea entre o bairro Mucuripe e a Avenida Raul Barbosa, já tiveram as residências marcadas com tinta verde, sinal de possível retirada já no ano que vem. O clima é de incertezas sobre o futuro da nova morada. Vale lembrar que muitos habitam o bairro há mais de cinco décadas.
"Até agora, a gente não sabe de nada oficialmente. Uns dizem que nós vamos sair daqui no próximo ano, outros, que vai demorar ainda. Ninguém do governo veio me explicar nada", disse, queixoso, o porteiro Marcos Antônio Vitorino, habitante de uma casa simples na Rua Córrego das Flores.
O percurso do VLT atravessará 22 bairros e servirá de ligação entre a região hoteleira e o Centro da Cidade (na integração com a Linha Sul do Metrofor) e o bairro Parangaba, assim como integração com o ramal Parangaba/Castelão.
Na Rua Juvêncio Vasconcelos, no Mucuripe, o clima é de revolta. Da linha férrea descendo uns cinco quarteirões, tudo será derrubado para passar o Ramal VLT e realizar o alargamento da Via Expressa, afirmou a comerciante Fátima Araújo, 60. Ela disse estar cansada de tanto "falatório" e especulação sobre o futuro.
"Tem até amigas minhas que estão em depressão, não querem morar em outro bairro, longe de todas as suas memórias", lamentou a senhora.
Dessas especulações, os projetos da Copa vão virando uma verdadeira "caixa-preta", disse a doméstica Maria do Carmo Monteiro, 65, moradora da Comunidade do Trilho, na Via Expressa, próximo ao cruzamento com a Padre Antônio Tomás.
Custos
Conforme a Secretaria das Cidades, o projeto orçado em R$ 265,5 milhões prevê a implementação do sistema de VLT no ramal ferroviário que liga Parangaba ao Porto de Mucuripe. Serão dez estações de superfície ao longo dos 13km de extensão. A Caixa custeará R$ 170 milhões correspondentes às obras, enquanto o Governo do Estado arcará com em torno de R$ 95,5 milhões, previstos para desapropriações.
A previsão para término é junho de 2013. Sobre o andamento da instalação do VLT, a assessoria de comunicação do Metrofor informou que o projeto ainda está em fase inicial e que ainda não há um documento finalizado a respeito. Segundo Felipe Araújo, gerente do Projeto Copa 2014, ainda não há data para o alargamento da Via Expressa.
Fonte: Diário do Nordeste
0 comentários:
Postar um comentário