Denúncia feita ontem no plenário da Câmara de Vereadores pelo vice-líder governista, Samuel Pereira (PR), trouxe à tona problema trabalhista com as empresas concessionárias do transporte coletivo em Uberaba. Os cobradores estão sendo demitidos e os motoristas obrigados a acumular as duas funções.
Após externar a situação, o vereador anunciou que sua assessoria foi deslocada para vários pontos da cidade para comprovar a veracidade das denúncias. Samuel Pereira confirmou no fim da tarde que o fato foi constatado na linha do Josa Bernardino, operada pela empresa Líder, e ainda nas linhas do Costa Teles, bairro de Lourdes e Uniube, de responsabilidade da Piracicabana.
O plenário reagiu. O vereador Tony Carlos (PMDB), ratificando que tal denúncia foi feita também em seu programa de rádio, enfatizou existência da Lei 9.822, de sua autoria, que coloca um “freio” na postura adotada pelas concessionárias. Aprovada em 2005, a Lei Municipal proíbe que as empresas gestoras do transporte coletivo, mesmo que adotem o sistema de bilhetagem eletrônica, são obrigadas a manter os cobradores. Estes, além de sua função, podem também, de acordo com a lei, auxiliar os motoristas em situações eventuais.
O presidente Lourival dos Santos (PCdoB) informou que enviará documento em nome de todos os vereadores às empresas, exigindo o cumprimento da Lei 9.822. Em caso de resistência das operadoras, anunciou a disposição de recorrer ao Judiciário.
A reportagem tentou ouvir os empresários sobre a demissão dos cobradores. O diretor da Líder, André Barsam, e da Piracicabana, Carlos Querulli, estavam com os celulares desligados e, segundo informações, não se encontravam nas empresas no horário acionado.
Fonte: Jornal da Manhã
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