Se isso ocorrer, o Metrorec acredita que poderá manter a operação nos horários de pico e o Grande Recife Consórcio de Transporte (antiga EMTU) garantiu um reforço de ônibus. Mas a troca do meio de transporte, além de alterar a rotina e representar um custo mais alto para o passageiro que percorre grandes distâncias, significa mais veículos em vias, incluindo mais ônibus, já em colapso.
O anúncio de greve preocupou o funcionário público Jarbas Barbosa, que usa a Linha Centro para vir de Jaboatão dos Guararapes ao Centro do Recife,onde trabalha, na Rua Floriano Peixoto. "Com o metrô, desço pertinho. Mas de ônibus vou precisar sair mais cedo ainda. É complicado, a gente é que sofre, né?", comentou. A técnica de enfermagem Laura Costa também espera que a greve não seja deflagrada, pois a partir de quarta-feira ela iniciará um estágio, no bairro de Afogados, e iria usar o metrô diariamente para sair de casa, também em Jaboatão. "O metrô é o transporte mais confortável e seguro. Durante meu curso, usei o sistema durante dois anos e já sofri com as greves nesse período. É horrível", disse.
A decisão, que determinará como será a terça-feira, será anunciada após a assembléia marcada para as 18h de hoje na Estação Central. Segundo o presidente do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro), Lenival José de Oliveira, a categoria aprovou a paralisação em uma reunião realizada na quinta-feira passada, mas não deflagrou o movimento imediatamente pois a legislação prevê um prazo de 72 horas após o anúncio. Ele justificou a greve como uma tentativa de restabelecer as negociações com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) após ter encaminhado um documento com nove cláusulas das 42 negadas, propondo a reabertura da mesa de negociações e a devolução de benefícios suspensos desde a interrupção da negociação, como os tickets de refeição e auxílio-creche do mês de setembro.
Fonte: Diário de Pernambuco
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