O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB) assina nesta quarta-feira convênio com o Centro de Transporte Sustentável do Instituto de Recursos Mundiais (WRI, em inglês) e o CTS-Brasil (Centro de Transporte Sustentável do Brasil), para elaborar estudos de consultoria visando assegurar a qualidade e eficiência dos corredores rápidos de ônibus (BRT, em inglês). Curitiba (PR) e Bogotá, na Colômbia, são pioneiros na América do Sul e exemplos de sucesso no modelo de transporte coletivo. Em BH, dois contratos já foram assinados para elaboração de projetos de rotas rápidas nas avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos e a previsão é de que ambos fiquem prontos até o fim do ano, com implantação no começo de 2011.
Sem a verba do governo federal para expansão do metrô, o projeto de corredores de ônibus deve ser a principal melhoria do transporte público de Belo Horizonte para a Copa’2014. Ao todo, devem ser implantados 31 quilômetros nas principais avenidas da cidade, com capacidade para transportar até 54 mil pessoas por dia. Segundo o presidente da CTS-Brasil, Luís Antônio Lindau, a missão é garantir a implantação de um projeto sustentável. "Antes da construção das rotas, será feita simulação das operações dos corredores, estabelecendo velocidades, principais gargalos e quais pontos necessitam das maiores estações", afirma.
No Brasil, Curitiba (PR) é pioneira na adoção do BRT, servindo de exemplo para que outras cidades e países adotassem o formato. Um dos argumentos para opção pelos corredores rápidos é que, além de garantir maior fluidez, o transporte tem custo até 20 vezes menor em relação ao metrô. O sistema rápido de trânsito prevê pagamento antecipado de passagem, embarque de passageiros no mesmo nível dos ônibus e outras facilidades que aproximam os ônibus do metrô.
Em abril, o vice-prefeito, Roberto Carvalho, participou de um encontro da associação na capital paranaense.No sábado, a BHTrans publicou editou para contratar consultoria que dará apoio à execução das obras de alargamento e requalificação das avenidas Antônio Carlos, Pedro I e do complexo viário do Vilarinho. A prefeitura tem garantia de R$ 1,23 bilhão para financiamento das obras viárias para a Copa.
Além do BRT, a prefeitura deve implantar o Corta Caminho – projeto de 158 intervenções viárias – e expandir o centro de comando operacional (CCO). Nessa terça, num ciclo de palestras para gestores de comunicação, o presidente do Núcleo Gestor das Copas’2013 e 2014 do governo de Minas, Tadeu Barreto, falou sobre o andamento dos investimentos na capital e no interior e das principais demandas do estado. "Se continuarmos cumprindo o cronograma, grandes chances de sediar jogos importantes", explica.
Quatro pontos são destacados como prioritários para que BH esteja preparada para a Copa’2014 e possa pleitear a abertura do Mundial: aumentar a capacidade do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, tornar o transporte público mais eficiente, ampliar a rede hoteleira e o estádio. "A maior incerteza é o que conseguiremos fazer com o aeroporto. Mesmo sem a Copa, o crescimento da economia mineira já demanda expansão dos terminais", afirma Barreto.
Fonte: Uai - Minas
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