- Apesar da determinação judicial que exige o retorno imediato dos motoristas, cobradores e fiscais de ônibus, o 16º dia de greve da categoria começou sem veículos nas ruas.
No Centro de Fortaleza, profissionais tiveram as chaves tomadas por integrantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro-CE), e um cruzamento - na rua Antônio Pompeu com a avenida do Imperador - chegou a ser fechado com os ônibus.
Agressão
Enquanto os usuários esperavam a chegada dos ônibus no Terminal do Papicu, nesta quarta-feira (23), grevistas esperavam na sede do sindicato um posicionamento para dar continuidade à greve.
Além de parar as atividades, houve confusão entre passageiros e funcionários das empresas. Muitos foram obrigados a descer dos coletivos. De acordo com o mecânico Rafael Cavalcante, uma pessoa chegou a ser agredida. "Tinha uma menina chorando, porque o cobrador deu um tapa nela e botou para fora do ônibus. Isso é uma falta de vergonha", revela indignado. Ele ainda completa, "qual é a autoridade que os motoristas têm de fechar os cruzamentos de Fortaleza? E a população que tem carro vai passar por onde?", questiona o mecânico.
Na avenida Domingos Olímpio, alguns ônibus foram depredados por passageiros revoltados e motoristas grevistas. O trânsito ficou complicado, assim como no bairro de Fátima. Na avenida, seis veículos encontravam-se parados e destruídos; pedras e restos de vidros ficaram no asfalto.
A doméstica Lucilene da Silva confirma a ordem de depredação. "Eles madaram todo mundo descer para apedrejar", conta ela. De acordo com a babá Juliete Saraiva, que presenciou a ocorrência, pessoas que estavam no ponto de ônibus e motoristas foram responsáveis pela destruição.
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