Os rodoviários do Distrito Federal decidiram, durante assembleia nesta terça-feira (22/6), continuar a paralisação iniciada no último dia 10. A categoria afirma que ainda não conseguiu entrar em acordo com os empresários.
Segundo o sindicato, a determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de circular com 60% da frota durante a greve não é cumprida porque o ônibus que faz o transporte dos motoristas, de suas residências até a garagem das empresas, não está passando.
A assessoria de imprensa do Sindicato das Empresas de Transporte nega a informação dos rodoviários. Segundo os patrões, o ônibus que apanha os motoristas em casa está passando normalmente.
Multa
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) decidiu nesta terça-feira 922), que o descumprimento da determinação judicial - de manter 60% dos ônibus circulando no Distrito Federal - acarretará multa diária de R$ 200mil e não mais R$ 100 mil, como decidido dia 10 de junho. O novo valor passa a valer às 18h de quarta-feira (23).
No mesmo despacho, o juiz Paulo Blair negou pedido do sindicato patronal de aumentar a multa para R$ 500mil. O magistrado também negou pedido de majoração do percentual de ônibus em circulação para 80%.
De acordo com a assessoria do TRT, os oficiais de justiça do tribunal, que fiscalizam a circulação de ônibus nas ruas durante a greve dos rodoviários, certificaram mais um dia de descumprimento do percentual estabelecido. Segundo os servidores, hoje (22) não houve disponibilização de 60% dos ônibus de todas as linhas do DF à população.
O processo deve entrar em pauta para julgamento ainda em julho, quando então será analisado o cumprimento ou não do percentual estabelecido, para a aplicação da multa.
Reajuste
Entre os benefícios exigidos para que o transporte público volte ao normal, estão o aumento salarial de 20% e a renovação do acordo coletivo que garante uma lista de cerca de cem benefícios.
Porém, os empresários se recusam a atender às exigências dos rodoviários sem o aumento de 28% no preço da tarifa. O governo, por sua vez, afirmou que não vai intervir na questão e não fala em alterar o valor das passagens.
Fonte: Correio Braziliense
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