Em seu 3º dia, a greve continua transtornando a população com retenção de ônibus nas garagens e bloqueio de terminal"Se a Justiça declarar a greve ilegal, nós vamos parar 100%".
A ameaça é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro), Domingo Neto, ao comentar o dissídio encaminhado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) à Justiça do Trabalho.
Os empresários, por sua vez, alegam que há abusos dos trabalhadores.De acordo com Domingo Neto, a greve está apenas no seu começo e somente as assembleias poderão deliberar pelo seu término. Ele afirmou ainda que tem funcionado a estratégia de reter ônibus nas garagens de algumas empresas a cada dia, obedecendo os percentuais de circulação de ônibus, como determinou o Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Enquanto isso, o diretor do Sindiônibus, Dimas Barreira, voltou a protestar contra o que ele classifica como "abuso". Ele foi enfático ao afirmar que a retenção nas garagens vem sendo feita por meio de promessas que não poderão ser cumpridas e resultam em atrativas para motoristas, cobradores e fiscais.
"Estão prometendo que não serão descontados os dias parados, nem que haverá demissão para quem faltar ao trabalho. Isso é tão irreal quanto a promessa de que a luta vai chegar à conquista de um reajuste de 45%´´, afirmou Barreira. Ele informou também que a paralisação de ontem nas empresas Viação Urbana, Maraponga e Vega implicou na ausência de cerca de 490 ônibus, que compõem a frota circulante em Fortaleza.
O diretor do Sindiônibus disse que ainda é prematuro mensurar os prejuízos financeiros, decorrentes dos três dias de paralisação parcial.No entanto, tornou a manifestar sua crença de que a Justiça acatará o dissídio, bem como levará em consideração as denúncias de abusos, praticadas pelas lideranças da entidade representativa dos trabalhadores.
Fonte: Diário do Nordeste
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