No primeiro dia de funcionamento dos terminais após a greve, população se depara com velhos problemas.
Após 16 dias de uma desgastante greve dos motoristas, fiscais e cobradores, o movimento nos terminais ainda não se normalizou. De um lado, quase 10% da frota não circularam, já que teve que ficar nas garagens sofrendo reparos. Por outro, algumas linhas de ônibus apresentaram superlotação de manhã cedo.
Alguns usuários ainda ressabiados com todo o sofrimento enfrentado no período de paralisação e que não têm urgência em resolver problemas na cidade preferiram aguardar pela próxima semana para sair de casa.De acordo com a Empresa de Transporte Urbanos de Fortaleza (Etufor)comunicou que no início da manhã, das 6h17 às 8h20, 86% da frota estavam operando, quando, em dias normais, deveria prevalecer um índice próximo a 95%.
Já o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) assegurou que o movimento tinha sido normalizado. A ausência de alguns coletivos deveu-se ao fato de eles estarem sofrendo reparos nas garagens, após terem sido danificados nas ruas e avenidas e que, no decorrer do dia, voltariam a circular."A greve acabou; o sufoco, não, infelizmente". O depoimento é do ajudante de obras Horácio Miguel Sales. Ele era um dos milhares de passageiros que frequentaram ontem o Terminal do Siqueira.
Horácio teve grande dificuldade de pegar cedo o coletivo que faz a linha Siqueira/José Bastos."Aqui só tem uma vantagem: tanto faz ter greve como não, a confusão é sempre a mesma", reforçou Sales de forma irônica. Fiscais do terminal explicaram que esse tipo de problema ocorre por falta de educação e paciência de algumas pessoas. "Tem quente que não aguarda a sua vez e invade a fila quando o ônibus chega. Fica difícil para a fiscalização controlar todas as filas", garantiu um funcionário da Etufor que pediu para não ter o seu nome citado.
Outras linhas também apresentaram uma demanda bem maior do que as demais. Foi o caso da Siqueira/Papicu, via 13 de Maio. O estudante de Educação Física Romário Ximenes Júnior reclamava. "É lamentável a gente constatar que, num dia, as pessoas criticaram a greve e, agora, agem de forma deseducada, sem respeitar as filas nos terminais de ônibus".
Fonte: Diário do Nordeste
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