A partir do próximo dia 4, os passageiros do transporte intermunicipal entre Cuiabá e Várzea Grande poderão se deslocar para qualquer ponto das duas cidades e pagar somente uma passagem (R$ 1,75), desde que tenham o cartão transporte. Quem usar dinheiro deverá pagar duas tarifas, caso queira ir até o ponto final, sem integrar os sistemas.
A informação foi fornecida ontem pelo superintendente de Transportes Urbanos de Várzea Grande, Tarciso Bassan, depois da assinatura do acordo prevendo a integração tarifária entre a Agência de Regulação dos Serviços Públicos (Ager) e as Secretarias Municipais de Trânsito e Transportes Urbanos de Cuiabá e de Várzea Grande. “É necessário comprar o cartão. Quem usa dinheiro, geralmente é para percursos mais curtos.
Temos sete pontos de recarga de cartão em Várzea Grande e outros 20 em Cuiabá, além dos postos da STU e da associação dos empresários”, destacou. Bassan ressaltou que a estação de transbordo é uma opção e não uma obrigação de parada. Esses e outros pontos foram esclarecidos na tarde de ontem, durante a solenidade de assinatura da Câmara de Compensação Tarifária, na sede da Ager.
A câmara, fórum operacional entre as entidades do transporte, evitará que alguma delas tenha eventual prejuízo. A compensação ocorrerá mensalmente. O total de 54 mil passageiros utiliza o sistema intermunicipal. Desse montante, 17% precisam trocar de ônibus para chegar até o destino final. Como as tarifas são diferentes, a presidente da Ager, Márcia Vandoni, explica que a integração acontecerá no preço pago. “Vai integrar no preço da passagem que o usuário pagou. A tendência é unificar as tarifas, mas isso na próxima elaboração tarifária”, disse.
A partir do dia 4, a passagem será reajustada de R$ 1,60 para R$ 1,75. Para Vandoni o novo sistema de transporte coletivo intermunicipal vai proporcionar os usuários melhorias significativas na qualidade do serviço. Ela lembra que a nova empresa, a União Transporte, irá operar em novos itinerários com uma frota de 82 ônibus zero quilômetro. “Um dos objetivos é acabar com a sobreposição de linhas do intermunicipal no sistema de Cuiabá”, disse.
Além disso, 50% dos carros terão ar condicionado e 20% adaptados (elevadores) para portadores de deficiências físicas. O deputado estadual Carlos Brito, que defende há 13 anos a implementação do projeto de integração intermunicipal, afirmou que esse é um passo fundamental para a população das duas cidades. “O cidadão vai gastar menos com transporte coletivo. Ele poderá locomover-se de uma ponta a outra pagando só uma passagem”, disse.
O sistema contará com seis linhas troncais, que serão curtas e de retorno mais rápido ao ponto de origem. Elas sairão de Várzea Grande e irão até as estações de transbordos, que serão pontos de dimensões maiores e sem as quais o sistema intermunicipal não funciona. Serão construídas nove estações em avenidas estratégicas.
Na Capital serão na XV de Novembro (próximo à Igreja São Gonçalo), Tenente Coronel Duarte, Historiador Rubens de Mendonça (próximo ao Shopping Pantanal, nos dois sentidos), Coronel Escolástico (praça dos Bandeirantes) e Fernando Corrêa. Em Várzea Grande, serão nos bairros Unipark, Asa Bela e Cristo Rei. Outra alteração prevista é a criação da linha trans-universitária, que irá atender estudantes de universidades públicas e particulares localizadas nas duas cidades.
Fonte: Diário de Cuiabá
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