Se os ônibus de São Paulo disputassem a maratona de São Silvestre com a velocidade média em que andam na cidade, ficariam longe do pódio. Dados da SPTrans (empresa que gerencia o transporte coletivo em São Paulo) apontam que os ônibus trafegam com velocidade entre 12 km/h e 19 km/h nos corredores exclusivos da capital. Um maratonista profissional corre a 20 km/h.
E não são só os atletas que venceriam os coletivos: carroças puxadas por dois cavalos andam a 26 km/h, velocidade superior às verificadas nos corredores. As comparações são do consultor de trânsito e planejamento urbano Sérgio Gollnick. Especialistas ouvidos pelo R7 definem como "baixa" a velocidade dos ônibus na cidade. Para Gollnick, o ideal seria entre 23 km/h e 25 km/h. Já o também consultor de trânsito Horácio Figueira fala em 20 km/h.
Em alguns corredores, como o Pirituba - Lapa - Centro e o Vereador José Diniz - Ibirapuera - Santa Cruz (ambos com média de 12 km/h), se não fosse o trânsito, a carroça desenvolveria o dobro da velocidade. Bem humorado, Sérgio Gollnick vai além: nessas duas pistas exclusivas, os ônibus são tão rápidos quanto um camelo no deserto, cuja velocidade média também é de 12 km/h.
Em nota, a prefeitura diz que o corredor da avenida Vereador José Diniz, inaugurado em 2008, melhorou o fluxo da região. A SPTrans diz, por meio de nota, considerar a velocidade de 19 km/h um "desempenho bom". Entretanto, só o corredor da Paes de Barros, na zona leste, chega a essa velocidade. A prefeitura considera a pista elevada do Expresso Tiradentes - que não enfrenta o trânsito da capital, só parando nas estações - como um corredor de ônibus, que chega a 36 km/h, velocidade média adequada para os critérios de especialistas.
E não são só os atletas que venceriam os coletivos: carroças puxadas por dois cavalos andam a 26 km/h, velocidade superior às verificadas nos corredores. As comparações são do consultor de trânsito e planejamento urbano Sérgio Gollnick. Especialistas ouvidos pelo R7 definem como "baixa" a velocidade dos ônibus na cidade. Para Gollnick, o ideal seria entre 23 km/h e 25 km/h. Já o também consultor de trânsito Horácio Figueira fala em 20 km/h.
Em alguns corredores, como o Pirituba - Lapa - Centro e o Vereador José Diniz - Ibirapuera - Santa Cruz (ambos com média de 12 km/h), se não fosse o trânsito, a carroça desenvolveria o dobro da velocidade. Bem humorado, Sérgio Gollnick vai além: nessas duas pistas exclusivas, os ônibus são tão rápidos quanto um camelo no deserto, cuja velocidade média também é de 12 km/h.
Em nota, a prefeitura diz que o corredor da avenida Vereador José Diniz, inaugurado em 2008, melhorou o fluxo da região. A SPTrans diz, por meio de nota, considerar a velocidade de 19 km/h um "desempenho bom". Entretanto, só o corredor da Paes de Barros, na zona leste, chega a essa velocidade. A prefeitura considera a pista elevada do Expresso Tiradentes - que não enfrenta o trânsito da capital, só parando nas estações - como um corredor de ônibus, que chega a 36 km/h, velocidade média adequada para os critérios de especialistas.
A pesquisa Desempenho do Sistema Viário Principal de 2009, da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), apresentada na última segunda-feira (10) na Câmara de Vereadores de São Paulo, mostra que mais de um terço (35%) dos ônibus trafegam em todas as vias da cidade abaixo de 14,9 km/h. A pesquisa mediu a velocidade de 469 km das principais vias de São Paulo, incluindo as que têm corredores exclusivos. Para Gollnick, 18 km/h seria a velocidade mínima para os coletivos fora dos corredores.
O presidente da ANTP (Associação Nacional do Transporte Público), Ailton Brasiliense Pires, lista três sugestões que fariam a velocidade dos ônibus em São Paulo melhorar:
1- Dar a possibilidade de ultrapassagem dos ônibus nos corredores ao menos nos horários de pico; com isso, as vias para carros seriam reduzidas para que os coletivos pudessem fazer a ultrapassagem
2- Distribuir melhor os pontos de ônibus para evitar a concentração de pontos de lentidão
3- Semáforos inteligentes que priorizem a passagem de ônibus
Levantamentos da ANTP dão conta que as faixas de ônibus levam no mínimo dez vezes mais pessoas do que as de automóveis.
– As políticas da prefeitura priorizam a quantidade de veículos. A prioridade deveria ser quantidade de pessoas transportadas. Outro lado Por meio de nota, a prefeitura lista uma série de melhorias do sistema viário feitas ao longo da gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Entre elas, a obras de recuperação do pavimento de sete dos dez corredores de ônibus. A prefeitura promete o mesmo em outros dois corredores ainda neste ano.
O texto também menciona o corredor Jardim Ângela, que tem velocidade média de 13 km/h.– Na região sul da cidade, o corredor Jardim Ângela - Guarapiranga - Santo Amaro, que enfrentava problemas de lentidão dos coletivos especialmente a partir de março de 2010 na região da estrada do M'Boi Mirim, teve seu desempenho melhorado com a adoção de uma faixa reversível para ônibus. Implantada em duas etapas, em março e em abril, são no total 2.500 metros de extensão. Após sua ampliação, registramos na faixa das 7h uma melhoria de 50% no tempo de percurso.
A SPTrans disse, por meio de nota, reconhecer os problemas citados pelos especialistas ouvidos pela reportagem. O órgão afirma que desenvolve projetos em corredores para melhorar o transporte coletivo na cidade:
* Monotrilho da zona sul, entre Santo Amaro e Piraporinha, que segue traçado alternativo ao do atual corredor de ônibus da estrada do M'Boi Mirim. O trem deverá futuramente ser integrado à linha 9 (Esmeralda) da CPTM, na estação Socorro, e à linha 5 (Lilás) do Metrô, na estação Santo Amaro. Previsão de entrega da primeira etapa: 2012.* Novo corredor Capão Redondo - Vila Sônia, que vai ligar o corredor Campo Limpo - Rebouças - Centro pelas avenidas estrada do Campo Limpo até a região do Capão Redondo.
* Reforma da parada Juscelino Kubitschek do corredor Santo Amaro no cruzamento com a avenida Santo Amaro, que deve mudar de lugar para facilitar o fluxo.* Reforma da parada Vital Brasil do corredor Campo Limpo - Rebouças - Centro na altura da praça Jorge de Lima (Butantã), com o desmembramento da parada no sentido centro e reinstalação da parada no sentido bairro.
A SPTrans disse, por meio de nota, reconhecer os problemas citados pelos especialistas ouvidos pela reportagem. O órgão afirma que desenvolve projetos em corredores para melhorar o transporte coletivo na cidade:
* Monotrilho da zona sul, entre Santo Amaro e Piraporinha, que segue traçado alternativo ao do atual corredor de ônibus da estrada do M'Boi Mirim. O trem deverá futuramente ser integrado à linha 9 (Esmeralda) da CPTM, na estação Socorro, e à linha 5 (Lilás) do Metrô, na estação Santo Amaro. Previsão de entrega da primeira etapa: 2012.* Novo corredor Capão Redondo - Vila Sônia, que vai ligar o corredor Campo Limpo - Rebouças - Centro pelas avenidas estrada do Campo Limpo até a região do Capão Redondo.
* Reforma da parada Juscelino Kubitschek do corredor Santo Amaro no cruzamento com a avenida Santo Amaro, que deve mudar de lugar para facilitar o fluxo.* Reforma da parada Vital Brasil do corredor Campo Limpo - Rebouças - Centro na altura da praça Jorge de Lima (Butantã), com o desmembramento da parada no sentido centro e reinstalação da parada no sentido bairro.
Fonte: R7.com
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