Com direito a carreata e buzinaço, os trabalhadores do transporte alternativo comemoraram ontem a determinação do prefeito de Belém, Duciomar Costa, que solicitou à Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel), a elaboração de um projeto que pode garantir a circulação de 150 micro-ônibus, que antes trafegavam de forma irregular.
Depois de seis anos na luta pela legalização do transporte alternativo, esse foi o primeiro passo dado pela prefeitura sinalizando a possível aprovação desse tipo de transporte na cidade. O presidente da Associação dos Trabalhadores do Transporte Alternativo, Francinaldo Barros, disse que o projeto já foi feito pela CTBel e visa liberar inicialmente 150 micro-ônibus de forma legalizada, mas, depois o número deve ser ampliado.
“Temos mais de mil veículos em Belém que fazem o transporte alternativo. O prefeito liberando esses 150, já é uma grande vitória e nos traz esperanças de que um dia poderemos conseguir liberar todos”.
Barros explicou que, se o projeto for aprovado, os primeiros micro-ônibus a circularem nas ruas da cidade serão fiscalizados e irão atuar com os mesmos padrões de uma empresa privada, formada pelas 22 cooperativas de transporte alternativo de Belém.“O importante é que mesmo se não conseguimos legalizar todos os carros, abriremos oportunidades de emprego para os cooperados, porque teremos fiscal, cobrador, motorista e todos os cargos que uma empresa de ônibus normal necessita”.
PREÇOS - Ele também informou que o preço da passagem será o mesmo de um ônibus comum: R$ 1,85. Nos micro-ônibus serão aceitos meia-passagem e oferecerão seguro para os passageiros no caso de acidente e terão como principal diferencial os horários de circulação e as linhas por onde irão trafegar. “Nossa proposta é rodar 24 horas por dia em locais mais afastados, onde o transporte público não chega. Queremos unir o útil ao agradável”.
O diretor do Sindicato dos Rodoviários de Belém, Wilson Rocha, informou que o sindicato não é contra a possível legalização do transporte alternativo na cidade, porém, acredita que a legalização não irá resolver o problema do transporte público na cidade. “Ficamos felizes porque são novas vagas de emprego que estão sendo geradas, mas nem tudo será resolvido com isso”.
Em nota, a CTBel confirmou a informação que já elaborou uma proposta que prevê a concessão para operacionalização do serviço de transporte público de passageiros a 150 micro-ônibus, no qual os operadores terão regras a serem cumpridas, seguindo o que determina a Lei Orgânica do Município de Belém e o Regulamento do Serviço de Transporte Coletivo por Ônibus do Município de Belém.
Fonte: Diário do Pará
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