Um mês após protocolar no gabinete do prefeito Cido Sério (PT) ofício pedindo providências para 734 queixas de usuários do transporte coletivo no município, e sem receber respostas do Executivo, comissão criada para tratar do assunto decidiu na última quinta-feira, em reunião realizada na Câmara, oficiar o Ministério Público e Defensoria Pública solicitando medidas contra a TUA (Transportes Urbanos Araçatuba), empresa concessionária do serviço na cidade.
A comissão foi criada em fevereiro para buscar melhorias ao transporte coletivo de Araçatuba. No mês passado, em reunião também no Legislativo, com representantes da administração municipal e da própria TUA, se decidiu pelo protocolo das queixas de usuários no Executivo, que deveria dar uma resposta em 30 dias, o que não ocorreu.
As reclamações foram apresentadas por 37 usuários que apontaram falhas e deficiências na estrutura dos pontos de coletivos espalhados pela cidade, falta de manutenção nos ônibus da TUA, e problemas no atendimento a pessoas com deficiências, entre outros assuntos.
Na reunião dessa quinta-feira, representantes da população, de deficientes físicos e de idosos que carecem de atenções especiais da empresa responsável pelo transporte coletivo relataram que nada mudou no último mês.
"Precisei do transporte hoje, com minha filha, que é cadeirante, e tivemos problema. O cinto de segurança, que deveria dar proteção a ela, não estava funcionando", diz Silvana Biffe, que compõe a comissão. Amparada em cláusula do contrato firmado entre Prefeitura e TUA, que diz que a empresa tem que zelar pela boa qualidade do serviço, receber, apurar e solucionar queixas e reclamações de usuários num prazo de 30 dias, a comissão decidiu por encaminhar ofícios ao MP e à Defensoria Pública de Araçatuba.
Presidente da Câmara, a vereadora Edna Flor (PPS) é quem tem encabeçado as discussões sobre o transporte coletivo no município. Após uma tentativa formal de resposta sobre o que o município pretende fazer para que a TUA cumpra o que está especificado em contrato, que é a prestação de um serviço de qualidade, Edna disse que o caminho será o judicial a partir de agora.
"Vamos tentar, ainda pelo caminho da negociação, via Ministério Público e Defensoria, respeitando prazos que venham a ser estabelecidos. Se não houver resultado, vamos partir para a mobilização, com a preparação de abaixo-assinado contra essa prestação de serviço", diz.
Fonte: Folha da Região
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