Velocidade média de um veículo no Centro em horários de pico chega a cair para 8,2 km/h; galinha anda a 14km/h
Você sabia que na hora do rush uma galinha anda mais rápido do que um carro em ruas de Rio Preto? O Site BOM DIA tirou a prova.
No quadrilátero do rush – entre as avenidas Alberto Andaló e Bady Bassitt e as ruas Redentora e Pedro Amaral, um carro chega a andar a uma velocidade de 8,2 quilômetros por hora enquanto uma penosa percorreria até 14 quilômetros no mesmo tempo.
No quadrilátero do rush – entre as avenidas Alberto Andaló e Bady Bassitt e as ruas Redentora e Pedro Amaral, um carro chega a andar a uma velocidade de 8,2 quilômetros por hora enquanto uma penosa percorreria até 14 quilômetros no mesmo tempo.
O Site BOM DIA percorreu as ruas do Centro (em horários e dias diferentes) e constatou que o trânsito é mais crítico nas ruas Bernardino de Campos, Coronel Spinola de Castro, 15 de Novembro, Pedro Amaral, além das avenidas Bady Bassitt e Alberto Andaló, nos horários do rush da manhã, tarde e noite, onde a reportagem chegou a gastar 8 minutos e 50 segundos para percorrer 1,2 quilômetro. Essa mesma distância poderia ser feita por uma galinha em 5 minutos e oito segundos, segundo cálculos do matemático da Unesp João Carlos Ferreira Costa.
Com os 8 minutos e 50 segundos que se gasta para andar doze quadras no centro de Rio Preto é possível fazer uma viagem de 9,5 quilômetros, saindo do trevo da avenida Clóvis Oger até Mirassol.
Para o auxiliar de serviços gerais Thiago Augusto da Silva, 25 anos, é preciso “sangue frio” para andar em Rio Preto na hora do rush. Ele diz que perde diariamente entre 20 a 25 minutos para percorrer pouco mais de dois quilômetros da rua Pedro Amaral. “Tem de ter muita paciência. O trânsito aqui é péssimo.”
Para o auxiliar de serviços gerais Thiago Augusto da Silva, 25 anos, é preciso “sangue frio” para andar em Rio Preto na hora do rush. Ele diz que perde diariamente entre 20 a 25 minutos para percorrer pouco mais de dois quilômetros da rua Pedro Amaral. “Tem de ter muita paciência. O trânsito aqui é péssimo.”
Estrangulado
O problema do trânsito em Rio Preto se agrava a cada ano, com o aumento da frota de veículos na cidade. Segundo Luci Montemor, professora do Centro de Formação de Condutores Transitar, a cidade não foi projetada para tamanho crescimento.
Ela, que há dez anos estuda o trânsito de Rio Preto, diz que as ruas são muito estreitas o que impede uma solução definitiva para o problema. “Seria impossível derrubar todos os imóveis para avançar mais na largura das ruas e depois reconstruí-los. Solução não há, mas tem como minimizar esse caos.”
Ela, que há dez anos estuda o trânsito de Rio Preto, diz que as ruas são muito estreitas o que impede uma solução definitiva para o problema. “Seria impossível derrubar todos os imóveis para avançar mais na largura das ruas e depois reconstruí-los. Solução não há, mas tem como minimizar esse caos.”
Corredores Para Ônibus
Luci aponta como fundamental a implantação de corredores de ônibus em Rio Preto. “Isso agilizaria bastante o transporte urbano, que passaria a ser mais atraente aos olhos da população.”
Mas diz que seria preciso investir em campanha de educação do motorista. “Isso já foi tentando antes, mas os motoristas não respeitaram a faixa de uso exclusivo para ônibus.”
Ela aponta a ciclovia como outra opção. “A área ao lado da Represa e a avenida Clovis Oger poderiam ter ciclovias e quem trabalha no Distrito Industrial poderia ir de bicicleta. Seria um grande avanço.”
Mas diz que seria preciso investir em campanha de educação do motorista. “Isso já foi tentando antes, mas os motoristas não respeitaram a faixa de uso exclusivo para ônibus.”
Ela aponta a ciclovia como outra opção. “A área ao lado da Represa e a avenida Clovis Oger poderiam ter ciclovias e quem trabalha no Distrito Industrial poderia ir de bicicleta. Seria um grande avanço.”
Projetos
Segundo o secretário de Trânsito, Aparecido Capello, dois projetos estão previstos para 2011: sincronizar os semáforos das principais vias e um estudo do trânsito e da malha viária de Rio Preto.
População compra veículo e deixa transporte público
A população de Rio Preto cresceu 15,6% de 2000 a 2008, mas, em contrapartida, houve uma queda média de 15% nos usuários do sistema público de transporte no mesmo período.
É que o rio-pretense tem investido em veículos particulares. Em oito anos (de 2000 a 2008) a frota de automóveis passou de 101.187 para 140.502 (38%). Hoje, já são mais de 200 mil carros. E o número de motos praticamente dobrou, de 37.589 para 71.902 (91%). Os dados são da Conjuntura Econômica.
Enquanto a população saltou de 358.253 para 414.272, o número de usuários de ônibus sofreu queda de 30.732 para 26.220. Resultado do aumento do poder de compra e o descontentamento com o transporte público.
Com isso, o problema do trânsito em Rio Preto tende a se agravar.
Em breve mais uma usuária da Circular Santa Luzia passará a trabalhar de carro.
A doméstica Franciele Fernanda Claudino, 25 anos, comprou um carro e agora vai tirar carta de habilitação.
“Quero melhorar minha qualidade de vida. Hoje eu gasto uma hora e meia para ir para o trabalho. Com o carro faria em menos de 30 minutos.”
Ela mora na Vila Elmaz e vai até o Cidade Jardim.
Segundo o chefe de tráfego da Circular Santa Luzia, Euclides Spatti, Rio Preto precisa de vias de tráfego rápido para que o transporte público seja eficaz. “O preço da passagem também é alto, mas devido às gratuidades e impostos.”
É que o rio-pretense tem investido em veículos particulares. Em oito anos (de 2000 a 2008) a frota de automóveis passou de 101.187 para 140.502 (38%). Hoje, já são mais de 200 mil carros. E o número de motos praticamente dobrou, de 37.589 para 71.902 (91%). Os dados são da Conjuntura Econômica.
Enquanto a população saltou de 358.253 para 414.272, o número de usuários de ônibus sofreu queda de 30.732 para 26.220. Resultado do aumento do poder de compra e o descontentamento com o transporte público.
Com isso, o problema do trânsito em Rio Preto tende a se agravar.
Em breve mais uma usuária da Circular Santa Luzia passará a trabalhar de carro.
A doméstica Franciele Fernanda Claudino, 25 anos, comprou um carro e agora vai tirar carta de habilitação.
“Quero melhorar minha qualidade de vida. Hoje eu gasto uma hora e meia para ir para o trabalho. Com o carro faria em menos de 30 minutos.”
Ela mora na Vila Elmaz e vai até o Cidade Jardim.
Segundo o chefe de tráfego da Circular Santa Luzia, Euclides Spatti, Rio Preto precisa de vias de tráfego rápido para que o transporte público seja eficaz. “O preço da passagem também é alto, mas devido às gratuidades e impostos.”
Fonte: Rede Bom Dia
0 comentários:
Postar um comentário