Uma corrida sem vencedor. É isso que se vê todos os dias, especialmente de segunda à sexta-feira, nas ruas de Bauru. Nos horários de pico, carros, motos, ônibus, caminhões e até bicicletas travam uma verdadeira batalha para garantir um espaço na via. Apesar do esforço, eles não conseguem se livrar dos congestionamentos e ainda contribuem para a ocorrência deles. A cada dia que passa mais veículos ganham as ruas da cidade sem que ocorra uma mudança significativa na estrutura viária para dar conta do fluxo cada vez mais intenso.
Foi-se o tempo em que era possível ir de um canto a outro da cidade em, no máximo, 20 minutos de carro. O trânsito ficou carregado e, se continuar crescendo no ritmo atual, pode parar nos próximos cinco anos, caso o poder público não tome medidas eficazes para desafogar o tráfego. Uma dessas medidas poderia ser a construção do anel viário (assunto tratado pelo JC em matérias anteriores), que possibilitaria o deslocamento entre os bairros sem passar pelo Centro da cidade.
De acordo com o engenheiro de tráfego Archimedes Raia Júnior, infelizmente, a tendência é que isso continue, ou seja, que novos problemas surjam sem que os velhos sejam solucionados. Na avaliação dele, isso ocorre, basicamente, por três motivos. Primeiro por causa do aumento constante da frota, ainda mais depois da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a compra de carros novos. Segundo porque o investimento em obras viárias é sempre baixo e não consegue acompanhar as necessidades provocadas pelo aumento da frota. Por último, a precariedade do transporte coletivo é apontada como outro responsável pelo inchaço de veículos nas ruas. Como ele não consegue atender as necessidades de deslocamento da maioria da população, as pessoas optam por carros e motos na hora de sair de casa.
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