Ao imaginar a primeira capital planejada do Brasil, o engenheiro-chefe da comissão construtora de Belo Horizonte, Aarão Reis, deu atenção especial aos elementos viários da cidade, criando quarteirões padronizados e ruas largas o suficiente para comportar a circulação de veículos. Mas, a previsão era que um século depois a cidade alcançasse 100 mil habitantes. O tempo passou e com o crescimento demográfico desordenado o município ultrapassou em mais de 20 vezes a expectativa e, por consequência, o mapa desenhado centímetro por centímetro no entorno da Avenida 17 de Dezembro (nome original da Avenida do Contorno) expandiu-se sem a mesma concepção, transformando-se numa enorme "colcha de retalhos".
Cento e doze anos depois da inauguração do município, a multiplicação da frota associada a problemas estruturais tornam a mobilidade urbana o principal problema de Belo Horizonte. Mas, além do número de carros, da qualidade do transporte público e da engenharia de tráfego, a disposição de ruas e avenidas, a topografia e outros elementos influenciam tanto ou mais no trânsito. Tese da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade de Brasília (UnB), mostra que o traçado da capital mineira é o 150º mais complicado do mundo entre 165 cidades pesquisadas.
Fonte: Uai - Minas
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