Que o trânsito das cidades está ruim, isso não é novidade. Que trafegar nos grandes corredores está cada dia mais difícil, também não. Agora, o que pouca gente considera é que, se nas grandes vias o saturamento é sufocante, imagine no restrito sistema viário da periferia dos centros urbanos? Algumas pessoas devem se perguntar: mas e daí? O problema é que esse estrangulamento não afeta apenas a mobilidade daqueles que moram no subúrbio. Prejudica a todos porque é na periferia onde está a maior parte dos terminais de ônibus do sistema em operação na Região Metropolitana do Recife. Geralmente, o Centro é utilizado como ponto de retorno dos veículos.Portanto, se não há fluidez no subúrbio, toda a viagem do coletivo atrasa e todos sofrem. Números da empresa Pedrosa, uma das operadoras que têm 90% das linhas na Zona Norte do Recife, em bairros de relevo acidentado e com muitos morros, como é o caso de Nova Descoberta e Vasco da Gama, mostram essa realidade. Ointenta e cinco por cento das perdas de viagem da empresa acontecem por causa de retenções na periferia, antes de os coletivos chegarem aos grandes corredores viários, como a Avenida Norte, por exemplo. As viagens se perdem, basicamente, no entorno do Mercado de Nova Descoberta.
O agravante da situação comparada com a encontrada nas vias da cidade é que no subúrbio não há nenhum tipo de lei. O desordenamento urbano é pleno e o desrespeito às regras de trânsito ainda maior. Isso quando elas existem, o que é pouco comum. Diante desse cenário, o diretor executivo da Pedrosa, Antero Parahyba, lembra que de nada vale investir na circulação dos grandes corredores se não for feito um trabalho de fiscalização nas vias da periferia.
O agravante da situação comparada com a encontrada nas vias da cidade é que no subúrbio não há nenhum tipo de lei. O desordenamento urbano é pleno e o desrespeito às regras de trânsito ainda maior. Isso quando elas existem, o que é pouco comum. Diante desse cenário, o diretor executivo da Pedrosa, Antero Parahyba, lembra que de nada vale investir na circulação dos grandes corredores se não for feito um trabalho de fiscalização nas vias da periferia.
"Há momentos em que o trânsito para. Os ônibus ficam presos e têm dificuldades para seguir viagem. E nunca vemos uma agente de trânsito, não importa o horário. São veículos fazendo carga e descarga a qualquer hora e em qualquer lugar, indiferentes às estreitas vias, ambulantes e feirantes ocupando metade das ruas e carros estacionados por toda parte", relata. O diretor sugere que a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) implante uma ofensiva sinalização nas principais ruas da periferia e fiscalize o desrespeito. A sugestão é simples e eficiente. O problema é que, se já está difícil ver agentes de trânsito nos grandes corredores viários da cidade, imagine encontrá-los nos subúrbios? É pouco provável. Não acha?Abaixo, uma overdose de imagens do caótico trânsito da periferia do Recife. O vídeo foi produzido pelos profissionais que diariamente sofrem com o desordenamento urbano na área.
Fonte: JC Online
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