A viagem diária de ônibus para o soteropolitano é uma saga: coletivos superlotados, percursos longos e demorados, espera excessiva nos pontos. Os números do transporte coletivo da capital revelam um sistema cada vez menos eficiente. Em 14 anos, de 1995 a 2008, a frota cresceu 17,1%, o número de passageiros transportados caiu 9,19% e as viagens reduziram em 2,9%.
As estatísticas foram obtidas confrontando dados da Superintendência de Trânsito e Transporte (Transalvador) com outros de pesquisa de 2007 feita pelo setor de projetos da Secretaria de Transporte e Infraestrutura (Setin). Elas mostram que, em mais de uma década, Salvador passou a contar com mais ônibus dando menos viagens, transportando menos passageiros, o que fez elevar o custo do sistema. Como reflexo, derivado também de variantes como valor do combustível, a tarifa em 14 anos subiu 150%.
A razão da ineficiência do sistema é falta de logística na distribuição das linhas, em conjunto com um trânsito cada vez mais congestionado, no qual os coletivos disputam as ruas com os mais de 600 mil automóveis.
Segundo o arquiteto Francisco Ulisses, chefe do setor de projetos da Setin, um dos reflexos da desorganização da rede de transporte da capital é a baixa no índice de passageiros transportados por quilômetro (IPK). “Ele que mede a eficácia do sistema”, afirmou Francisco. O IPK saiu de 2,42% em 1995 para 1,78 em 2008, queda de 27,3%.
As estatísticas foram obtidas confrontando dados da Superintendência de Trânsito e Transporte (Transalvador) com outros de pesquisa de 2007 feita pelo setor de projetos da Secretaria de Transporte e Infraestrutura (Setin). Elas mostram que, em mais de uma década, Salvador passou a contar com mais ônibus dando menos viagens, transportando menos passageiros, o que fez elevar o custo do sistema. Como reflexo, derivado também de variantes como valor do combustível, a tarifa em 14 anos subiu 150%.
A razão da ineficiência do sistema é falta de logística na distribuição das linhas, em conjunto com um trânsito cada vez mais congestionado, no qual os coletivos disputam as ruas com os mais de 600 mil automóveis.
Segundo o arquiteto Francisco Ulisses, chefe do setor de projetos da Setin, um dos reflexos da desorganização da rede de transporte da capital é a baixa no índice de passageiros transportados por quilômetro (IPK). “Ele que mede a eficácia do sistema”, afirmou Francisco. O IPK saiu de 2,42% em 1995 para 1,78 em 2008, queda de 27,3%.
O superintendente do Sindicato das Empresas de Transporte (Setps), Horácio Brasil, também culpa a falta de logística: “Existe uma completa falta de lógica nas linhas. Elas cresceram de forma espontânea e sem planejamento, às vezes atendendo a um determinado lugar por interesse político. O usuário só conhece a linha dele, mas a lógica do sistema ele não conhece porque ela não existe”, disse justificando a metáfora.
Concentração - A distribuição das linhas da cidade, divididas em quatro regiões de integração, gera concentração nas áreas do subúrbio e do miolo (68,4%, considerando um universo de 425 linhas divulgadas no site da Transalvador). O restante (134 linhas) estão espalhadas pela orla e centro. Para Francisco Ulisses, a cobertura da rede de transporte é “boa” do ponto de vista espacial, mas peca no aspecto temporal. “Onde tem via tem ônibus. Não há um ponto sequer na cidade que o ônibus não chegue. O problema é o tempo de espera”, disse o especialista. Segundo dados da Setin de outubro de 2007, 67% das linhas (cerca de 300) registravam até 20 minutos de intervalo entre um ônibus e outro. O restante, 33% (125), ficava acima dos 20 minutos. O tempo médio da linha foi de 2h19, considerando ida e volta. “Não é um número razoável e pode colocar que hoje é a mesma coisa”, analisou.
Para mudar o quadro, a prefeitura aposta na Rede Integrada de Transporte, com corredores exclusivos e de tratamento preferencial para ônibus. O projeto foi apresentado à comissão da Fifa em janeiro, que aprovou Salvador uma das sedes da Copa de 2014, sob a condição do atual sistema, considerado precário, ser substituído por um que possa qualificar a mobilidade urbana da metrópole, sobretudo entre o aeroporto e os hotéis e entre esses e os três estádios (Fonte Nova, Barradão e Pituaçu). O projeto está em fase de estudos da arquitetura das linhas e do modelo operacional.
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