Desde a última segunda-feira, 4, quem utiliza o transporte coletivo em Francisco Beltrão está tendo que pagar mais caro pelo serviço. O reajuste de 8,8% deixou o preço da passagem R$ 0,15 mais cara. Parece não ser muito, mas para quem utiliza o serviço diariamente, para trabalhar, por exemplo, e tem de comprar 44 passagens resultam em um acréscimo de R$ 6,60 mensalmente.
O novo valor surgiu de um requerimento, protocolado na prefeitura municipal de Francisco Beltrão, onde as duas empresas que prestam o serviço – Scheid e Guancino pediam o reajuste no preço da passagem para R$ 2. O caso foi enviado para análise do Conselho Popular, o qual após debater o fato sugeriu que o valor fosse reajustado a metade do pedido pelas empresas e o novo valor passou a ser fixado em R$ 1,85.
Segundo a Scheid Transportes, o reajuste foi solicitado, tendo em vista que o preço de muitos produtos como pneu, diesel e o salário tiveram seus respectivos aumentos. O valor pedido inicialmente, de R$ 2 não pode ser fixado, mas o aumento de quase 9% contenta os transportadores. A Scheid possui 11 veículos, sendo que sete estão em circulação na cidade durante praticamente todo o dia. A Guancino Transportes utiliza-se de uma planilha de custos que acusa o preço a ser cobrado por pessoa. Segundo esta planilha, o valor deveria estar em R$ 2,30; bem acima do que se é cobrado, mesmo havendo este reajuste.
A justificativa para o pedido de aumento é a mesma da outra empresa: gastos com peças, pneus e salários. A última vez em que o valor da passagem dos ônibus do transporte coletivo havia sido reajustado foi em julho de 2007, mas este foi reajustado em duas parcelas, uma no ato e outra há cerca de um ano atrás. Segundo o secretário de Administração do município, “mesmo com este reajuste feito nesta semana, o transporte coletivo de Beltrão é o que cobra o menor valor na passagem, se comparado com outros municípios do mesmo porte em todo o estado”, conta Sérgio Galvão.
Usuários desaprovam novo valor
Conversando com usuários que cotidianamente utilizam-se das lotações como único meio de transporte, a reportagem do Jornal Aqui Sudoeste constatou a insatisfação dos passageiros, não somente com relação ao valor, mas também problemas como o atraso dos veículos e falta de respeito de muitos motoristas e cobradores para com os passageiros, principalmente os mais idosos.
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