Um dos cenários mais caóticos do trânsito no Rio é a Avenida Brasil, via expressa de quase 60 quilômetros de extensão que corta 28 bairros da cidade, da Zona Oeste ao Centro. Se esse corredor onde 250 veículos passam diariamente tem donos, eles são, sem dúvida, os motoristas de ônibus.
O atropelamento e a morte de um menino no Méier, no súburbio, e de um guarda municipal, no Centro, deixaram os profissionais do volante numa situação desconfortável, a ponto de a prefeitura do Rio determinar, em decreto, que eles passem por treinamento. Para agravar as críticas, o Detran-RJ divulgou dados mostrando que os motoristas correm demais e são multados, em média, 11 vezes por hora.
O atropelamento e a morte de um menino no Méier, no súburbio, e de um guarda municipal, no Centro, deixaram os profissionais do volante numa situação desconfortável, a ponto de a prefeitura do Rio determinar, em decreto, que eles passem por treinamento. Para agravar as críticas, o Detran-RJ divulgou dados mostrando que os motoristas correm demais e são multados, em média, 11 vezes por hora.
30% das multas por excesso de velocidade
Seja em eixo como a saída da Ilha do Governador, em frente ao conjunto de favelas de Maré, em Bonsucesso, ou nas proximidades da Rodoviária Novo Rio, onde desce a maior parte dos passageiros que saem da Zona Oeste, o tumulto é constante. Nesses trechos, os agentes de trânsito da prefeitura, com cones ou coletes refletivos, tentam evitar que os motoristas de ônibus parem em filas duplas ou atravessem as pistas. Nem sempre conseguem.
Seja em eixo como a saída da Ilha do Governador, em frente ao conjunto de favelas de Maré, em Bonsucesso, ou nas proximidades da Rodoviária Novo Rio, onde desce a maior parte dos passageiros que saem da Zona Oeste, o tumulto é constante. Nesses trechos, os agentes de trânsito da prefeitura, com cones ou coletes refletivos, tentam evitar que os motoristas de ônibus parem em filas duplas ou atravessem as pistas. Nem sempre conseguem.
As infrações não param de crescer. De acordo com levantamento do Detran-RJ, de janeiro a abril deste ano foram aplicadas quase 32 mil multas contra motoristas de ônibus. Em média, 11 por hora; 30% delas por excesso de velocidade. De acordo ainda com o órgão, em 2008 foram 165.855 infrações. Destas, 37.447 foram por excesso de velocidade. Os que desobedeceram o sinal vermelho somaram 27.726.Depois que duas pessoas morreram atropeladas, em uma semana, o prefeito Eduardo Paes decidiu baixar um decreto que determina maior rigidez das empresas de ônibus na formação dos motoristas. Uma das vítimas foi um menino de quatro anos, atingido na segunda-feira (25) quando caminhava com a mãe em uma calçada no Méier, na Zona Norte. Na semana passada, o guarda municipal André Luiz Cruz morreu ao ser atropelado por um ônibus na Praça da República, no Centro, próximo à esquina com a Avenida Presidente Vargas, quando tentava parar o trânsito para a passagem de uma ambulância.
Prefeitura determina treinamento dos motoristas
O texto do decreto nº. 30752, do dia 26, comprova a realidade trágica: “O alto índice de acidentes de trânsito envolvendo veículos de transporte coletivo na cidade levou a Prefeitura do Rio a determinar (...) que seja providenciado o aprimoramento dos motoristas de ônibus e demais auxiliares de transporte coletivo do município.” Segundo o vice-presidente da Rio Ônibus, Octacílio Monteiro, que representa 47 empresas de ônibus na cidade, o que corresponde a 18 mil motoristas, “essas ocorrências acontecem e, infelizmente, maculam todo o trabalho que a gente faz para aprimorar o profissional”. Octacílio afirma que os veículos possuem tacógrafos para monitorar os motoristas e conter os excessos de velocidade. “Quando desobedecem, eles são chamados para uma outra reciclagem. Mas, em caso de reincidência, podem ser demitidos”. Ele acredita, no entanto, que “a pressão do trânsito, muitas vezes, contribui para os avanços de sinal”, mas nega que as empresas imponham um tempo mínimo para que eles cumpram o trajeto das linhas. “O que elas exigem é que parem em todos os pontos”. O dirigente admite que os últimos acontecimentos exigem uma reflexão para a melhoria dos serviços. “São danos material e moral que recaem sobre as empresas. Vamos discutir para orientar melhor os motoristas”, afirma. Octacílio diz ainda que os cursos de reciclagem e aprimoramento oferecidos aos motoristas abordam temas como noções de legislação, ética, cidadania, sinalização, relações humanas, medidas de segurança no trânsito, primeiros socorros, entre outros. Mas a participação é voluntária.
O texto do decreto nº. 30752, do dia 26, comprova a realidade trágica: “O alto índice de acidentes de trânsito envolvendo veículos de transporte coletivo na cidade levou a Prefeitura do Rio a determinar (...) que seja providenciado o aprimoramento dos motoristas de ônibus e demais auxiliares de transporte coletivo do município.” Segundo o vice-presidente da Rio Ônibus, Octacílio Monteiro, que representa 47 empresas de ônibus na cidade, o que corresponde a 18 mil motoristas, “essas ocorrências acontecem e, infelizmente, maculam todo o trabalho que a gente faz para aprimorar o profissional”. Octacílio afirma que os veículos possuem tacógrafos para monitorar os motoristas e conter os excessos de velocidade. “Quando desobedecem, eles são chamados para uma outra reciclagem. Mas, em caso de reincidência, podem ser demitidos”. Ele acredita, no entanto, que “a pressão do trânsito, muitas vezes, contribui para os avanços de sinal”, mas nega que as empresas imponham um tempo mínimo para que eles cumpram o trajeto das linhas. “O que elas exigem é que parem em todos os pontos”. O dirigente admite que os últimos acontecimentos exigem uma reflexão para a melhoria dos serviços. “São danos material e moral que recaem sobre as empresas. Vamos discutir para orientar melhor os motoristas”, afirma. Octacílio diz ainda que os cursos de reciclagem e aprimoramento oferecidos aos motoristas abordam temas como noções de legislação, ética, cidadania, sinalização, relações humanas, medidas de segurança no trânsito, primeiros socorros, entre outros. Mas a participação é voluntária.
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