As tarifas de ônibus em Ribeirão Preto aumentaram 37,5% nos últimos cinco anos, um reajuste 15 pontos percentuais maior do que a inflação acumulada no período, de 22,7% segundo o IPC/Fipe Moura Lacerda. Em 2003, o bilhete simples no transporte público da cidade custava R$ 1,60. Depois do último aumento, em junho do ano passado, a passagem foi para R$ 2,20.
Para a economista Rosalinda Chedian Pimentel, mesmo com a planilha de custos, as empresas de ônibus deveriam reajustar a passagem num percentual mais próximo ao da inflação. “Mas, por causa desses custos, os reajustes são feitos acima da inflação para que as empresas possam trabalhar em uma margem maior”, disse.
Ribeirão está entre as 19 cidades do Brasil, com mais de 500 mil habitantes, que possuem maior valor de tarifas de transporte coletivo urbano, segundo levantamento da Agência Nacional de Transportes Públicos (ANTP). E o presidente da Transurb, Roque Felício, não descarta a possibilidade de um novo aumento nos bilhetes neste ano. “Tivemos um aumento no diesel no final do ano passado e os custos para as empresas cresceram”, disse. Para muitos passageiros, o valor das tarifas não é equivalente aos serviços prestados. “Acho que o preço está um pouco alto pelo que temos disponível no transporte urbano. O atraso é um dos principais problemas”, disse a auxiliar de cobrança Thais Cristina Carnio, 21 anos. O eletricista Carlos Bertes Fagundes, 36, disse que o serviço é razoável, mas a tarifa á alta. “Cidades com mais habitantes como São José dos Campos, têm tarifas mais baixas. Esse aumento nos últimos cinco anos foi exagerado em Ribeirão.” (RS)
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