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Carros têm mais incentivo que transporte público

domingo, 29 de maio de 2011


A cada R$ 12 gastos em incentivos ao transporte particular, o governo investe R$ 1 em transporte público. A constatação foi feita pelo Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) no estudo sobre a mobilidade urbana no Brasil, divulgado na última quarta-feira (25). A pesquisa considera as três esferas de governo do país: municipal, estadual e federal.

A pesquisa considera esse desequilíbrio de valores gastos em incentivos como um dos fatores responsáveis pelo aumento do número de carros e motos no país e, por consequência, dos congestionamentos. "Muitas vezes, essas políticas não são percebidas claramente pela população por envolver omissão do poder público", diz o texto.

Entre os subsídios considerados pelo Ipea está a isenção de IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) dada aos carros de baixa cilindrada, os chamados carros populares. "Enquanto os veículos acima de 2.000 cilindradas pagam 25% de IPI e aqueles entre 1.000cc e 2.000cc pagam 13%, os veículos de até 1.000cc pagam 7% e os comerciais leves, 8%". Por 1.000 cc, entende-se veículos 1.0.

Considerando essas variações de percentual por categoria, o instituto estima que o governo deixe de arrecadar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 7,1 bilhões somente com a isenção do IPI por ano. Já os ônibus e trens recebem de R$ 980 milhões a até 1,2 bilhão em isenção de impostos.

O instituto ainda calcula que o governo deixa de arrecadar cerca de R$ 7 bilhões ao ano dando estacionamento gratuito aos carros nas vias públicas. Vale ressaltar que o Ipea considera esta estimativa conservadora, uma vez que o valor médio de estacionamento utilizado para o cálculo foi de R$ 3 por quatro horas.

Somados a isenção do IPI com a dos estacionamentos nas vias públicas, os veículos individuais recebem aproximadamente 90% de todos os subsídios dados pelo governo para mobilidade urbana.

Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, defende o equilíbrio da distribuição financeira de recursos.

- Nós defendemos que o governo destine mais investimentos na infraestrutura da mobilidade urbana, pois o aumento do uso de veículos particulares aumenta a poluição, os congestionamentos e o número de acidentes nas regiões metropolitanas.

Além da questão do subsídio, o estudo apontou outras razões para a piora do transporte público do país. De 1995 até hoje, as tarifas de ônibus subiram cerca de 60% mais que a inflação. Para chegar à conclusão, o instituto considerou o INPC (Índice Nacional de Preços do Consumidor), que é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) todos os meses. O Ipea colheu dados de dez regiões metropolitanas (Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Brasília) e da cidade de Goiânia.

Outro dado trazido pelo estudo é que o brasileiro perdeu mais tempo em média no trânsito em seu deslocamento da casa para o trabalho. Baseado em cálculos das Pnads (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 1992 e 2008, o Ipea concluiu que o tempo médio subiu de 37,9 minutos para 40,3 minutos. Houve também um aumento na quantidade de pessoas que ficam mais de uma hora no trajeto de casa para o trabalho, de 15,7% para 19%.

"Esses dados mostram que as políticas de mobilidade adotadas não estão sendo suficientes para conter a degradação do trânsito urbano", diz o texto.

Fonte: R7.com

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Workshop no Rio expõe metas para BRT

Trabalho com a imprensa, através de estratégias de marketing para a implantação do Bus Rapid Transit (BRT), foi apresentado pela equipe da Embarq Brasil, durante um workshop nesta quarta e quinta, na cidade do Rio de Janeiro. Entre os detalhes, os meios de como apoiar tecnicamente o sistema BRT, que deverá ser implantado na capital baiana dentro dos próximos dois anos. O objetivo é que possam ter um sistema de transporte mais rápido e qualitativo do que o que existe atualmente.

Técnicos de diversas partes do mundo se reuniram durante o seminário “Como atrair e cativar usuários no Transporte Público” e discutiram a criação de imagem e estratégias de comunicação, com a interação ainda da comunidade. Durante o evento foram apresentadas algumas ferramentas e abordados aspectos positivos e negativos da implantação do BRT em diversos locais como Bogotá e México.

O novo sistema de transporte permitiria a reorganização e reestruturação das cidades possibilitando uma melhor qualidade de vida para os usuários. A meta do marketing é fazer ainda com que todos os moradores se transformem em usuários em potencial do sistema.

“E consequentemente diminuímos a emissão de poluentes. O BRT é uma mudança de paradigmas”, disse o diretor da Embarq para a América latina, Luis Gutiérrez.  De acordo com ele, com a implantação do novo sistema vai ser possível ofertar a população de cidades como Salvador e Rio de Janeiro maior mobilidade urbana aliada “a segurança”, destacou Gutiérrez.

Durante a apresentação do responsável pelo marketing da Embarq, Ethan Arpi, destacou a importância da união de todas as esferas para a implantação do BRT. “É um sistema eficiente, mas é necessário que todos se envolvam, desde as esferas mais altas até o morador, já que o objetivo é levar um melhor acesso de transporte para o maior número de pessoas possível”, disse ele.

Acrescentou ainda que é de fundamental importância apresentar, não apenas para os usuários, mas também aos comerciantes datas e evolução da obra. “Satisfação e acompanhamento são fundamentais para o sucesso do BRT”. A troca de informações entre palestrantes e ouvintes pôde proporcionar a troca de experiências.

Destacaram ainda a importância dos trabalhos de marketing para o sucesso. “Para isso precisamos do apoio de todas as esferas de trabalho”, disse o presidente da Embarq Brasil, Luis Antônio Lindau. Conforme ele, em paralelo a esta realidade é importante uma .

Destacou ainda a importância da educação dos usuários do sistema. “Eles têm que se sentir inserido cada vez mais nesta realidade, com qualidade e conforto”, destacou. Na capital baiana devem ser instalados inicialmente 80km de BRT para atender toda a população soteropolitana.


Fonte: Tribuna da Bahia

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Trem-bala que será trazido ao Brasil é o mesmo usado na Alemanha

O aguardado trem-bala, prometido para chegar ao Brasil até as Olimpíadas de 2016, tem entre suas principais vantagens o preço e a praticidade, especialmente para aqueles passageiros que decidem viajar na última hora.

O R7 fez uma viagem assim na Alemanha, do trecho Berlim-Hamburgo (290 km, no trajeto de carro) e constatou o benefício: além de ser mais barato na compra um dia antes, a viagem demora bem menos tempo do que se fosse de avião.

A passagem, para uma viagem no sábado pela manhã, custa 70 euros (cerca de R$ 160) e o trajeto é feito em menos de duas horas. Se fosse de avião, a mais barata ficaria em 281 euros (R$ 642) e seria feita em, no mínimo, quatro horas e meia, com as conexões.

Na Alemanha, o tempo conta a favor do trem por vários motivos: além de ser bem fácil chegar à estação (por onde passam várias linhas de metrô, trens urbanos e ônibus), não é necessário chegar com muita antecedência, bastam 15 minutos. Nos aeroportos, além dos habituais atrasos, é preciso chegar, no mínimo, uma hora antes para o check-in.

Brasil
O trem-bala chega hoje a todas as 16 capitais alemãs e sua malha ferroviária alcança mais de 1.200 quilômetros, com pelo menos mais 1.000 em construção ou planejados. No Brasil, com um território vinte vezes maior e 27 capitais, o trem de alta velocidade terá 511 quilômetros.

O preço projetado para o trecho Rio-São Paulo está estimado em, no mínimo, R$ 199. O leilão que vai definir a construtora e operadora da linha está previsto para ocorrer em julho.

Fonte: R7.com

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Em Juiz de Fora, Seis linhas de ônibus têm alteração nos horários e itinerários

A partir da próxima quarta-feira, dia 1º de junho, seis linhas do transporte coletivo urbano passarão por alterações nos horários e/ou itinerários. São elas: 399 (Olavo Costa), 542 (Lagoa), 714 (Chapéu d'Uvas), 726 (Igrejinha), 741 (Valadares) e 742 (Rosário de Minas).
Confira as mudanças:
  • Linha 399 (Olavo Costa) - serão incluídos os seguintes horários aos domingos e feriados:
Saídas do Bairro: 5h30, 9h30, 10h30, 11h30, 15h30, 16h30, 17h30, 21h30 e 22h30.
Saídas do Centro: 8h55, 9h55, 10h55, 14h55, 15h55, 16h55, 21h55 e 22h55.
  • Linha 542 (Lagoa) - a linha passará por adequação no quadro de horário de dias úteis. Veja as mudanças no anexo.
  • Linha 714 (Chapéu d'Uvas) - os horários de 21h05 (nos dias úteis), 20h45 (aos sábados) e 21h15 (aos domingos e feriados), com saída do Centro, estenderão até Novo Viradouro.
  • Linha 726 (Igrejinha) - nos dias úteis, será incluído o horário de 22h20, com saída do Centro.
  • Linha 741 (Valadares) - terá seu itinerário alterado no sentido Centro / Bairro, ficando o percurso da seguinte forma:
..., BR-267, rua Palmital até a Ponte de Concreto – manobra e retorna pela rua Palmital.
  • Linha 742 (Rosário de Minas) - terá o itinerário alterado, ficando o percurso da seguinte forma:
Centro / Bairro: ..., Estrada Vicinal de Rosário de Minas, rua Adalberto Marques (Rosário de Minas), rua Eliseu Guedes à esquerda até o trevo próximo ao Cemitério, rua Eliseu Guedes à direita até o trevo, rua Eliseu Guedes, rua Carlos Lulu de Oliveira (Ponto Final).
Bairro / Centro: rua Carlos Lulu de Oliveira (Ponto Final), Rosário de Minas, Estrada Vicinal de Rosário de Minas,...

Fonte: Acessa.com

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Em Bauru, Tarifas de ônibus subirão em um mês

A Prefeitura Municipal de Bauru fixou os valores das tarifas do transporte coletivo da cidade. Os novos preços entrarão em vigor a partir de 27 de junho.

Conforme estabelecido pelo Decreto, a tarifa básica passará a ser de R$ 2,25 com pagamento em cartão (aumento de R$ 0,15), R$ 2,85 para a tarifa integração nesta mesma forma de pagamento, R$ 2,40 para a tarifa básica paga em dinheiro (aumento de R$ 0,15), R$ 1,69 para tarifa escolar e R$ 2,14 para integração com pagamento em cartão da tarifa escolar.

Conforme divulgado pelo JC na edição de ontem, após a reunião marcada pelo Conselho de Usuários do Transporte Coletivo nesta semana ter sido suspensa por falta de quorum, a decisão sobre os reajustes ficou para o prefeito Rodrigo Agostinho.

Segundo informações da assessoria de imprensa da prefeitura, entre os benefícios mantidos estão o bônus de 10% no “entrepico”, das 9h30 às 11h30 e das 13h30 às 15h30 de segunda-feira a sábado, para os usuários que utilizarem cartões cadastrados, com produtos Vale Transporte ou comum, bem como suas respectivas integrações.

Estes benefícios não serão concedidos nos domingos e feriados. Os cartões avulsos (pré-carregados) e cartões de estudantes não terão o bônus. Estudantes de até 25 anos terão desconto de 25% na tarifa.

Segundo a nota oficial emitida ontem pela assessoria do prefeito, “o preço da tarifa do transporte coletivo é um dos mais baixos, comparados a cidades do mesmo porte que Bauru - em relação aos valores vigentes desde 12 de maio do ano passado. Os valores atuais são de R$ 2,10 para pagamento em cartão, R$ 2,25 em dinheiro e mais R$ 0,50 na integração.

Uma tabela comparativa enviada pela assessoria mostra as tarifas praticadas em outras cidades: Osasco: R$ 2,90; São José dos Campos: R$ 2,80; Limeira: R$ 2,70; Araraquara: R$ 2,50; Piracicaba: R$ 2,45; Taubaté: R$ 2,40; Ribeirão Preto: R$ 2,40; Presidente Prudente: R$ 2,40; São José do Rio Preto: R$ 2,30 e Rio Claro: R$ 2,30.

Frota

A prefeitura ressalta ainda que o transporte coletivo urbano de Bauru recebeu nesta semana 20 novos ônibus, dentro do programa de renovação periódica da frota da concessionária Grande Bauru. A empresa ainda substituirá outros dez ônibus por veículos zero quilômetro no mês de julho, perfazendo renovação de 30 carros neste ano. Também em julho, a Baurutrans fará a troca de cinco ônibus. A concessionária Cidade Sem Limites fará sua renovação no final de junho, colocando 15 novos ônibus em circulação.

Com a substituição - total de 50 ônibus -, a idade média da frota das empresas será de 2,43 anos para a Grande Bauru, 2,89 anos para a Cidade Sem Limites e 2,78 anos para a Baurutrans.

“Todos os veículos novos são equipados com plataforma elevatória para pessoas com mobilidade reduzida, ampliando para 96% o índice de acessibilidade da frota para pessoas com deficiência física severa (cadeirantes).

Os ônibus também possuem assentos preferenciais para idosos, gestantes e pessoas com limitações físicas, que são destacados pela cor da pintura, além de adesivos de orientação.

Até o mês de agosto, as empresas operadoras do sistema de transporte coletivo em Bauru receberão 20 ônibus com ano de fabricação 2008 para substituir os mais antigos. Esses veículos estarão equipados com plataforma elevatória, segundo a assessoria da prefeitura.


Aquisição de cartões

Os cartões cadastrados são a única forma de viabilizar a integração de viagens no sistema de transporte coletivo de Bauru, e podem ser obtidos em pontos de atendimento instalados nos Supermercados Confiança, na Livraria Jalovi da avenida Rodrigues Alves, no Poupatempo e no Empório Cultural do Bauru Shopping, além da Loja da Transurb. Para tanto, basta apresentar documento de identidade e CPF, fazendo um primeiro carregamento de cinco tarifas comuns.

Já os estudantes devem comparecer à Loja da Transurb, onde é tirada foto para confecção do cartão personalizado. Os alunos devem levar declaração da escola referente à matrícula em 2011 e apresentar documento de identidade.

A Emdurb, gestora do transporte coletivo na cidade, publicou no último dia 5 o edital de licitação, na modalidade concorrência pública, para implantação, manutenção e limpeza de abrigos em pontos de paradas dos ônibus. A abertura da sessão será dia 7 de junho, às 9h, na sala de reuniões da empresa.

A instalação de abrigos do transporte coletivo foi um compromisso assumido pelo prefeito Rodrigo Agostinho perante a população. Um dos apontamentos do Plano de Mobilidade Urbana de Bauru contempla a melhoria da qualidade do transporte coletivo como forma de atrair mais usuários para o sistema.

Fonte: Jornal da Cidade de Bauru

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Ônibus voltam a circular com 100% da frota em São Luís

sábado, 28 de maio de 2011

Apersar do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (STTREMA) não decretar oficialmente o fim da greve em São Luís, 100% da frota de ônibus já voltou a circular na cidade. Os rodoviários voltaram ao trabalho sob a pressão de serem demitidos por justa causa, caso continuassem parados.
Em greve desde segunda-feira (23), os rodoviários conseguiram uma mobilização forte, parando 100% da frota e, consequentemente, descumprindo uma decisão da Justiça do Trabalho, que determinava a circulação de 80% da frota durante o movimento.
Sem acordo entre o Sindicato dos Rodoviários e o Sindicato das Empresas de Transporte (SET), a negociação foi para dissídio coletivo. Mantido o impasse durante reuniões com o Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão (TRT-MA), a desembargadora Márcia Andrea da Silva, presidente do órgão, decretou a greve abusiva e ilegal, dando permissão judicial para que o SET passasse a contratar novos rodoviários, de forma que a circulação dos ônibus voltasse ao normal.
Nessa quinta-feira (26), os rodoviários chegaram a sair com os ônibus das garagens, mas foram parando no Anel Viário. Houve enfrentamento com o Batalhão de Choque da Polícia Militar.
Diante da possibilidade de demissão por justa causa, já que a ilegalidade e abusividade da greve estavam decretadas, os rodoviários resolveram voltar ao trabalho. "Não dizemos que terminamos a greve. Voltamos a trabalhar pela ameaça de demissão e pela atitude abusiva da polícia, ontem. Continuamos a negociação. Queremos uma nova chamada por parte do sindicato patronal para tentarmos chegar a um acordo", afirmou Dorival Silva, presidente do Sindicato dos Rodoviários ao Imirante.com.
Sobre a proposta de rejuste de 8,3% do salário e aumento do tíquete-alimentação de R$ 315 para R$ 341,15, colocada pelo TRT-MA, o presidente do sindicato revela que protocolará medida cautelar para que os empresários já comecem a pagar esse velor.


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Ônibus movidos a etanol começam a circular em São Paulo

Depois dos automóveis, ônibus vão circular com etanol no Brasil. Cinquenta deles integram a partir desta quinta, dia 26, a frota de transporte coletivo de São Paulo, a maior cidade do país. A mudança representa um ganho para o meio ambiente e um desafio para o setor sucroalcooleiro, que precisa atender a demanda cada vez mais crescente pelo biocombustível.

Não é pra menos que a experiência começou por São Paulo. A cidade tem a maior frota de carros e também de ônibus do país. Juntos, eles são responsáveis por um dos grandes problemas da metrópole, a poluição, que em grande parte é causada pela fumaça que sai dos escapamentos.

Os testes para trocar o diesel pelo etanol, que polui menos, começaram a ser feitos em ônibus há quatro anos. O compromisso de mudar foi assinado pela prefeitura no fim do ano passado. E agora enfim, os primeiros ônibus estão prontos para circular. Serão 50. 10 foram apresentados nesta solenidade na capital.

– Tendência existe de que a frota inteira possa efetivamente ser movida a etanol. Pra isso precisa um pouco mais de pesquisa, um pouco mais de estudo. Tenho a certeza absoluta de que em especial as entidades vinculadas ao setor têm interesses econômicos de que essas pesquisas, sejam realizados pra que a gente possa melhorar ainda mais a performance deste combustível em relação a estes veículos – destacou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Os ônibus foram produzidos em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. São do mesmo modelo e tecnologia dos que são usados na cidade de Estocolmo, na Suécia, o primeiro país do mundo a utilizar o etanol em grande escala no transporte público urbano. Lá circulam 700 ônibus com o combustível brasileiro. A fábrica tem capacidade para produzir até quatro mil ônibus com esta tecnologia por ano.
É um etanol diferente dos que a gente utiliza nos nossos automóveis porque leva um aditivo que permite ele funcionar nestes motores. A diferença tecnológica, é que ele utiliza o que a gente chama de ciclo diesel. O mesmo ciclo dos motores convencionais a diesel, com algumas pequenas adaptações pra funcionar no combustível etanol – explica o gerente da Scania, André Oliveira.

Os novos ônibus paulistas vão liberar menos fumaça preta dos escapamentos. A redução deve ser de 90% em relação aos veículos a diesel, segundo os especialistas. Em São Paulo circulam atualmente 15 mil ônibus movidos a diesel. Se fossem a etanol o impacto ambiental seria equivalente a uma frota de apenas três mil ônibus.

A decisão de incluir ônibus movidos a etanol na frota do transporte público de São Paulo foi baseada numa pesquisa da Universidade de São Paulo (USP). Além das vantagens para o meio ambiente e para a saúde, os especialistas defendem que o etanol é a melhor solução entre os combustíveis renováveis pelo custo e para disponibilidade de matéria prima no Brasil. Isso que a demanda pelo combustível cresce a cada dia. No ano passado, 86% dos automóveis registrados no país eram flex.

O crescimento é comemorado pelas indústrias do setor sucroalcooleiro, mas não deixa de ser uma preocupação também.

– A gente vai ter que produzir pelo menos 400 milhões de toneladas a mais de cana ao longo destes próximos dez anos, além daquilo que a gente prevê, o que são em torno de 130 novas usinas – ressalta o presidente Unica, Marcos Jank.

Em SP os ônibus a etanol foram identificados com um selo e fazem parte de um programa que pretende usar a chamada tecnologia limpa em toda a frota. Não há uma previsão de quando todos os ônibus serão substituídos, mas a iniciativa que começou a ser colocada em pratica agora com o etanol, deve ter logo um outro tipo de efeito.

– A gente sabe que na medida em que São Paulo adota esses ônibus, automaticamente outras capitais virão atrás, outras grandes metrópoles – complementa Jank.

Segundo a pesquisadora da USP, Silvia Velazquez, durante o desenvolvimento do projeto já havia solicitações de outras localidades.

– É necessário [para que a expansão aconteça] que haja incentivos e que se desperte a consciência de que reduzindo a emissão de poluentes, certamente vamos melhorar a qualidade do ar, melhorar a qualidade de vida e a saúde da população.Economia com saúde, pode-se despender outros recursos para melhorar a qualidade do ar da cidade – afirma a pesquisadora.


Fonte: Midia News

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Governo do Ceará entrega projeto do metrô da linha leste ao PAC 2

Foto: Natinho Rogrigues
Pedido de R$ 2,4 bilhões e o projeto para construção da linha leste do Metrô de Fortaleza foram formalizados pelo Governo do Ceará nos ministérios das Cidades e dos Transportes, em Brasília. Os recursos correspondem a 80% dos R$ 3 bilhões orçados pelo Estado para implantação do novo ramal, que prevê a ligação ferroviária do centro de Fortaleza ao Centro de Eventos e ao Fórum Clóvis Beviláqua, no Bairro Edson Queiroz. Na última quinta-feira, o diretor técnico do Metrofor, Edilson Aragão, entregou, no Ministério das Cidades, os projetos básico e financeiro, e as informações técnicas e arquitetônicas da obra, com a anuência da Prefeitura Municipal de Fortaleza, para realização do projeto. A informação foi confirmada ontem pelo secretário Estadual de Infraestrutura (Seinfra), Adail Fontenele.

Segundo ele, os recursos pleiteados ao Governo Federal seriam inseridos no "bolo" do PAC 2, para serem aplicados na construção do túnel subterrâneo, das 12 estações e para aquisição e instalação das escadas rolantes e elevadores. Outros R$ 634 milhões, que serão a contrapartida sugerida pelo Governo do Estado, seriam aplicados em uma segunda etapa, na aquisição dos trens, dos sistemas elétricos e de controle e na ventilação do metrô.

Equação financeira
De acordo com o secretário, os recursos foram pedidos, mas ainda não se sabe se o Tesouro Federal irá doar os recursos ou se irá financiá-los ao Estado. "Não sabemos se esses recursos serão da União ou se serão emprestados", disse Fontenele.

Ele disse também que a fonte dos R$ 634 milhões de contrapartida do Estado ainda está sendo estudada e que a ideia é que seja financiada por meio de uma parceria publico privada. "A equação financeira à segunda etapa ainda está sendo estudada", revelou o secretário.

Boa aceitação
Fontenele declarou que o projeto de implantação da linha leste do metrô vem sendo bem aceito por todas as esferas governamentais, federal, estadual e municipal, tendo em vista o significado à melhoria da mobilidade urbana de Fortaleza. "A área leste da cidade é a mais complicada em termos de trânsito", justificou, ressaltando que o estudo de ocupação da nova linha prevê fluxo de cerca de 300 mil pessoas, por dia.

O secretário disse ainda que o Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental (Eia-Rima) já estão sendo elaborados pela MWH, empresa responsável pelo projeto básico do empreendimento. O pedido de Licença Prévia também já foi feito à coordenação de Controle e Proteção Ambiental da Semace (Superintendência Estadual do Meio Ambiente), a quem caberá vistoriar a área e o percurso total por onde passará o metrô, para elaboração de um Termo de Referência que norteará as diretrizes do Eia-Rima. A nova linha será toda subterrânea e terá 12 estações, partindo da Chico da Silva (no Centro), passando pela Catedral, Colégio Militar, Ceart, Nunes Valente, Leonardo Mota, Otávio Lobo (no Oásis), Cidade 2000, Palácio Iracema, Centro de Eventos e Fórum Clóvis Beviláqua.     Reportagem de Carlos Eugênio

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