No segundo dia de reajuste da tarifa de ônibus, as empresas parecem já ter acatado a determinação da liminar do juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital, Elder Lisboa Ferreira da Costa, que reduziu o preço das passagens de R$ 1,85 para R$ 1,70. A medida engloba todos os ônibus que possuem concessão para atuar na região metropolitana (Belém, Ananindeua, Marituba e Santa Bárbara). A nova decisão fez com que houvesse um recuo de 8,82% no preço da passagem.
A tarifa de R$ 1,70 entrou em vigor por homologação da Prefeitura de Belém no dia 20 de dezembro de 2008, perdurando oficialmente até o dia 1º de fevereiro deste ano, quando passou para R$ 1,85.
Segundo pesquisa do Dieese-PA, com o valor de R$ 1,85, Belém estava entre as capitais brasileira com as menores tarifas de transporte público, abaixo apenas de Fortaleza, onde o preço da passagem era de R$ 1,80. Com o valor de R$ 1,70, a Belém voltou a ser a cidade do País com a tarifa mais baixa, mas também com um dos piores serviços de transporte coletivos oferecidos aos usuários.
O Dieese-PA mostra que com este recuo no valor da tarifa, o ganho dos usuários é de quase 9% ao mês. Para os usuários que não têm vale transporte e apanham duas conduções diárias o gasto mensal cairá dos atuais R$ 88,80 (com a tarifa de R$ 1,85) para R$ 81,60 (com a tarifa de R$ 1,70 ). O impacto no final do mês, em relação ao salário mínimo cairá de 17,41% para 16%.
Os ônibus urbanos da Grande Belém transportam cerca de 30 milhões de passageiros por mês. Destes, cerca de 12 milhões utilizam vales transportes, ou seja, mais da metade dos usuários dos coletivos tiram do próprio bolso o valor da tarifa.
Ainda segundo o Dieese-PA, em todas as capitais brasileiras onde o transporte coletivo apresentou melhorias , o usuário não arcou sozinho com a tarifa, pois o Estado ou prefeituras subsidiaram uma parte dos custos, realidade diferente no Pará.
As informações são do Dieese-Pa. (Diário Online)
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