Já está em elaboração o projeto de ligação à rede metropolitana de transporte público de passageiros da parte da região do ABC paulista não servida pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e pelos ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (Emtu). Os sete prefeitos da região discutiram o assunto com representantes do governo do Estado e com o prefeito da capital, Gilberto Kassab, que concordaram com o projeto, e pretendem apresentá-lo ao governo federal dentro de duas semanas.Trata-se de uma típica questão metropolitana, cuja solução, por isso, deve envolver diferentes instâncias de governo. Mas nem sempre esses problemas têm sido tratados de maneira conjunta pelos administradores públicos. Se tudo der certo, dessa atuação coordenada das prefeituras da região e dos governos estadual e federal - chefiados por membros de diferentes partidos políticos - resultarão benefícios expressivos para a população. Será, por exemplo, reduzido o crescimento das viagens individuais por automóveis, que aumentam mais depressa do que as viagens por transportes coletivos e já representam um terço dos deslocamentos na região metropolitana de São Paulo.
Há muitas décadas, a Linha D da CPTM - trecho da antiga Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, entre as Estações Luz e Rio Grande da Serra - atende parcialmente a região do ABC. O corredor metropolitano São Mateus-Jabaquara, cuja operação é controlada pela Emtu, com uma frota de mais de 200 veículos, que circulam em faixa exclusiva, atende parte dos municípios de Diadema, São Bernardo do Campo, Santo André e Mauá, além da capital. Mas muitos moradores do ABC não têm acesso a essas linhas e dependem de ônibus ou de condução própria para chegar à capital.
A partir deste domingo (08), os moradores dos balneários de Bicanga e Manguinhos, em Serra, terão mais uma opção de deslocamento para outros bairros e municípios com o início da operação da nova linha 882 (Bicanga / Terminal Jacaraípe via Manguinhos e Castelândia).O serviço, programado pela Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV), também será uma nova opção de deslocamento para o litoral de Serra, pois, atualmente, as linhas de ônibus que dão acesso a essas duas praias são integradas ao Terminal Carapina.A partir da mudança, os moradores de bairros da Serra que tiverem como destino as praias de Bicanga e Manguinhos poderão escolher o itinerário e/ou o terminal que possibilitará mais agilidade às suas viagens.A linha 882 vai circular todos os dias da semana e realizará 26 viagens nos dias úteis e 21 aos sábados, domingos e feriados, passando pela Avenida Baira-Mar, rua Rio de Janeiro, Avenida Bicanga, Estrada Velha de Manguinhos, Avenida Rômulo Castello, Rua Ceciliano Abel de Almeida, Rodovia ES010, ruas Wilson César N. Filho, Francisco L. de Aguiar, Natalino Ribeiro, E, H, E e pela Avenida Talma Rodrigues Ribeiro.
Por volta das 12h, uma fila de ônibus de aproximadamente 1 km fechou a avenida Rio Branco, a principal da cidade. O bloqueio complicou o trânsito nos arredores, trazendo reflexos na avenida Getúlio Vargas. Segundo o morador Francisco Pugliese, os serviços de táxi estiveram indisponíveis, devido à alta procura, para boa parte da população. "Quem mora nos bairros mais afastados teve que ir a pé para o trabalho", relatou. Os trabalhadores em greve pedem, entre outras coisas, 11,86% de aumento salarial, reajuste do seguro de vida de R$ 8 mil para R$ 10 mil e redução da jornada de trabalho de oito para seis horas. O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo de Juiz de Fora (Sinttro) representa os trabalhadores nesta paralização. Às 15h desta segunda-feira, a Associação Profissional das Empresas de Transporte de Passageiros de Juiz de Fora (Astransp) se reunia com representantes da categoria em busca de um acordo.
Ao decidir promover a mudança do sistema de bilhetagem eletrônica no transporte coletivo da Capital, a Prefeitura de Cuiabá, via SMTU, garante o secretário Edivá Pereira Alves, “apenas quer modernizar ainda mais o sistema que vigorava, até então. Busca-se assim trazer mais conforto aos usuários e mais agilidade operacional nessa área”. Ele enfatizou que essa decisão de prorrogar é mesmo de respeito aos usuários do transporte coletivo, “porque têm sido registradas deficiências técnicas que, paulatinamente, serão sanadas pelo pessoal da informática”, ressalva. “Por causa dessas falhas é que acontece, entre outros impasses, a não visualização dos saldos disponíveis do velho sistema para o novo, o Prodata. Mas são falhas detectadas e já em fase de solução, de adequação, o que é comum a cada mudança de sistema”. Ele ainda informou que as empresas, apesar da prorrogação, não estão mais vendendo créditos para o sistema antigo, o Transdata. “Vamos distribuir folhetos explicativos à população, para que não paire qualquer dúvida a respeito dessa mudança de sistema e os problemas que têm surgido costumeiramente, em paralelo com filas extensas no forte sol cuiabano. O que a população não agüenta e nem merece”.
Dentro dos ônibus da cidade, a propaganda é controlada pela Lei Cidade Limpa e, hoje, se restringe às telas da BusTV, uma empresa européia responsável pela programação e administração de monitores instalados nos coletivos.
Segundo diretor de comunicação da empresa portuguesa, João Coragem, a BusTV funciona desde 2004 na Europa e desde abril deste ano em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília, Recife e Porto Alegre.
“Nosso principal objetivo é entreter pessoas que ficam muito tempo dentro dos ônibus com notícias leves, que não sejam violentas”, diz o diretor. O conteúdo, principalmente composto por notícias de esportes, cultura, cidadania, música, entrevistas, horóscopo e publicidade, é feito pela própria empresa e específico para cada região.
O gerente de marketing da SPTrans, José Nader, diz que ainda não há cálculos da receita gerada pela publicidade nos ônibus. Hoje, a BusTV já atinge cerca de 150 ônibus dos 8.500 de São Paulo. Nader afirma que o número pode chegar a 2.500 até o ano que vem. “Ainda é uma experiência, mas deve gerar uma receita razoável até o final do ano”, afirma.
Com a presença de estudantes que faziam protestos nas galerias da Câmara de Vereadores, o presidente da Urbs, Marcus Isfer, respondeu perguntas sobre o transporte coletivo de Curitiba. Entre os pontos destacados na sessão, que durou mais de quatro horas, Isfer afirmou que não há solução para os ônibus lotados. Isfer explicou que não há o que a Urbs possa fazer em determinados horários. "Não há no mundo sistema de transporte sem lotação, principalmente nos horários de pico", disse. O presidente da Urbs disse ainda que a licitação para escolher as empresas que vão prestar os serviços em Curitiba está em andamento. Segundo Isfer "a Urbs considera esta uma prioridade absoluta e deve empossar o Conselho Municipal para debater a questão, além de realizar audiência pública antes de abrir processo licitatório". O reajuste de cerca de 15% do custo das passagens de ônibus, implantação de seguro contra acidentes embutido na tarifa, criação e ampliação de linhas, entre outros assuntos, foram levantados pelos demais parlamentares. Quando questionado sobre a chamada "caixa preta da Urbs", Isfer disse que não há caixa preta. "Por isso, convido qualquer interessado a comparecer à Urbs, para conhecer a empresa e como as coisas são feitas."
O aumento da tarifa de ônibus de R$ 2,30 para R$ 2,50 vai estimular a venda de bicicleta e motocicletas em Campo Grande. É a aposta dos lojistas. O dinheiro gasto em um mês com o transporte coletivo equivale a uma bicicleta nova no valor de R$ 200 ou à prestação de motocicleta de baixa cilindrada, que sai a R$ 169 por mês em 48 parcelas. A lógica do mercado imposta pelo preço da tarifa a R$ 2,50 derruba a premissa de que o serviço público, no caso o transporte coletivo, deve ser adequado, eficaz e a preço módico. A reportagem foi até as ruas, lojas que comercializam bicicletas e motocicletas e entrevistou os clientes que querem fugir do preço alto da tarifa de ônibus. Eles estão dispostos a enfrentar a insegurança do trânsito para economizar. Com isso, o papel do poder público de garantir o transporte público e seguro como um direito de todos, principalmente dos mais humildes, vai ao chão. A ONG (Organização Não Governamental) Rua Viva elenca a importância do transporte público de qualidade como prioridade de uma gestão municipal. Promover a inclusão social, através da redução dos custos do transporte, cobrança de tarifa diferenciada para setores economicamente menos favorecidos, revisão e definição de fontes de recursos para as gratuidades já estabelecidas.
Realidade
“Não tenho condição de pagar ônibus, sou autônomo, pedreiro e para usar o coletivo tenho que tirar dinheiro do bolso. Para compensar andar de ônibus tinha que tirar limpo R$ 700 por mês”, diz Mário Oliveira, de 43 anos. Segundo ele, andar de ônibus seria mais seguro. “Mas, como não tem jeito a saída é ter que encarar a bike”. Ele mora no Jardim Itamaracá e pedala todos os dias cerca de 20 quilômetros. O que economiza com o passe equivale ao dinheiro da ‘mistura’. Na loja de bicicletas, um dia após o reajuste da tarifa de ônibus, Josi Alves da Silva, de 21 anos, dona-de-casa, moradora do Jardim Centenário, tenta comprar uma bicicleta ao custo de R$ 200. “Quebramos o cofrinho da filha para comprar a bicicleta. O passe a R$ 2,30 já pesava imagina agora a R$ 2,50”.