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Maceió já tem mais de 100 pontos para recarga de cartões de ônibus

domingo, 1 de março de 2015

A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) divulgou, na tarde desta sexta-feira (27), que já há mais de 100 pontos de recargas para cartões de ônibus em diversos estabelecimentos na capital.

A assessoria de comunicação da Superintendência explica que além dos pontos de vendas nos bairros, guichês e máquinas de auto-atendimento estão sendo distribuídas na Avenida Buarque de Macedo, no bairro do Centro, no Centro Educacional Antônio Gomes de Barros (CEAGB), no bairro do Farol, no posto da Transpal localizado na Avenida Durval de Góes Monteiro, na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e no Terminal Integrado do Benedito Bentes.

Clique aqui para conferir a lista completa

De acordo com o superintendente da SMTT, Tácio Melo, o aumento dos pontos de recargas apresenta melhoria no atendimento para quem utiliza o transporte público, e com apoio dos órgãos competentes, a tendência é que os usuários utilizem cada vez mais o serviço.

“A melhoria no atendimento ao usuário do transporte público é também uma das prioridades da Prefeitura de Maceió, que, por meio da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito, em parceria com a Transpal, vem aumentando o acesso de pontos de vendas de créditos do Cartão Bem Legal para passagem de ônibus”, disse o superintendente da SMTT, Tácio Melo.

O credenciamento das lojas de conveniência que se interessarem em colocar máquinas de recarga de créditos para passagem de ônibus pode ser feito através do site da Rede Ponto Certo.

Informações: G1 AL

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Em Manaus, Faixa Azul deixa saldo de 1.983 multas, na 1ª semana de implantação

Foram 1.983 notificados em seis dias. Este foi o saldo da primeira semana de implantação da Faixa Azul na avenida Constantino Nery. O projeto, que em muito lembra o falido sistema Expresso, criado em 2002, tem dividido opiniões.

Encontrar uma solução para organizar o trânsito da capital foi anunciado como prioridade no projeto dos governos estadual e municipal. Após abortada a ideia de implantar o monotrilho, as administrações apostaram no  Bus Rapid Transit (BRT), um moderno sistema de transporte já implantado em Curitiba (PR) e Rio de Janeiro (RJ), onde o projeto ficou orçado em R$ 15 milhões por quilômetro.

O sistema de transporte conta com ônibus articulados ou biarticulados, que trafegam em corredores exclusivos à esquerda.

Há terminais e estações de transferência diferenciadas, com pagamento antecipado da passagem por meio de bilhetagem automática, além de sistemas e sonorização ambiente em terminais, estações e painéis de informação, bem como sistema de rastreamento com identificação do veículo, linha operada e tripulação.

De acordo com o titular da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Pedro Carvalho, além da tecnologia no ônibus, há toda uma estrutura nos corredores, estações e terminais de integração. “É uma forma mais rápida de transporte”, disse em entrevista concedida ao EM TEMPO em janeiro.

Contudo, parece que as etapas de estudos, captação de recursos e implantação do modal caminham a passos lentos. Até agora, do sistema milionário há apenas uma Faixa Azul pintada no asfalto, além da intensificação da fiscalização dos agentes de trânsito.

Estes têm multado os condutores desavisados que teimam em invadir o corredor da esquerda, de uso exclusivo dos coletivos.

Motoristas reclamam

Para muitos condutores, a Faixa Azul é um “remake” do sistema Expresso, que há 13 anos prometia ser a solução para os problemas de mobilidade urbana da cidade, mas que após empréstimo de R$ 12 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), falhou.

“Implantar esse ‘novo’ Expresso numa cidade onde as avenidas têm no máximo três pistas não tem condição. Quando fui tirar minha carta de habilitação, tive aula de legislação e aprendi que carro grande anda devagar, sempre pela direita, aí hoje vem o expresso de novo. Como vai ser?”, analisou o empresário Luciano Vieira, 39.

Para ele, as soluções deveriam ser pensadas a longo prazo, considerando o aumento da população e o acréscimo da frota de veículos.

“A Faixa Azul é um projeto falido que inventaram para a Copa do Mundo, para arrecadar dinheiro do governo federal, e não vai dar em nada. Gostaria que a população deixasse de pagar impostos para no mínimo sentirem que quem manda neles somos nós. Eles ficam fazendo marketing na TV, mas a população não é mais besta, tem que perceber que nós buscamos informações todo dia, lemos notícias e vemos o que acontece na cidade”, disparou.

A mesma ideia é compartilhada pelo comerciante João Duarte, 43. “Piorou o trânsito. Se era para ter uma faixa específica para os ônibus, eles teriam que liberar as duas faixas que sobraram aos carros e andar em uma só. As outras duas têm que ser somente para os veículos”, afirmou.

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Novas estações de transferência de Natal têm baixa adesão dos usuários

As novas estações de transferência de ônibus de Natal, estruturas inauguradas há uma semana, estão tendo baixa adesão dos usuário de transporte coletivo. Apesar de aprovadas pelo público, o número reduzido de linhas que fazem a integração nas estações e a desinformação por parte dos usuários podem estar ocasionando a pouca utilização do espaço.

Equipadas com Wi-Fi e aparelhos de ar-condicionado, as novas estações do Bairro Latino, na Zona Sul de Natal, e de  Igapó, na Zona Norte, foram inauguradas no último sábado (21). Ainda não tendo recebido a instalação das máquinas leitoras de cartões, as estações só recebem passageiros que descem dos ônibus, de forma que o usuário não pode ingressar a pé.

Nesta fase de implantação, agentes de trânsito estão nas estações para esclarecer dúvidas dos usúarios, bem como para aplicar um questionário que deve resultar em relatório da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana. Com base no levantamento, pode haver aumento das linhas que realizam a integração.

Linhas disponíveis para integração
Bairro Latino 02, 10/29, 33, 52, 54, 77, 79.
Igapó 01B, 10/29, 15/16, 26, 50, 68, 75A, 81.

Atualmente, as linhas que fazem a integração na estação de Igapó são: 01B (Cidade da Esperança/Gramoré), 10/29 (Nova Natal/Nova Descoberta), 15/16 (Pajuçara/Petrópolis), 26 (Soledade I/Ponta Negra), 50 (Serrambi/Santa Catarina), 68 (Alvorada IV/Petrópolis), 75A (Parque das Dunas/Ribeira) e 81 (Vila Verde/Ribeira).

No Bairro Latino, as linhas são: 02 (Gramoré/Mirassol), 10/29 (Nova Natal/Nova Descoberta), 33 (Planalto/Praia do Meio), 52 (Rocas/Pirangi), 54 (Rocas/Ponta Negra), 77 (Parque dos Coqueiros/Mirassol) e 79 (Parque das Dunas/Mirassol). 

Para quem necessita fazer a integração na estação da Zona Sul, as linhas 33, 52 e 54 também param no ponto de ônibus do Natal Shopping, próximo da estação. O usuário pode pegar uma dessas linhas no ponto e descer na estação para fazer a integração com as outras linhas.

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Em São Paulo, começam a circular 151 linhas de ônibus da madrugada

Começaram a circular à 0h deste sábado (28) os ônibus das 151 linhas da nova rede noturna de transportes na cidade de São Paulo. Os coletivos vão circular entre meia-noite e 4h, diariamente.

As saídas dos ônibus serão administradas pelo um centro de controle da SPTrans (empresa municipal de transportes). Assim, segundo a empresa, haverá uma incidência menor de atrasos e saídas canceladas. 

A prefeitura promete que o intervalos entre os coletivos será de no máximo 15 minutos nas chamadas linhas estruturais, que circulam por grandes corredores, como 23 de Maio e Radial Leste. Esses ramais vão alimentar outras 101 linhas locais, que ligam entre os bairros com o intervalo máximo de 30 minutos. 

O itinerário completo de cada uma das linhas noturnas pode ser consultado no site da SPTrans.

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VLT de Cuiabá pode repetir episódio do metrô de Salvador que ficou parado 20 anos

O secretário extraordinário do Gabinete de Projetos Estratégicos (GPE), Gustavo Oliveira, parece ter definido um objetivo claro para a sequência das obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). O gestor garantiu que não quer seguir o ‘exemplo’ deixado pelas obras do metrô de Salvador (BA) que ficou com as obras paradas durante 20 anos. A expectativa é que o novo modal só fique pronto a partir de 2017.

Gustavo explicou em entrevista à Rádio Mix que: “As obras na cidade foram preparadas para o VLT. Além disto, o governo já assumiu o financiamento e terá de pagar ou então entrar em uma briga muito grande para não ter de quitar os débitos e aí fica tudo parado”. Ele ainda acrescenta que o pior cenário possível seria seguir o exemplo do “metrô de Salvador que ficou 20 anos parado. Isso não pode acontecer em Cuiabá e Várzea Grande. Temos que perseguir a continuidade que é o mais viável por enquanto”.

A auditoria realizada para detectar ilegalidades nas obras da Copa do Mundo deve ficar pronta neste final de semana: “Não vou ser leviano e fazer acusações das quais não tenhamos provas ou elementos muito fortes. A auditoria está fazendo o trabalho até o final dessa semana nos contratos. Quaisquer indícios ou pontas de irregularidade serão apresentados à sociedade”, garantiu Gustavo.

Porém, ele afirmou que “nitidamente a obra teve grandes problemas de gestão. A qualidade é muito ruim, isso é visível em todos os relatórios e vem sendo alertado desde o começo das obras. Os governos, não quero aqui fulanizar, querem concluir as obras e só. Mas não é assim, se você faz uma obra de estrada, por exemplo, precisa tapar buracos, roçar a margem da estrada, conservá-la”.

A empresa responsável pela fiscalização das obras do VLT detectou cerca de 600 problemas na execução da obra. A expectativa é que as obras custem R$ 1,8 bilhão aos cofres públicos. Os serviços não devem ser finalizados antes de 2017, segundo a estimativa do Governo do Estado. Um estudo de viabilidade econômica está sendo realizado pelo Executivo para determinar se a continuação dos trabalhos será viável ou não.

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SMTU Manaus pretende instalar mais Faixa Azul na cidade

“É preciso ver na prática”, afirmou o diretor-presidente da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Pedro Carvalho, sobre a polêmica da “Faixa Azul” implantada na avenida Constantino Nery. Segundo Carvalho, os ajustes no projeto estão sendo executados “aos poucos” e que não existe a possibilidade de todas as linhas trafegarem pela pista exclusiva. “São 419 ônibus que passam todos os dias na avenida. Não há como colocar todos numa faixa só”, afirmou.
Foto: Evandro Seixas

A dúvida em torno do futuro da faixa do Bus Rapid System (BRS) paira principalmente na cabeça de motoristas de veículos e passageiros de ônibus convencionais. A estudante Camila Gonçalves, 30,  utiliza a linha 407 para chegar até a sua residência no bairro Parque Dez, Zona Centro-Sul. “O ônibus está demorando ainda mais pra passar porque desregulou todo o horário. Pelo menos pra mim, ainda não vi vantagem”.

Segundo Carvalho, as adequações no sistema estão sendo feitas aos poucos. “Estamos mudando sim, mas o trabalho exige paciência. Queremos remanejar sessenta e poucos ônibus pra faixa azul e alterar o caminho de articulados. Muitas pessoas esperam ver a coisa pronta, mas é preciso ver na prática. Estamos mexendo com muita gente e não dá pra fazer tudo de uma vez”, afirmou.

O diretor-presidente do órgão ainda justificou com números a prioridade dada aos usuários de transporte coletivo. “Apenas 2,5% das pessoas se transportam de carro em Manaus, mas 56% usam ônibus. Será que eles não merecem atenção? O objetivo não é tirar as pessoas do automóvel, mas sim melhorar a vida de quem anda no ônibus”.

Conceito não se mistura

A inserção de todas as linhas na faixa azul também foi descartada pelo Sindicato das Empresas de Transportes do Amazonas (Sinetram). Conforme explicou o assessor jurídico do órgão, Fernando Borges, as linhas do BRS trafegam na faixa exclusiva pelo fato de percorrerem distâncias maiores.

“Os convencionais não passam e não podem passar, pois fazem trajetos circulares. É um conceito que não se mistura, a não ser que haja um investimento alto em desapropriações e alargamento de vias”, explicou Borges.

BRT é barato e já está em evolução em Curitiba

Tanto o assessor do Sinetram quanto o diretor-presidente da SMTU confirmaram que a inspiração para o BRS em Manaus partiu de capitais onde já funcionam redes de transportes similares, como Curitiba e Rio de Janeiro, que já possuem o sistema há pelo menos 30 anos.

Em entrevista ao A CRÍTICA, o coordenador de operação do transporte coletivo da capital paranaense, Ismael França, contou que a evolução da Rede Integrada de Transportes (RIT) iniciou em 1974, com o Sistema Expresso. Desde lá, com recursos do Governo Federal e da Pre feitura, ele afirma que o sistema vem se adequando à demanda. “Pretendemos substituir o pavimento asfáltico pelo rígido. Isso vai refletir na velocidade do sistema e qualidade do serviço”, disse França. Ele não soube informar valores atuais de investimento no BRT.   

Atualmente a cidade possui oito linhas de ônibus biarticulados, com capacidade para 250 passageiros, que trafegam 81 quilômetros de vias segregadas por “canaletas”. A estrutura separada não permite a passagem de carros. Além disso, Curitiba conta com mais 250 linhas de categorias diferentes que percorrem trajetos para outros pontos da cidade e realizam integração por meio de 21 terminais e 357 estações cubo. A tarifa custa R$ 3,30, com desconto de R$ 0,15 para quem possui cartão-transporte.

“O feedback da população é ótimo. O dimensionamento deve ser compatível com a demanda de passageiros, pois uma cidade é feita de pessoas. O BRT é muito bom, pois é um sistema barato e você consegue atender um volume maior. Nosso objetivo é priorizar o transporte público e estar sempre evoluindo”, diz.

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Dilma entrega túnel Rio450, primeiro túnel subterrâneo do Rio de Janeiro

A presidente Dilma Rousseff participou neste domingo, 1º de março, da entrega do túnel Rio450, no Rio de Janeiro. A obra integra a Via Binário do Porto – importante complexo de ruas na região portuária do Rio – ao Centro da capital fluminense. A inauguração faz parte das comemorações pelo aniversário de 450 anos da cidade.

No discurso, a presidente enalteceu a recuperação da Zona Portuária da cidade: "Aqui nós estamos agora recuperando a orla, recuperando para a população e para a cidade do Rio de Janeiro a orla histórica dessa cidade, que foi o centro histórico do Rio de Janeiro. Ao fazer isso eu acredito que a prefeitura do Rio de Janeiro se coloca na vanguarda, na vanguarda internacional das transformações urbanas. Tenho certeza que, apesar de várias cidades terem recuperado as suas zonas portuárias, nenhuma delas recuperaram ao mesmo tempo o centro histórico de um país, o coração onde esse país começou a viver e a bater".

Com 1.480 metros de extensão e capacidade de fluxo para 55 mil veículos por dia, o Rio450 será o primeiro túnel subterrâneo do Rio de Janeiro e contará com um sistema de monitoramento de alto padrão tecnológico. Ao todo, são 32 câmeras de segurança, além de equipes posicionadas estrategicamente na entrada e na saída da via para monitorar o tráfego durante 24 horas e garantir o atendimento rápido das ocorrências.

Para o secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani, o Túnel Rio 450 facilitará muito a saída do Centro do Rio. “Como este é um túnel com três faixas de rolamento, sem paradas, o acesso será muito mais rápido. Na Avenida Rodrigues Alves havia sinais de trânsito. Agora, o carioca tem uma saída muito mais rápida para a região portuária”, avalia. A construção do túnel Rio450 foi viabilizada através de PPP entre a prefeitura do Rio e a concessionária Porto Novo, contratada para a construção e manutenção da via até 2026.

Mobilidade urbana

O sistema de transporte que está sendo implantado na área central do Rio de Janeiro adota o conceito de transporte integrado, com espaços para pedestres, ciclovias e vias planejadas. Como enfatiza Alberto Silva, o princípio adotado é priorizar o transporte público em relação ao transporte individual.

Para isso, até 2016, o veículo leve sobre trilhos (VLT) e o veículo leve sobre pneus (BRT) já estarão operando, o que permitirá a racionalização dos sistemas de ônibus do Rio de Janeiro, aumentando a capacidade de transporte e, ao mesmo tempo, reduzindo a quantidade de ônibus em circulação. “Mais gente usando o transporte público possui impactos não só no trânsito da cidade, mas também na qualidade do serviço prestado para a população e para preservação do meio ambiente”, ressalta.

A previsão é que quando o novo sistema de mobilidade estiver completamente implantado, 1,5 milhão de pessoas sejam beneficiadas e 1/3 da frota atual de ônibus da cidade seja retirada das ruas.

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Pagamento no VLT do Rio dependerá da boa-fé dos passageiros

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O modelo de cobrança das passagens no veículo leve sobre trilhos (VLT), previsto para entrar em circulação no Centro em 2016, será baseado nos sistemas adotados em Genebra, na Suíça, e Istambul, na Turquia. O esquema de validação voluntária, inédito no país e que depende da boa-fé dos passageiros, terá que ser adotado porque não será possível construir estações fechadas ao longo de todo o trajeto do novo meio de transporte. Serão apenas quatro: Rodoviária, Central do Brasil, Barcas e Aeroporto Santos Dumont. Nas outras 30 paradas, não haverá venda de bilhete, e a validação do tíquete terá que ser feita voluntariamente em equipamentos dentro do VLT, que não contará com roleta nem cobrador.

Ao anunciar a novidade, a prefeitura informou que, em caso de evasão, poderá acionar a PM ou a Guarda Municipal. Questionada se a segurança do sistema não deveria ser uma obrigação da concessionária, a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto, através de nota, disse que a empresa responsável pela operação deverá disponibilizar fiscais e que agentes públicos só serão acionados caso “o passageiro se recuse a pagar”.

Em países europeus, “espertinhos” tentam burlar o sistema de validação. Na Suíça, quem for apanhado sem o bilhete está sujeito a multa. Gustavo Guerrante, subsecretário de Projetos Estruturais da Secretaria Especial de Concessões e Parcerias Público-Privadas, explicou que as leis brasileiras impedem que a concessionária tenha poder de punição. Para o monitoramento, serão instalados sistemas de contagem de passageiros nas portas e câmeras.

— Poderemos usar mais de um meio de controle. Estamos estudando as tecnologias disponíveis. No local onde for detectada evasão, intensificaremos a fiscalização — informou Guerrante.

O subsecretário, no entanto, acredita que a taxa de evasão será baixa:

— É uma mudança de paradigma no modo como é feita a cobrança no transporte público no Brasil. A gente espera que a maior parte das pessoas use o bilhete único, porque a vantagem é grande na integração com outros meios de transporte.

OPERAÇÃO PREVISTA PARA 2016

A previsão é que o VLT entre em operação no primeiro semestre de 2016. Fabricado pela francesa Alstom, o primeiro trem deve chegar ao Rio em 24 de abril. O valor da passagem será o mesmo da tarifa dos ônibus municipais. Poderão ser usados os bilhetes únicos estadual e municipal, além da passagem do próprio VLT.

Para elaborar o sistema de cobrança, técnicos do Rio foram a Istambul avaliar o modelo usado na maior cidade da Turquia.

— Em Istambul, o VLT trasporta cerca de um milhão de pessoas por dia, e a cidade tem um grau de caos como no Rio. Vi carros e motos invadirem a área do VLT, como fazem aqui no BRT. Também tem malandragem. Mas, para minha surpresa, quando conversei com o presidente da empresa de VLT, ele disse que as fraudes não chegam a 8% do total — disse Guerrante.

O engenheiro de áudio Pedro Montana, carioca de 32 anos, morou na Europa e foi multado no metrô de Londres.

— Em Londres, a Zona 1 (Centro) é a mais cara. Comprei o bilhete da Zona 2, mais barata, e tentei ir para a Zona 1. Acabei sendo parado por um fiscal e tive que pagar uma multa.

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