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Conexão gratuita à internet é sucesso nos terminais de ônibus de Blumenau

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

O projeto Blumenau Conecta já pode ser considerado um sucesso. Desde que foi lançado, na quarta-feira, dia 3 de setembro, mais de 3500 acessos foram registrados, demonstrando a importância da iniciativa da Prefeitura de Blumenau, em parceria com o Consórcio Siga. A novidade de disponibilizar acesso gratuito à internet nos terminais urbanos faz parte das comemorações de aniversário da cidade e contempla inicialmente os terminais do Aterro, Fonte e Velha, por onde passam aproximadamente 97 mil passageiros por dia.
Foto: Marcelo Martins
Previsto para entrar em funcionamento em 2015, o Blumenau Conecta foi viabilizado para a semana de aniversário de Blumenau devido ao empenho da equipe técnica da Diretoria de Infraestrutura Tecnológica da Secretaria de Gestão Governamental e agradou pessoas como o André Luiz, morador do bairro Velha Grande, que está diariamente no terminal da Velha. "Acho que é essencial ter acesso à internet nos terminais urbanos. Vai facilitar muito para nós usuários", declara o jovem com o celular na mão e já conectado à rede. 

O secretário interino da pasta, Leandro Silva, explica que não foram investidos recursos do Município para viabilizar o projeto e sim utilizada a rede de fibra óptica que já interliga os terminais e a prefeitura. Com isso, “aproveitamos uma ideia inovadora dos servidores de carreira e com o apoio do Seterb viabilizamos convênio com o consórcio permissionário do transporte público municipal para que eles fornecessem os equipamentos da rede wi-fi", afirma ele ao destacar a importância do trabalho conjunto para oferecer esse benefício à população. 

A Prefeitura de Blumenau já trabalha para expandir o projeto. No mês de novembro, os terminais contemplados com internet gratuita serão o da Fortaleza e do Garcia. Para o primeiro semestre de 2015, o objetivo é atender também o terminal da Proeb, contemplando os 125 mil usuários de transporte coletivo da cidade. Além disso, Leandro adianta que “por determinação do prefeito Napoleão Bernardes, a equipe técnica da Diretoria de Infraestrutura Tecnológica já está iniciando tratativas que permitam a expansão do projeto para o Terminal Rodoviário de Blumenau, também no primeiro semestre de 2015", finaliza Leandro. O projeto Blumenau Conecta prevê a liberação de sinal de internet em terminais urbanos, praças e espaços públicos de grande circulação de pessoas por toda a cidade.

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Integração entre metrô e ônibus só no Riocard

O desconto na integração ônibus-metrô estará obrigatoriamente vinculado ao Riocard a partir do próximo dia 15, informou nesta quinta-feira o Metrô. Nessa data, a concessionária do serviço vai colocar um ponto final nos cartões de integração, que permitem que o passageiro pague R$ 4,55 para uma passagem de metrô mais um ônibus das linhas de integração. Este preço só será cobrado do usuário que utilizar o Riocard, incluindo aí o Bilhete Único estadual. Com o Bilhete Único Carioca, da prefeitura, não há o desconto.

Sem o Riocard ou Bilhete Único estadual, o passageiro terá de pagar os valores atuais dos dois modais: R$ 3 para os ônibus e R$ 3,50 para o metrô. O bilhete do Riocard é gratuito e deve ser adquirido nos endereços indicados no site cartaoriocard.com.br. 

Para o professor da UFF Aurelio Murta, especialista em transporte público, a concentração do sistema de desconto em um único meio de pagamento não é o ideal. “Não se deve monopolizar em um só instrumento a integração tarifária. O passageiro deveria ter outra opção de pagamento”, avalia o professor. A concessionária MetrôRio alega que a mudança se deve a questões operacionais.

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TST julga aumento dos rodoviários do Recife nesta segunda

domingo, 7 de setembro de 2014

O dissídio coletivo dos rodoviários vai ser julgado na manhã desta segunda-feira (8), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. Dependendo do resultado, motoristas e cobradores de ônibus podem programar prostestos ou atos grevistas ainda na segunda. “Se a decisão for desfavorável, vai ser difícil segurar esses trabalhadores”, afirma Roberto Torres, presidente da Associação dos Rodoviários de Pernambuco, que viajará para a capital federal para tentar sensibilizar os ministros. 

Segundo Torres, a categoria até pode abrir mão do reajuste salarial de 10% e ficar apenas com a recomposição da inflação. “Mas ninguém quer abrir mão do aumento do tíquete alimentação de R$ 171,00 para R$ 300. Não dá para se alimentar pagando menos de R$ 10 por dia”, defende o presidente da associação. Esse seria o ponto mais problemático da negociação, pois o patronato propõe pagar somente R$ 181 para as refeições.

Por Mirella Falcão 
Fonte: Diário de Pernambuco

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Em São Bernardo, Terminal do Riacho é entregue a população

O novo terminal de ônibus Tereza Suster, no Riacho Grande, foi entregue na tarde do dia 6 (sábado) pelo prefeito de São Bernardo do Campo. O equipamento fica na Estrada do Rio Acima, na altura do número 60. Além do chefe do Executivo, também estiveram no evento os familiares da homenageada, secretários municipais e o subprefeito do Riacho Grande.

Com a inauguração, será possível implementar uma série de ações que foram desenvolvidas para melhorar a qualidade do transporte público municipal na região. Serão realizados novos atendimentos nos bairros Alto da Serra, Parque dos Lagos, Capelinha, Cocaia, Balneária, Parque Rio Grande, Estoril e Areião. A operação das linhas que atendem ao pós-balsa será alterada a partir do próximo dia 20.

"O Riacho Grande tem crescido muito nos últimos anos. Aqui entregamos a UPA e a UBS totalmente equipadas à população", afirmou o chefe do Executivo. "O novo terminal vai mudar o sistema de transporte público da região, assim como os outros corredores de ônibus que vamos construir na cidade", destacou.

O objetivo, segundo a Empresa de Transporte Coletivo de São Bernardo (ETC), é a otimização das linhas que atendem a população daquela região, proporcionado pelo sistema de integração tarifária, de forma a reduzir o intervalo entre partidas e o aumento do número de viagens. 

"É aí que a população sentirá a mudança. A partir disso, poderemos proporcionar maior regularidade no cumprimento dos horários, melhorando, assim, a prestação do serviço", afirma o gerente de Operações da ETC. Hoje, o transporte público municipal atende 120 mil passageiros por mês naquela região (sem contar os moradores do pós-balsa).

Linhas - Um dos problemas a ser solucionado a partir do novo sistema é a eliminação dos chamados "trajetos negativos", o que acontece quando uma linha dá muitas voltas para poder atender à demanda de várias regiões vizinhas. Um exemplo é a linha 31A – Paço/Capelinha via Estoril – Borda do Campo e Cocaia, que será desmembrada em três: 62A – Riacho/Estoril via Vila Tosi; 63A – Riacho/Capelinha e 64A – Riacho/Cocaia via Banespa.

Nesse caso, o passageiro que pegava o ônibus no Bairro Capelinha com destino ao Paço obrigatoriamente circulava pelos bairros Cocaia, Borda do Campo e Estoril. Após a reconfiguração, o passageiro de cada local seguirá diretamente para o Terminal Riacho Grande, onde fará a interligação para a região do Paço Municipal ou outros destinos. 

O resultado é que o tempo dos intervalos nas linhas será reduzido em 40%, em média. Consequentemente, o número de viagens terá aumento considerável após a implantação do novo sistema, passando de 84 viagens diárias para 269. "Eram sete linhas muito longas e que faziam o passageiro perder muito tempo. Excluímos duas delas e criamos mais seis, que são as chamadas linhas alimentadoras", disse o secretário de Transportes e Vias Públicas de São Bernardo do Campo.

O Terminal Tereza Suster contará com posto de atendimento ao usuário e de cadastramento do Cartão Legal, além de sede administrativa e espaço para o uso dos operadores do transporte coletivo. 

Cartão Legal – Os moradores da região do Riacho Grande que ainda não aderiram ao Cartão Legal devem fazer o cadastramento na Subprefeitura do distrito. O cartão possibilitará a integração no novo terminal sem ter de pagar nova tarifa.

A adesão ao Cartão Legal é gratuita e poderá ser feita na Rede Fácil Riacho Grande, localizada na Avenida Araguaia, 265, mediante apresentação de RG, CPF e comprovante de residência. O cartão fica pronto em até três dias. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O telefone para informações do Cartão Legal é 08007710191.

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Biometria digital nos ônibus do Grande Recife para combater fraudes

Em tempos de discussão sobre a coerência entre custo e qualidade do transporte público urbano brasileiro, a Região Metropolitana do Recife começa a testar a biometria digital, uma ferramenta fundamental para acabar com as fraudes no uso das gratuidades, que encarecem a operação e terminam sendo bancadas pelo usuário que paga a passagem inteira. Por enquanto, apenas 39% dos passageiros que possuem o benefício da gratuidade estão aptos a fazer uso da nova tecnologia nos ônibus. Mas a meta é incluir todos até o ano que vem. O público alvo principal no Grande Recife são os usuários do cartão VEM Livre Acesso e do VEM Estudantil. Em muitas cidades brasileiras os idosos também integram o grupo, mas por enquanto não há previsão para eles iniciarem o cadastro biométrico no sistema metropolitano recifense.
Foto: Michele Souza/JC Imagem
Segundo informações da Urbana-PE, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco, 60% da frota de 3.600 ônibus em circulação no sistema já está com o equipamento embarcado, composto de um leitor digital, que fica integrado ao leitor dos cartões VEM, ao lado da catraca. A operação da ferramenta é simples: depois de fazer o cadastro no Posto do VEM, na Boa Vista, Centro do Recife, o passageiro embarca normalmente no ônibus e, ao apresentar o cartão, é solicitada a digital. “A partir daí basta a pessoa deslizar o dedo sobre o leitor digital. Antes, será indicado qual o dedo ele deverá utilizar, escolhido previamente durante o cadastro. Evitar a fraude é uma consequência da biometria digital. O que a Urbana–PE busca ao adotar a tecnologia é moralizar o uso da gratuidade”, argumenta o superintendente.

Segundo Pedro Ferreira, embora as fraudes com o uso do benefício sejam constantes no sistema, é difícil flagrá–las. “Quando a pessoa passa o mesmo cartão de Livre Acesso, por exemplo, duas, três, quatro vezes no mesmo ônibus, percebemos e bloqueamos o cartão. A pessoa é obrigada a comparecer ao Posto do VEM, nós alertamos sobre o uso indevido e, acontecendo novamente, até suspendemos o benefício. Mas quando a fraude é mais camuflada, fica difícil”, afirma.
Por enquanto, os 39% dos passageiros que têm direito à gratuidade e já fizeram o cadastramento dividem-se da seguinte forma: 100% dos estudantes universitários, 30% dos estudantes secundaristas, 100% dos rodoviários e 35% do VEM Livre Acesso. “O processo de cadastramento leva tempo porque precisamos atrair os usuários. Mas estamos cumprindo um cronograma. A medida que as pessoas vão atualizar o cadastro dos cartões, retirar a primeira ou a segunda vias nós fazemos o cadastramento biométrico. Nossa meta é atingir 100% dos grupos que têm direito à gratuidade”, garante Pedro Ferreira.

A biometria digital está sendo bancada pelos empresários do sistema. Custa R$ 5 milhões, em média, incluindo os equipamentos embarcados nos ônibus e o software. Nas ruas, a população em sua maioria ainda desconhece a tecnologia. Mas quem usou aprova. “Trabalhei num ônibus no último domingo que possuía o validador digital e alguns passageiros precisaram colocar o dedo para comprovar que eram os titulares dos cartões de Livre Acesso. Funcionou sem problemas. Acho correto porque só deve usar o benefício quem de fato tem direito”, defende a cobradora da linha Brejo, Joana Oliveira, há 15 anos na profissão.

por Roberta Soares
Informações: JC Online | De Olho no Trânsito

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Ônibus de SP terão 300 câmeras para multar veículos

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A Secretaria Municipal de Transportes abriu uma consulta pública para definir a instalação de 300 radares dentro dos ônibus municipais da cidade, ao custo de pelo menos R$ 43.178.796,48 por um período de 48 meses. Os equipamentos fiscalizarão as invasões de carros nas faixas exclusivas e corredores, desrespeito ao rodízio municipal e também vão flagrar veículos procurados ou sob investigação da polícia.

Ainda não há prazo para que os ônibus "dedo-duro" comecem a circular e aplicar multas na capital. A consulta pública vai ainda definir o formato e as regras para a licitação do serviço. Apesar da medida já estar norteada pela secretaria, ainda é possível fazer mudanças. A novidade tecnológica foi anunciada em abril do ano passado. Na época, não havia detalhes de custo, quantidade de radares e quais outros tipos de fiscalização os radares fariam.

O equipamento é uma espécie de radar móvel em movimento constante, pois será instalado em ônibus municipais que trafegam nos principais corredores de ônibus e faixas exclusivas do viário de São Paulo.

O termo de referência do edital prevê que os radares flagrem carros circulando sem o licenciamento ou a inspeção veicular — que ainda não foi definida pela prefeitura —, caminhões circulando em áreas proibidas, além de ônibus do tipo fretado que também estiverem em áreas restritas.

Em 2013, quando o prefeito Fernando Haddad (PT) e o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, falaram sobre a medida, ainda não havia uma regulamentação específica do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) para a instalação de radares em ônibus. Agora, de acordo com o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), atuações desse tipo já são permitidas. A resolução 458 do Contran foi publicada em novembro de 2013, permitindo que os órgãos de fiscalização instalem radares em veículos em movimento.

Mobilidade

A prefeitura defende que a medida deve ser implementada para melhorar a fluidez do transporte coletivo em faixas exclusivas de ônibus e corredores. A justificativa usada pela Secretaria Municipal de Transportes no lançamento da consulta pública, no Diário Oficial da Cidade de ontem, é justamente a política de implementação das áreas para coletivo.

De acordo com a pasta, 70% das autuações em faixas exclusivas à direita foram feitas por marronzinhos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e fiscais da SPTrans (São Paulo Transporte). Com isso, a prefeitura pretende liberar os fiscais para organizar o trânsito, o que é defendido por especialistas de trânsito.

"O agente de trânsito vai poder fiscalizar outras infrações, organizar o trânsito na cidade", afirmou o engenheiro Horácio Augusto Figueira, especialista em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP). Ele defende esse tipo de fiscalização que a prefeitura quer colocar em prática na capital. A CET afirmou que a cidade será a primeira do Brasil a ter esse tipo de fiscalização com câmeras instaladas dentro de ônibus.

Informações: R7.com

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Em Jundiaí, Nova linha de ônibus vai agilizar acesso entre terminal Vila Arens e Guanabara

A Secretaria de Transportes de Jundiaí vai iniciar uma reorganização nas linhas de ônibus do Vetor Oeste, à partir de 14 de setembro. A ação visa regularizar os horários de atendimento aos bairros daquela região. A atual linha 521, que liga o terminal Vila Arens ao Jardim Guanabara, passando pelas ruas centrais, terminal Central, avenida Jundiaí e rua do Retiro, será substituída.

Agora, a linha 712 realizará esse roteiro, porém não passará pelas ruas centrais. O trajeto entre o terminal Vila Arens e terminal Central (e vice-versa), seguirá itinerário expresso. Assim, não fará paradas pelas ruas da região do Vianelo, permitindo a interligação mais ágil e rápida entre os dois terminais. Isso vai possibilitar que os passageiros ganhem de 10 a 15 minutos pela redução do trajeto. A nova linha circula todos os dias.


Entre o terminal Central, a rua do Retiro e Jardim Guanabara, a nova linha 712 realiza o embarque e desembarque normalmente nos pontos de parada existentes e no mesmo trajeto da linha 521.

Linha 527

Com a substituição das linhas, haverá a extensão da linha 527 – terminal Central, Vila Alvorada até o Jardim Guanabara, que atenderá a Vila Alvorada em ambos os sentidos e deixará de circular pela avenida Osmundo dos Santos Pelegrini.

O novo itinerário parte do terminal Central, avenida Jundiaí, rotatória do lago, marginal sul da Anhanguera, avenida João Antonio Meccatti. Seguindo, acessa a Vila Alvorada pela Praça Flora Brasileira, passando no sentido inverso do itinerário atual e segue até o Jardim Guanabara passando pela Recall, Maderoa e Bollhoff. Saindo do Jardim Guanabara, passa na avenida Amélia Latorre, rua Coriolano Marins e Dias Filho, e segue até o Terminal Central.

A avenida Osmundo dos Santos Pelegrini continua a ser atendida pela linha 940 – terminal Eloy Chaves/terminal Hortolândia via terminal Central e 526 – Parque dos Ipês/terminal Central.

Vila Arens

Os usuários do terminal Vila Arens com destino às ruas centrais podem utilizar as seguintes alternativas: para a rua Doutor Cavalcanti, as linhas: 512 – Vila Aparecida; 513 – Jardim São Camilo; 514 – Vila Nambi; 917- Terminal Hortolândia ou 951- Terminal Colônia;

Para as ruas Doutor Cavalcanti e Marechal Deodoro, as linhas: 702 – Mato Dentro; 703 – Rio Acima; 704- Jardim Tarumã; 705- Jundiaí Mirim; 907- Terminal Hortolândia; 961- Terminal Cecap;

Para a rua Campos Sales, as linhas: 941A ou 941B- Terminal Eloy Chaves;

Para o terminal Central e ruas centrais, próximas ao terminal até a Igreja Matriz, a nova linha 712 ou 912.

Informações: Secretaria de Transportes de Jundiaí

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Em BH, BRT Move com veículos de 18 metros aumenta responsabilidade sobre motoristas

O acidente envolvendo o ônibus articulado da linha 82 acende o alerta para a alta carga de estresse à qual os motoristas do transporte rápido por ônibus (BRT) de Belo Horizonte estão sujeitos. A maior responsabilidade ao volante começa pela direção de um ônibus articulado com mais de 18 metros de comprimento – média de cinco metros a mais que um coletivo convencional – e passa pela habilidade em guiá-lo entre carros e motos em vias de trânsito misto, como as da região hospitalar, local do acidente na manhã de ontem.

Desde que as primeiras linhas do Move entraram em operação, em 8 de março, ao menos cinco colisões envolvendo coletivos do novo sistema foram registradas fora das pistas exclusivas dos corredores Cristiano Machado e Antônio Carlos, na região do hipercentro. A jornada de trabalho da categoria é de seis horas e 20 minutos por dia, com uma hora de intervalo para alimentação ou repouso, o que na prática representa uma escala de trabalho de seis viagens diárias. 

Como forma de compensação, os quatro consórcios operadores do transporte coletivo da capital oferecem ao motoristas dos ônibus padrons e articulados Move um adicional de 15%, de cerca de R$ 1.700. Todos devem ter habilitação na categoria E, enquanto os demais condutores usam a carteira D. BHTrans e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) afirmam realizar treinamentos e exames de saúde anuais, a fim de checar a aptidão dos operadores.

Porém, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e Região Metropolitana (STTR-BH) denuncia que muitos motoristas não apresentam atestados médicos às empresas quando doentes, por receio de repreensão. Um dos diretores do sindicato, Carlos Henrique Marques, afirma que muitas vezes o trabalhador prefere trabalhar passando mal a procurar um médico. “Muitos acreditam que não é nada grave, mas uma dor de cabeça pode ocasionar um problema maior”, denuncia. Marques acredita ainda que a frequência do exame de saúde – realizado uma vez ao ano – é insuficiente. A principal queixa dos representantes da categoria tem relação com a rotina diária atrás do volante. De acordo com a entidade, 10% da categoria está afastada do trabalho por problemas de saúde – a maioria com sintomas de depressão e problemas na coluna (30%). 

SEM PADRÃO
Quem encara o desafio diário de dirigir um articulado no cada vez mais complicado trânsito de BH, alerta ainda para ausência de um treinamento padronizado entre as 39 empresas de ônibus do sistema e de um programa periódico específico para o aperfeiçoamento de práticas na condução da frota, o que inclui os 428 novos ônibus do Move. 

A validade dos treinamentos, segundo um instrutor de uma operadora de ônibus da capital, varia de empresa para empresa. “Cada uma faz de um jeito. Tem empresas que dão treinamento bons. Na minha empresa foi muito intenso. Principalmente pela questão de compromisso, com o motorista retirado da escala de trabalho no dia do treinamento e advertência em caso de ausência”, contou o profissional, que optou por não se identificar.

O instrutor explica que na empresa em que trabalha foi dado desconto de 20% na habilitação em uma auto-escola, como forma de incentivar os motoristas a se reciclarem e conseguirem a habilitação na categoria E. “Nem todas as empresas, porém, deram esse incentivo”, ressalta.
Sem garantia de indenização

Proprietários dos 13 veículos atingidos pelo ônibus desgovernado, assim como feridos no acidente, terão de aguardar a avaliação do seguro do coletivo para saber quem vai arcar com o custo dos estragos causados pelo acidente, informou ontem o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra-BH). “Todas as empresas de ônibus de Belo Horizonte são obrigadas a ter seguro contra terceiros, além do DPVAT. Qualquer parcela adicional, além daquela estabelecida pelas cláusulas da apólice, será ressarcida após negociação entre as partes ou determinação judicial”, informou a entidade patronal.

BHTrans e Setra-BH disseram realizar uma constante reciclagem dos motoristas do transporte coletivo, como forma de prevenção de acidentes. A empresa que administra o trânsito de Belo Horizonte, entretanto, reconheceu que interfere no plano anual de treinamento para motoristas e cobradores proposto pelo sindicato, quando necessário, para melhor atender ao planejamento. “O acidente ocorrido (ontem) foi um fato isolado, uma vez que o motorista foi acometido por um mal-estar. Este ano, o treinamento concentrou-se na operação do Move, tanto a parte teórica quanto a prática. Muitas vezes, a empresa gerenciadora do transporte e trânsito de BH pede alterações no plano, mas sempre tendo em foco a segurança dos operadores, dos usuários e dos pedestres. Inclusive, a própria BHTrans já foi a promotora, nas garagens, de treinamento para motoristas e agentes de bordo”, disse, em nota. 

O sindicato das empresas de ônibus qualificou o acidente da linha 82 como “não mais do que uma fatalidade” e disse que todas as concessionárias de transporte possuem departamentos médicos e realizam anualmente uma semana de prevenção de acidentes de trabalho. 

SEGUNDO ACIDENTE Procurada pela reportagem, a Bettania Ônibus informou que somente o Setra-BH se pronunciaria sobre o assunto. O desastre com o ônibus articulado da linha 82 foi o segundo acidente grave envolvendo um ônibus da empresa em menos de três meses. Em 8 de julho, um coletivo da linha 3055 (Estação Barreiro/Savassi) deixou pelo menos sete feridos depois de colidir na traseira de uma carreta. Cerca de 15 pessoas estavam a bordo, todas assentadas. O lado mais atingido foi o do cobrador, que ficou gravemente ferido. (BF, com Luana Cruz e Pedro Ferreira)

Risco na pista

2/4 Primeiro acidente envolvendo o BRT. Uma moto e um coletivo articulado da linha 82 bateram na faixa exclusiva do Viaduto Leste. Não houve vítimas.

7/5 Batida entre ônibus da linha 83D e carro que invadiu a faixa exclusiva do Viaduto Leste, no Complexo da Lagoinha. Ninguém ficou ferido.

12/6 Primeiro acidente do BRT com morte: um morador de rua foi atropelado por ônibus articulado da linha 83D, na Avenida Santos Dumont, Centro de Belo Horizonte, por volta das 6h50. O motorista disse ter sido surpreendido pelo homem, que teria atravessado com o sinal verde para os veículos.

20/6 Acidente entre um ônibus articulado e um caminhão, no cruzamento das avenidas Barão Homem de Melo e Silva Lobo, no Bairro Alto Barroca, Região Oeste de Belo Horizonte. Não houve feridos.

30/6 Um incêndio consumiu em minutos um ônibus articulado da linha 61 que passava pela Avenida Pedro I. Testemunhas afirmaram que o fogo começou na articulação do veículo, onde há uma rótula que conecta os vagões e componentes elétricos. Os sete passageiros a bordo saíram ilesos. BHTrans e Setra declararam que, caso seja constatado problema de fabricação, exigirão recall.

2/7 Duas pessoas morreram depois que a moto em que estavam bateu em um ônibus articulado da linha 52 que fazia uma conversão na Avenida Carlos Luz, no Bairro Engenho Nogueira. O coletivo havia deixado a garagem da empresa Rodopass e seguia para a Estação Pampulha. Tudo indica que a moto avançou o sinal vermelho.

15/7 Um ônibus articulado apresentou problemas no freio e colidiu em um outro coletivo estacionado na Rua Ouricuri, no Bairro Floramar, Região Norte de Belo Horizonte. Os veículos só pararam quando bateram nos muros de um condomínio e de uma casa. Ninguém ficou ferido.

No mesmo dia, um homem de 66 anos foi atropelado por um ônibus articulado da linha 83D (Estação São Gabriel/Centro – Direta) na Avenida Paraná. A vítima quebrou o braço e foi levada consciente para o Hospital João XVIII. Testemunhas relataram que o idoso teria entrado na frente do coletivo.

30/07 Outro acidente no Complexo da Lagoinha. A batida entre um ônibus e um carro interditou o trânsito no Viaduto A. Ninguém se feriu.

Por Bruno Freitas
Informações: Estado de Minas

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