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Deficiente ainda sofre para viajar de ônibus em São Paulo

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Já passavam das 15h quando o rapper Billy Saga desistiu de esperar por um ônibus adaptado para receber pessoas com deficiência. Sem andar há 14 anos por causa de um acidente de moto, ele se movimenta com uma cadeira de rodas e vai todos os dias de transporte coletivo para o trabalho, na Vila Madalena, Zona Oeste.

Quando passou um ônibus comum, ele fez sinal e pediu ajuda para o motorista. Junto com o cobrador, o condutor colocou Billy para dentro.
Ricardo Oliveira/Diário SP
O embarque demorou alguns minutos. “Essa cidade é muito hostil para as pessoas com deficiência”, disse o rapper. “Dizem que até 2014 todos os ônibus vão estar adaptados, mas não sei se vou estar vivo até lá. Eu quero ônibus adaptado já.”

Paciente, o cobrador Luiz Paiato concordou que todos os ônibus já deveriam estar preparados para receber as pessoas com deficiência. “Enquanto não tem, a gente ajuda com prazer”, afirmou.

Militante pelos direitos dos deficientes, Billy conta que na periferia da cidade o problema ainda é maior, já que os ônibus adaptados são muito baixos e não podem trafegar em ruas com o asfalto danificado. “Aqui (Vila Madalena), se a gente tiver paciência, ainda pega um adaptado, mas nas quebradas eles não passam nunca”, disse.

Apesar de se sentir privilegiado, Billy conta que já passou por poucas e boas nos 14 anos em que vive em uma cadeira de rodas. “Já me perguntaram se eu não andava nem um pouquinho para entrar sozinho no ônibus”, disse. “Já quebraram minha cadeira em um busão lotado.”

A Prefeitura disse que com a renovação da frota aumentou o número de ônibus acessíveis disponíveis à população com mobilidade reduzida. “Em janeiro de 2005, eram 297 veículos com algum tipo de acessibilidade. Com os 8,5 mil atuais, o crescimento desse tipo de veículo no período foi de 2.761%. Todas as linhas do sistema municipal contam com pelo menos um veículo adaptado.”

Sem a sorte de ter viajado em um desses 8,5 mil ônibus, Billy permaneceu espremido no corredor e, quando chegou ao seu destino, teve de contar novamente com a boa vontade do motorista e do cobrador. Antes de sair, quis pagar a passagem mas o cobrador disse que não precisava. “Eu preferia pagar e ter o direito de ir e vir em um ônibus com acessibilidade”, disse Billy. “De qualquer jeito obrigado pela ajuda.”

Desde 2004, ônibus novos têm acessibilidade garantida
O Decreto 5.296/04, conhecido como Lei da Acessibilidade, estabelece que qualquer veículo do transporte público fabricado a partir de 2004 seja acessível.

Como o tempo de vida útil dos ônibus chega a dez anos, a expectativa é de que 100% dos coletivos paulistanos estejam adaptados até 2014, ano da Copa do Mundo.

“No prazo de até 24 meses, a contar da data de edição das normas técnicas, todos os modelos e marcas de veículos de transporte coletivo serão fabricados acessíveis e estarão disponíveis para integrar a frota operante, de forma a garantir o seu uso por pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida”, diz o texto do decreto.

Em outro trecho, fica estabelecido que as normas técnicas para fabricação dos veículos e dos equipamentos de transporte coletivo, de forma a torná-los acessíveis, serão elaboradas pelas instituições e entidades que compõem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Elas estarão disponíveis no prazo de até 12 meses a contar da data da publicação do decreto.

No artigo 38 fica determinado o prazo final para que todos os veículos de transporte público sejam adaptados: 2014 ou 120 meses após a publicação do decreto.


Fonte: Diário de SP
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Sistema de ônibus BRT é sucesso mundial

Sistemas BRT se expandem por todo o mundo, tanto em cidades de países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento. Em 1995 existiam 350 km de BRT no planeta. No início dos anos 2000, esse número era da ordem de 600 km. Hoje, existem 3.307 km de BRT em 117 cidades de todos os continentes. Por sua flexibilidade e alto desempenho, aliados à rapidez e ao baixo custo de implantação, o BRT tornou-se uma excelente solução para cidades que querem oferecer a seus cidadãos uma alternativa aos congestionamentos.

Por qualquer critério técnico, o BRT é um transporte de massa. Sistemas como o Transmilenio, de Bogotá, Colômbia, chegam a carregar nas horas de pico 45 mil passageiros por hora e por sentido. Essa demanda é superada por poucos metrôs no mundo, entre eles as linhas mais carregadas de São Paulo e Hong Kong.

Já em comparação com o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos, o ‘bonde moderno’), o BRT dotado de ultrapassagens, como no caso do Transoeste, carrega uma quantidade maior de pessoas.

As maiores diferenças entre os sistemas de trilhos e o BRT são o custo e o tempo de implantação. Do ponto de vista ambiental, as emissões do transporte coletivo de superfície vêm diminuindo gradualmente graças a novas tecnologias e combustíveis mais limpos.

 Concebido no Brasil, o BRT foi implantado em Curitiba na década de 70. Especialistas de todo o mundo vieram aprender sobre o sistema para implantá-lo em suas cidades. O BRT agora retorna às origens. Como é muito recente, o Transoeste ainda precisa de ajustes na operação, mas já está causando grande impacto positivo para quem mora na Zona Oeste. O tempo roubado pelos congestionamentos agora pode ser usado ao melhor prazer de cada um. Em qualquer lugar do mundo, o tempo está entre os bens mais preciosos.

Fonte: O Dia Online

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Ministério Público pede suspensão de obras de mobilidade em Cuiabá

O Ministério Público de Mato Grosso e a Procuradoria da República no Estado ingressaram com uma ação conjunta pedindo a suspensão imediata das obras e a revogação do contrato firmado entre o governo do Estado e o consórcio vencedor da licitação para o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Cuiabá.

Licitada em R$ 1,4 bilhão, a obra faz parte da Matriz de Responsabilidades para a Copa de 2014 e é o principal investimento em mobilidade urbana previsto para a capital mato-grossense.

Na ação, a Procuradoria afirma que "não há tempo hábil" para conclusão até 2014 e que, portanto, a obra não poderia ter sido contratada por meio do RDC (Regime Diferenciado de Contratação) --uma modalidade simplificada e restrita às obras da Copa e Olimpíadas de 2016.

"Se é fisicamente impossível que o VLT esteja pronto até a Copa do Mundo de 2014, não poderia ter sido utilizado o RDC para licitar a respectiva contratação", diz um trecho da ação, encaminhada à 1ª Vara da Justiça Federal.

Em entrevista concedida à imprensa em Cuiabá, o procurador da República Rodrigo Golívio afirmou haver indícios de que a obra foi superdimensionada e que poderá se tornar um "elefante branco" com elevadíssimo custo de manutenção.
"Além da dívida bilionária que está sendo contraída, o contribuinte também poderá ter de custear subsídios para compensar a inviabilidade econômica da estrutura que será construída", afirmou Golívio.

O resultado final da licitação do VLT de Cuiabá foi homologado em 18 de junho passado. Com uma proposta de R$ 1,47 bilhão, venceu o consórcio VLT Cuiabá (liderado pelas empresas C.R. Almeida, Santa Bárbara e CAF Brasil).

A ação diz que o projeto, que prevê 22,5 quilômetros de trilhos e estações, "não é razoável e proporcional às necessidades" de Cuiabá e sua vizinha Várzea Grande.
"Não apenas a demanda de transporte coletivo é inferior à capacidade do VLT, como também o custo operacional por passageiro é superior ao custo do atual transporte coletivo."

A Procuradoria citou, ainda, o caso da suspeita de fraude nos pareceres técnicos do Ministério das Cidades que autorizaram a alteração no modal para a Copa --que antes era o BRT, um sistema de faixas exclusivas para ônibus, com custo três vezes menor.
"As senhoras Luíza Gomide [diretora de Mobilidade Urbana] e Cristina Soja [Gerente de Projeto] realizaram manobra ilícita para adulterar o conteúdo do processo", diz a Procuradoria. "Elas retiraram todas as expressões que pudessem comprometer a aprovação técnica da alteração do modal".

Em junho, a Procuradoria da República do Distrito Federal denunciou as duas servidoras sob acusação de terem "maquiado a inviabilidade técnica de aprovação da obra para a Copa do Mundo".

Até a conclusão desta reportagem, a Justiça ainda não havia se manifestado em relação ao pedido liminar de suspensão das obras. O governo de Mato Grosso e o consórcio LVT Cuiabá afirmaram que só irão se manifestar depois de notificados.

O Ministério das Cidades disse que não irá comentar a ação e que as duas servidoras citadas só irão se manifestar em juízo.

Fonte: Agência de Notícias

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No Rio, Composição do Metrô pega fogo e causa atrasos

Uma composição da Linha 2 do metrô que seguia de Botafogo para Pavuna teve um princípio de incêndio em um dos vagões na manhã desta terça-feira. O problema aconteceu por volta das 7h15, quando o trem chegava na Estação Cinelândia e o condutor  e agentes de segurança constataram a fumaça. Os passageiros foram retirados e aguardaram para seguir viagem em outra composição.

O trem vazio seguia para a Central de Manutenção quando na Estação Uruguaiana teve um princípio de incêndio, controlado por agentes da concessionária.
 
Foto: Leitor @wanderson_78
Por conta do problema, os intervalos nas linhas 1 e 2 ficaram irregulares. A Linha 2 ainda apresenta atrasos e passageiros relatam que perdem muito tempo nas estações, que estão lotadas. Ainda não há informações sobre as causas do princípio de incêndio.

Fonte: O Dia Online


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Recife não ganha um corredor de ônibus a mais de 04 anos

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Obras projetadas e algumas já em execução animam um pouco quem precisa andar de ônibus todos os dias, também outras já aprovadas pelo Governo Federal prometem resolver em boa parte a solução do transporte na cidade como a Radial Sul, e conclusão da 2ª e 3ª perimetral, mas na verdade dos fatos, nenhum corredor de ônibus foi implementado nos ultimos 04 anos na cidade do Recife.
Com a chegada das eleições, volta mais uma vez as promessas no quesito mobilidade urbana, e muito se fala em resolver o problema da cidade como priorizar o transporte público, mas não foi isto o que aconteceu nos últimos anos, na qual a cidade do Recife sofreu com o aumento de carros e motos nas ruas, e pelo outro lado nenhuma solução foi implantada de fato para enfrentar os engarrafamentos. Hoje a cidade do Recife tem poucos corredores de ônibus e esse resultado poderia ser menos drástico, porém não foi construído nenhum sequer corredor na cidade nos últimos 04 anos, ou seja, o transporte coletivo foi de fato colocado em segundo plano, o que fez com que muitos deixassem os ônibus para aumentar o número dos carros nas ruas.

Os planos de mobilidade da prefeitura não priorizam diretamente os ônibus como por exemplo, a implantação de faixas preferenciais aos coletivos, na qual deixam os usuários prejudicados, pois muitos destes coletivos vão lotados o que deixam uma grande percepção de abandono do poder público em relação a população. ‘’É uma vergonha estes engarrafamentos, deveria ter mais vias para os ônibus’’, disse Dário Lima, morador de Afogados.


Se hoje a situação da mobilidade urbana na cidade do Recife está caótica, é porque temos infelizmente um sistema de transporte público ineficiente e sem prioridades. O que dizer se em todo ano as vias da cidade ficaram mais entupidas de carros em meios aos tantos engarrafamentos e pior ainda, os ônibus a disputarem o mesmo espaço com o transporte individual.

Para muitos, os corredores que estarão sendo construídos pelo Governo do Estado não vão melhorar a situação dos usuários de ônibus, pois muitos desses quilômetros anunciados pelo Governo já existem de fato, ou seja, vai apenas melhorar a infra-estrutura das paradas de ônibus que serão transformadas em estações e ônibus mais acessíveis e confortáveis, porém muitas vias importantes da cidade não têm sequer projeto.

Vias esquecidas
O que falar dos usuários que sofrem na Abdias de Carvalho, Av. Recife, Av. Mascarenhas de Moraes, Av. Norte entre outras, ou seja, essa vias não receberam nenhuma prioridade por parte do poder público, onde os coletivos disputam espaço com os carros que muitas vezes trafegam com um passageiro.

Propostas
É preciso ter medidas ousadas que venham a enfrentar de fato o problema da mobilidade urbana na cidade, com a priorização de fato do transporte coletivo e também dos não motorizados como construção de mais ciclovias, pois o usuário só vai deixar o seu carro em casa se o transporte público for confortável, seguro e o mais importante que é a eficiência, pois quando ele se torna um transporte rápido, certamente irá atrair mais e mais usuários, e essa eficiência só com corredores de ônibus.

Projetos aprovados no PAC da Mobilidade Urbana para os próximos anos

Com obras aprovadas no PAC da Mobilidade, alguns projetos parecem animar estes anos perdidos, onde a prefeitura do Recife conseguiu verbas para implentação e conclusão da I e II perimetral que irão custar mais de R$ 800 milhões, dos quais R$ 150 milhões serão para desapropriação de imóveis.

O corredor da II Perimetral terá 18 quilômetros e ligará o Largo da Paz, em Afogados, na Zona Oeste, à Avenida Presidente Kennedy, Zona Norte do Recife, no limite com Olinda. Passará por Afogados, Madalena e Torre, na Zona Oeste, e Tamarineira e Água Fria, na Zona Norte da capital.

O corredor da III Perimetral ligará a Zona Norte, a partir do Rio Morno, na Linha do Tiro, à Zona Sul, passando por bairros como Areias, Imbiribeira e Boa Viagem. Já o corredor Radial Sul é uma ligação direta entre a BR-101 (IV Perimetral) e a Avenida Boa Viagem, utilizando vias de bairros como Ibura, Ipsep e Boa Viagem.

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Prefeitura de São Paulo não cumpre meta dos 66 km de corredores de ônibus

Oito horas da manhã e os ônibus disputam espaço com carros e caminhões na Estrada do Campo Limpo, na Zona Sul da cidade. Os semáforos abrem e fecham e os veículos avançam poucos metros.

Essa cena corriqueira não se repetiria todos os dias se a Prefeitura tivesse cumprido sua meta de implantar 66 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus, inclusive nessa via.


Apenas 12 quilômetros, menos de 20% da meta, foram concluídos desde 2006 e a cidade tem hoje apenas 0,73% de suas vias com corredores.

 
São Paulo tem uma frota de 15 mil ônibus, que cobrem 1.342 linhas de Norte a Sul e Leste a Oeste. Para traçar um raio-X desse serviço, às vésperas das eleições, o DIÁRIO inicia hoje uma série de reportagens, na qual percorreu a linha campeã de reclamações, a melhor avaliada pelos usuários e o maior corredor exclusivo. Testou os avanços tecnológicos que estão disponíveis e flagrou esquemas clandestinos de transportes. Ouviu ainda especialistas, que apontaram problemas e soluções para o transporte público na maior cidade da América Latina.

“Essa atual administração não deu continuidade ao plano de investimentos em transporte público que vinha sendo implantado há dez anos”, afirmou Flamínio Fichmann, consultor de transportes.

“A Prefeitura está investindo em trilhos, o que não é da sua competência, e deixando os ônibus de lado.” Fichmann se refere ao fato de o governo municipal estar colocando recursos próprios no Metrô e em monotrilho, modais da responsabilidade do estado.

Outro especialista, Horácio Figueira, vai além ao falar na falta de prioridade do transporte coletivo sobre pneus. “O congestionamento de automóveis é inevitável, mas o de ônibus é imperdoável.”

Ambos defendem medidas já adotadas em outras cidades, como Curitiba, no Paraná, para dar maior fluidez ao tráfego de coletivos. Uma delas é um sistema nos semáforos que detecta a presença do ônibus e aumenta o tempo em verde enquanto diminui o de vermelho para eles passarem. “Essa medida adotada em Londres, na Inglaterra, em 1977, diminui o tempo do percurso em 30%”, disse Figueira.

Outra ação, ainda mais simples, segundo o consultor, é permitir que ônibus façam ultrapassagens nos corredores, utilizando as faixas destinadas aos carros, como é permitido no caso dos táxis. “Às vezes, um ônibus estaciona para descer um idoso e fica três minutos parado, formando uma fila atrás dele”, afirmou Figueira.
“Permitir a ultrapassagem seria péssimo para os carros, mas ótimo para os coletivos. É isso o que importa quando pensamos no sistema de transportes de uma cidade.”

O objetivo dessas medidas é aumentar a velocidade média nos principais corredores da cidade, que em horários de pico chega a ser a mesma de um pedestre, de acordo com o monitoramento realizado.

Nem metade das metas de mobilidade foi cumprida

A Prefeitura não cumpriu nem a metade das promessas de mobilidade urbana previstas no plano de metas Agenda 2012.

Entre elas estava a requalificação de dez terminais urbanos. Apenas dois foram concluídos: o Terminal Cidade Tiradentes, na Zona Leste, e o Terminal Jardim Ângela, na Zona Sul. Outra meta previa a requalificação de 38 quilômetros de corredores exclusivos. Apenas o Corredor Rebouças, de dez quilômetros, recebeu reparos.

Também na Agenda 2012 aparece a construção de nove terminais urbanos. Apenas um, o Campo Limpo, na Zona Sul, foi entregue. O programa de metas previa ainda a conclusão do corredor Expresso Tiradentes e a revitalização de 46% dos abrigos de pontos de ônibus. Nenhuma dessas metas foi concluída.

A Prefeitura disse que lançou licitação em abril passado para a construção de novos corredores de ônibus. No total, serão 68,5 quilômetros de vias exclusivas para o transporte público. A previsão de investimento é de R$ 2 bilhões. “Como o sistema de transportes da cidade de São Paulo deve operar de forma integrada entre os modais de pneus e trilhos, a Prefeitura já aplicou R$ 1 bilhão na expansão da rede de Metrô.” Além disso, a Secretaria Municipal de Transportes vai implantar mais de 130 quilômetros de corredores de ônibus à direita das vias e faixas exclusivas.

Fonte: Diário de São Paulo


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São Paulo: Metrô faz campanha por uso de fones de ouvido

O Metrô  de São Paulo decidiu dar um basta às "baladas particulares" promovidas por passageiros que, com som em alto volume, incomodam outros usuários nas viagens. Ainda neste semestre, a empresa dará início à "Campanha da Cidadania", com orientação para o uso de fones de ouvido para música em celulares.

Lei municipal já proíbe o uso de aparelhos sonoros nos ônibus da cidade. Além disso, regulamentos internos do próprio Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também vetam o volume excessivo nos vagões. O desrespeito, porém, ainda é frequente e as queixas também.

A professora Valéria Mello, de 41 anos, por exemplo, diz que já trocou de lugar no metrô para não ter de ouvir funk no último volume. "A gente olha feio, reclama, mas as pessoas não se tocam." A insistência dos usuários "baladeiros" forçou Valéria a mudar de tática. "Agora, só troco de vagão para não arrumar confusão. Acho que acontece mais nos fins de semana, porque tem mais adolescentes no metrô", diz.

É possível reclamar no serviço de denúncias do Metrô. As queixas colocam esse tipo de conduta entre aqueles diversos "comportamentos inadequados de passageiros", segundo a classificação do Metrô. No ranking das reclamações, o uso de aparelhos sonoros está em terceiro lugar. Na CPTM, denúncias sobre celular, MP3 e rádios portáteis lideram as queixas dos usuários.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Cai número de acidentes com ciclistas no trânsito da capital pernambucana

Quanto mais bicicletas nas ruas, mais acidentes, certo? Errado. Apesar de não haver estatísticas locais que comprovem aumento da circulação de bikes no Recife, essa é a percepção de motoristas, ciclistas e até do presidente do Instituto da Cidade, órgão vinculado à Prefeitura do Recife, Milton Botler. Mas o número de acidentes e mortes envolvendo bicicletas não tem aumentado. Pelo contrário. O Diario analisou os dados colhidos por órgãos de trânsito e de saúde nos últimos cinco anos. Em todas as estatísticas, a quantidade de ciclistas feridos ou mortos em acidentes caiu.

Os dados ajudam a desmontar os discursos dos políticos que defendem as ciclovias como estrutura cicloviária máxima e imprenscindível à presença da bicicleta nas ruas. Ao contrário das ciclofaixas e das ciclorrotas, as ciclovias têm barreiras físicas que isolam o trecho permitido às bikes das faixas de rolamento destinadas aos carros.

Mas atrás da moda do discurso da ciclovia estão alguns problemas. Um deles é que, segundo professor da disciplina estudos da bicicleta, que começará a ser ministrada no próximo semestre na graduação de engenharia mecânica da UFPE, Fábio Magnani, e o arquiteto e ex-presidente da Empresa de Urbanização do Recife César Barros, a maior parte dos acidentes ocorre nos cruzamentos à direita, onde não é possível haver barreiras físicas para separar as bicicletas dos carros.

Outro entrave é o custo de implantação da ciclovia, naturalmente mais alto que das soluções que demandam apenas sinalização. E ainda há um terceiro problema: o reforço do discurso de que carros e bicicletas não podem compartilhar a mesma via de forma harmônica.


A capital pernambucana só tem 28,4 km de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. Número irrisório quando se sabe o potencial cicloviário da cidade. O Plano de Mobilidade do Recife prevê a instalação de 424 km de estrutura para o trânsito de bicicletas. E poderiam ser muito mais: 2 mil km. Para viabilizar tudo isso, é necessário sair do discurso da ciclovia como única alternativa e implantá-la onde, de fato, há necessidade, como vias de tráfego rápido.

Alguns avanços - No Recife, é permitido entrar com a bicicleta no metrô, mas há restrições. Nos horários de pico durante a semana, não sobra espaço para as bikes. Por isso, elas só são bem-vindas nos metrôs nos fins de semana. É um começo, mas não é o ideal (afinal, bicicleta não é só instrumento de lazer).

Outro avanço foi anunaciado pela Secretaria das Cidades. Até o fim do ano, todos os 25 terminais integrados de ônibus terão bicicletários. Ótimo para quem quer usar a bicicleta em parte do seu percurso diário. E nesta semana deverá ser, finalmente, anunciado se haverá ciclovias nos três corredores exclusivos para ônibus que serão criados até 2014 - corredor Norte / Sul (33,3 km de extensão), Leste / Oeste (12,3 km) e o Ramal da Copa (6,3 km), totalizando mais 51,9 km de estrutura cicloviária.

Legislação - Deixar de guardar 1,5 m de distância lateral ao passar ou ultrapassar um ciclista é infração média e custa R$ 85,13 e quatro pontos na carteira. Mas é importante lembrar que a mesma legislação que dá direitos também prevê obrigações para quem trafega sobre uma bicicleta.

É só prestar um pouco de atenção nas ruas para ver como várias dessas regras são descumpridas cotidianamente, seja de forma proposital, por falta de conhecimento, falsa sensação de segurança, para driblar obstáculos ou mesmo por não se sentir parte do trânsito. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) diz que a bicicleta é um veículo e precisa ser manejada como tal. Isso inclui o respeito aos sinais de trânsito, à faixa de pedestre, às calçadas e a obrigatoriedade de trafegar no mesmo sentido de circulação da via.

Entre os direitos do ciclista está um que tenta assegurar sua segurança - os carros precisam reduzir a velocidade ao ultrapassar uma bicicleta. O não cumprimento desta norma constitui infração grave, com cobrança de multa no valor de R$ 127,69 e 5 pontos na carteira.


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