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Carros: Em que situação é desnecessário utilizar o veículo?

terça-feira, 1 de maio de 2012

O brasileiro tem o costume de usar o carro para tudo, seja para trabalhar, seja para o lazer no final de semana ou mesmo ir ao supermercado, independentemente da distância.
No entanto, o uso excessivo do veículo pode trazer prejuízos, tanto para o meio ambiente quanto para o bolso.
Segundo o economista e professor do MBA Gestão de Riscos da Trevisan Escola de Negócios, Cláudio Gonçalves, a atual facilidade de comprar um carro e a má qualidade do transporte público dificultam na mudança de cultura do brasileiro em deixar de usar o veículo.

Economia para o bolso
De acordo com Gonçalves, utilizar o carro para ir ao trabalho todos os dias pode gerar um gasto, dependendo do combustível, de R$ 300 a R$ 1 mil por mês, mais um custo, também mensal, de R$ 150 com estacionamento.

Ou seja, levando-se em consideração que o trabalhador gaste, em média, R$ 200 por mês para trabalhar utilizando o transporte público, em um ano, a economia pode chegar até R$ 11.400, considerando o maior gasto com combustível.

No entanto, o professor da Trevisan explica que essa mudança não precisa ser feita de maneira radical. A pessoa pode substituir o uso do carro pelo transporte público ou alternativo aos poucos.
“Evidentemente, por ser um processo cultural, requer mudanças gradativas. O ideal é ir colocando isso no dia a dia”, explica o economista.

Evite o uso
No início, a pessoa pode evitar o uso do veículo em curtas distâncias, como para ir à padaria do bairro, a um supermercado mais próximo ou até mesmo para aquele passeio no shopping.

Além disso, ela pode tentar substituir o uso do carro por transportes alternativos, como a bicicleta, por exemplo.

Outra dica importante é fazer uso da carona. Em países mais desenvolvidos, é comum a população utilizar um tipo de rodízio de carona entre amigos que fazem trajetos semelhantes para ir trabalhar.

O uso racional do veículo traz melhorias não só no orçamento e meio ambiente, como também auxilia na redução do trânsito.

Fonte: InfoMoney

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Juiz de Fora terá mais 26 ônibus adaptados

A partir desta terça-feira, 1º de maio, 26 novos veículos adaptados em 18 linhas de ônibus vão passar a circular nas ruas de Juiz de Fora. Com esta inclusão, a cidade passará a contar com 328 coletivos deste modelo, o que representará 57,1% da frota de 574 ônibus. Já em relação às linhas, a abrangência será de 240 das 260 existentes, o que corresponde a 92,3%.

Nesta data, passam a contar com dois veículos adaptados, todos os dias, as linhas 106 (Parque Independência / Jd. Gaúcho), 108 (Granjas Betânia / Santa Luzia), 121 (N.S. das Graças / Santa Luzia), 130 (Bandeirantes / Alto São Geraldo), 132 (Bandeirantes / Ipiranga), 133 (Bandeirantes / Ipiranga – Arco Íris), 141 (Bandeirantes / Bela Aurora) e 145 (Centenário / Santa Efigênia). Já as linas 702 (Jóquei Clube), 706 (Cidade do Sol), 714 (Chapéu D'Uvas), 730 (Santa Lúcia), 736 (Nova Benfica), 737 (Jóquei Clube), 741 (Valadares), 748 (Alto Santa Cruz), 751 (Santa Cruz / Via Jardim dos Alfineiros – Santa Clara) e 767 (Benfica / Bela Vista) começam a circular com um coletivo adaptado cada (ver mapas).

Todos os ônibus inseridos na frota da cidade e todos aqueles que substituem veículos antigos são, obrigatoriamente, adaptados ao atendimento das pessoas com deficiência. Além do reforço da acessibilidade, a frota de ônibus da cidade tem passado por uma renovação. Hoje, a idade média dos coletivos é de 3,78 anos, não havendo ônibus com mais de 10 anos em circulação. Em 2009, a média era de 4,89 anos.

Fonte: Acessa.com

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Jogo duro contra transporte ilegal no Amazonas

Um total de 510 veículos entre ônibus de fretamento, taxis, carros de passeio e motocicletas foram fiscalizados e 28 notificados e multados em uma operação surpresa realizada para combater o transporte intermunicipal de passageiros irregular. A ação aconteceu no último fim de semana em, pelo menos, quatro estradas que ligam Manaus a outros municípios do Estado, por parte da Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado (Arsam) em parceira com o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (Batran), Polícia Civil e Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AM).
Foto: Antonio Menezes
As principais irregularidades detectadas foram excesso de passageiros, falta do cinto de segurança e capacete, além de uso de placas clandestinas para o transporte de passageiros e ausência de pneu estepe.
A operação começou às 7h da manhã do último sábado (28) e será concluída apenas na próxima quarta-feira (2). Apenas nas primeiras duas horas da ação, 12 multas já haviam sido aplicadas a condutores na rodovia Manoel Urbano (AM-070). A Arsam estima abordar pouco mais de 1,5 mil veículos que fazem transporte intermunicipal de Manaus para os Municípios de Manacapuru, Iranduba, Novo Airão, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo.
Ao todo, 52 homens da Arsam atuam na operação, além de 10 da Polícia Militar. As notificações são aplicadas pela Arsam e as multas pela PM. A fiscalização ocorre em pontos fixos ao longo das estradas e também em modo volante. De acordo com o chefe de fiscalização da Diretoria de Procedimento e Logística da Arsam, Carlos Nunes, desde a inauguração da Ponte Rio Negro o transporte clandestino de passageiros aumentou na rodovia Manoel Urbano, principal alvo da fiscalização.
Ele explica que muitos condutores aproveitam carros de passeio com placas cinzas para fazer o transporte de passageiros a outros municípios mesmo cientes que a prática é proibida.
Conforme Carlos, apenas táxis de fretamento com placa vermelha estão habilitados a fazer o transporte intermunicipal, mas alguns cometem irregularidades.
Para o diretor de Procedimento e Logística da Arsam, coronel PM Homero Almeida, o objetivo da operação é, além de acabar com o transporte clandestino de passageiros, evitar possíveis acidentes nas estradas durante o feriado prolongado. Ele conta que outro problema recorrente encontrado na fiscalização é a falta de consciência dos próprios passageiros sobre o uso do cinto de segurança nos ônibus de transporte intermunicipal e também de fretamento.
Segundo ele, a Arsam só permite a saída dos ônibus das rodoviárias depois que todos os passageiros estão com cinto de segurança, devidamente sentados no assentos. No entanto, logo após a saída eles retiram o cinto e seguem a viagem sem o equipamento. O comportamento pode gerar multa para a empresa, uma vez que, ela deve orientar qualquer dos seus passageiros a manter o equipamento durante todo o trajeto percorrido.
De acordo com Homero, os condutores dos ônibus também param ao longo das estradas para pegar mais passageiros. A prática, explica o diretor de Procedimento e Logística a Arsam, é ilegal porque gera lotação nos veículos e faz com que os passageiros excedentes viagem em pé, além de representar risco de acidentes. Nesse tipo de caso, ele ressalta que o condutor do ônibus é multado, a empresa é notificada e os passageiros que estão em pé têm que descer e esperar a chegada de outros ônibus da mesma empresa chegar para conduzí-los.

Fonte: A Critica

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Mais de 75 mil itens foram perdidos em estações de trem de SP em 2011

Responsáveis pelo transporte de mais de 2 milhões de passageiros por dia, as linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) acumulam uma média de cerca de 7 mil objetos abandonados por usuários. Segundo balanço divulgado hoje pela CPTM, ao longo de 2011, foram encontrados e armazenados na Central de Achados e Perdidos 75 mil itens. De janeiro a março deste ano, foram deixados nas estações e nos trens 18 mil objetos esquecidos. Muitos dos objetos nunca mais são procurados por seus proprietários.
As estações Brás, Luz, Guaianazes, Osasco, Lapa, por terem maior movimentação, são as que encaminham maior número de objetos para a central, localizada na estação Palmeiras-Barra Funda. Entre muitos deles, estão itens inusitados e que poderiam ser facilmente lembrados por seus donos, como cadeira de rodas, TV, carrinho de bebê, bengala, exame médico, caixa de ferramenta e instrumentos musicais, entre outros.


 
Dos 75 mil itens perdidos em 2011, 35 mil foram recuperados por seus proprietários. Dos 18 mil objetos deixados na Central de Achados e Perdidos no primeiro trimestre deste ano, cerca de 8,5 mil foram devolvidos.
Todos os itens encontrados nas estações da CPTM são encaminhados para a central, por onde passam por uma triagem, visando à identificação de um possível contato do proprietário, e são cadastrados no sistema. Se o dono não for localizado, eles permanecem guardados por cerca de 60 dias. Passado esse período, as peças conservadas e bem cuidadas são doadas para o Fundo Social de Solidariedade de São Paulo (Fussesp). Já os documentos pessoais, como RG, são devolvidos aos órgãos expedidores, e os cartões de banco, destruídos.
Segundo a CPTM, na maioria das vezes, cerca de 50% dos itens extraviados são recuperados pelos donos. O alto índice de devolução se deve ao trabalho de pesquisa da central. "Apenas 20% das devoluções são frutos de iniciativa do proprietário. Os demais 80% resultam de contato ativo feito com o usuário, obtido através de pesquisa minuciosa para localizá-lo, a partir das 'pistas' nem sempre evidentes, deixadas nos documentos e objetos", afirmou a chefe do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), Eliete Cury.

Entre as "relíquias" da central está uma aliança, esquecida ainda na caixinha em formato de coração. Fotos e uma caderneta escolar muito antiga figuram na coleção da central, que também reúne objetos inusitados, como um pacote com objetos eróticos.

Líderes de esquecimento
Os documentos pessoais respondem por 70% dos itens mais extraviados, dos quais 44% são recuperados pelos proprietários. Outros objetos campeões de esquecimento são peças de vestuário, carteiras e fotos, com cerca de 30% do volume registrado. Felizmente, nesses casos, cerca de 28% voltam para os donos.

Onde recuperar os objetos
Os usuários que perceberem a perda de objetos em trens ou estações da CPTM devem se dirigir à Central de Achados e Perdidos, localizada na estação Palmeiras-Barra Funda. A central funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, exceto feriados. Informações sobre itens perdidos podem ser obtidas através do telefone 0800-055-0121.

Fonte: Jornal do Brasil

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Pedágio urbano à R$4 em São Paulo ainda é atraente aos motoristas de carro

segunda-feira, 30 de abril de 2012

R$1056. Isto que um motorista paulistano pagaria de pedágio urbano durante um ano caso o PL 216/2010 for aprovada. Duvido que este valor estimule qualquer pessoa a trocar o carro pelo transporte público, pois na ponta do lápis, o usuário de transporte público ainda pagaria mais caro, exatamente R$528 a mais que o que seria pago em pedágio urbano.
No dia 25/4/2012, foi aprovada a legalidade e constitucionalidade do projeto de lei na Câmara Municipal da Cidade de São Paulo. Segundo declarações à imprensa feitas proponente do projeto, Carlos Apolinário (DEM), o custo do pedágio no centro expandido – atualmente toda a região central onde vigora o rodízio e mais ou menos limitada pelas marginais – seria de R$4 ao dia.
Em 22 dias, argumenta, seriam R$88. Os jornais já atacaram a medida reforçando a declaração de Apolinário de que não vê possibilidade de aprovar o projeto este ano já que ainda tem que tramitar por outras comissões específicas e há muita resistência de seus colegas. Ainda segundo declarações do próprio vereador, todo o dinheiro será investido em transporte público.
Apesar de se basear em um valor relativamente baixo, ele pode fazer a diferença para melhorar o trânsito caótico da cidade que resulta da (contra)lógica do desenvolvimento paulistano: dar preferência ao transporte individul motorizado apesar de planos diretores bem intencionados, cujos detalhes os políticos do planalto paulista não ousaram tirar do papel. Para que o pedágio dê certo, será preciso ao mesmo tmpo baratear o transporte público rapidamente, expandir a frota de ônibus e dar incentivos reais para que optar pelo transporte alternativo como bicicleta.
Na ponta do lápis, R$1056 anuais pode parecer um custo importante para o motorista. Mas pelo valor que o paulistano dá ao carro, é preciso de algo mais. Quem anda de carro na cidade paga relativamente caro, mas pela falta de racionalidade, a má qualidade do sistema de transporte público paulistano e sua expansão a passos de tartaruga, o carro ainda é uma opção barata e o transporte público torna-se caríssimo.
Hoje, quem anda de transporte público (ida e volta de ônibus) paga em média R$6 por dia por causa do bilhete único. Quem pega metrô e ônibus, paga cerca de R$9. Ao ano isto daria R$1584 e  R$2423,52 respectivamente em viagens diárias que podem chegar a duas horas (cada direção) em ambientes lotados que tornam-se inseguros.
Do outro lado, quem anda de carro, paga – se o carro for bem ineficiente fizer cinco quilômetros por litro de gasolina num deslocamento médio por dia de 10km – de combustível cerca de R$1373 ao ano. Se o carro for mais eficiente, como a maioria dos carros cerca de 500 carros novos por dia que aderem ao caos do trânsito paulistano, esta conta cai. Podemos adicionar a isso o valor do estacionamento mensal que pode chegar a R$150, o que daria R$1800 por ano.
No final, o trabalhador gastará entre R$1584 a R$2423 ao ano para se locomover de transporte público e motorista gastará no máximo R$3100. A diferença não é muita, se considerarmos outros valores como conforto imediato e prestígio – note-se que o projeto não fala nada de redução de emissões e não computa os gastos que erário paulistanos tem no asfaltamento diário das vias eu possivelmente não será coberto pelos R$31 bilhões a serem arrecadados anualmente pelo pedágio urbano.
Ou seja, com o transporte público do jeito que está em  São Paulo, quatro reais por dia é um estímulo pequeno para as pessoas abandonarem seus carros. Por isso é preciso dar o biscoito do outro lado reduzindo – ou congelando as passagens de ônibus por 10 anos -, construir corredores – que são entregues em menos tempo bem menor que o metrô – e estimular de uma maneira forte o transporte de bicicleta e cobrar cada vez mais dos motoristas solitários.

Fonte: Revista da Sustentabilidade

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São Paulo: Com superlotação, queixas no metrô aumentam

Com trens cada vez mais lotados, o Metrô de São Paulo vê as reclamações dos passageiros dispararem. A média diária de queixas via SMS passou de 139, no ano passado, para 190, em 2012 – aumento de 41%, de acordo com balanço da companhia obtido pelo Metro.

Em todo o ano passado, o Metrô recebeu 50,5 mil mensagens de celular de passageiros incomodados. Apenas nos três primeiros meses deste ano, já foram 17,1 mil reclamações. A quantidade de queixas por causa de calor dentro dos trens triplicou este ano – média de 19,7 mensagens por dia, ante 7,8 em 2011 – e assumiu o primeiro lugar no ranking de reclama- ções. No ano passado, a falta de ventilação ocupava o quinto lugar O diretor de comunicação do sindicato dos metroviários, Ciro Moraes, afirma que os trens estão circulando no limite da capacidade. Por isso, é natural que cada vez mais passageiros reclamem da qualidade do serviço.  

“Não cabe mais ninguém e é claro que as reclamações começam a ficar cada vez mais constantes”, afirma o diretor. Um exemplo de como o metrô está operando no limite é a estação Paulista, da linha 4-Amarela. Inaugurada há sete meses com capacidade para 145 mil pessoas por dia, a parada já recebe o dobro de passageiros. As queixas sobre comportamento inadequado, que incluem assédio sexual, bagunça e gritaria aumentaram 33,2% este ano e ocupam o segundo lugar no serviço de queixas via SMS.

A média diária saltou de 13,4 para 17,9 reclamações por dia. O chefe de segurança do Metrô, Rubens Menezes, diz que o aumento nas queixas está ligado à popularização do serviço de reclamações por celular. Segundo ele, as mensagens por excesso de calor cresceram porque o balanço dos três primeiros meses do ano engloba apenas os meses de verão.

“Muitos trens ainda não possuem ar-condicionado e, com os vagões cheios, no verão realmente fica difícil”, disse Menezes. De acordo com ele, a companhia dá retorno imediato às mensagens recebidas. “Levamos em média sete minutos para atender uma ocorrência. Na maioria das vezes os seguranças conseguem chegar na estação seguinte”. O comércio de ambulantes e a presença de pedintes aparecem em terceiro e quarto lugares no ranking, com média de 17,6 e 16,2 reclamações por dia, respectivamente. O metrô afirma que muitas dessas reclamações podem se referir a um mesmo vendedor ou pedinte.

Fonte: Band

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PAC da Mobilidade vai beneficiar duplamente o trabalhador, diz Dilma

Na véspera do Dia do Trabalho, a presidente Dilma Rousseff disse que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a área de mobilidade urbana nas grandes cidades vai beneficiar duplamente os trabalhadores: pela melhora nas condições de deslocamento no dia a dia e pelos empregos que os investimentos devem gerar.

No programa de rádio Café com a Presidenta, Dilma disse que o programa, anunciado na semana passada, terá como investimento R$ 32,7 bilhões, que serão gastos na construção e ampliação de metrôs, na implantação de veículos leves sobre trilhos (VLTs). Serão construídos ainda corredores exclusivos de ônibus e estações e terminais de integração.

"Esse é um primeiro passo. É uma primeira grande iniciativa para a gente enfrentar o problema da quantidade de horas que as pessoas permanecem dentro de um transporte para ir ao trabalho, a casa ou à escola", destacou.

O programa vai beneficiar 53 milhões de pessoas em todo o país. A maior parte dos investimentos será feita em metrôs e em outros tipos de transporte sobre trilhos. "Ele vai mais rápido e leva mais passageiros de uma só vez, e é muito pouco poluente", disse a presidente. "Reduzir o tempo no trânsito significa dar condições para essas pessoas aproveitar as horas que não estão dentro do transporte para estudar, descansar, ficar com a família e isso é que se chama qualidade de vida", completou.

Além disso, com o aumento das encomendas de cimento, de trens, ônibus e outros equipamentos, as obras deverão impulsionar a economia do Brasil. "Tudo isso vai criar uma dinâmica virtuosa na nossa economia - as empresas produzem mais, geram mais emprego, geram mais renda e, com isso, a roda da economia e do bem-estar da população gira em conjunto", afirmou Dilma em seu programa semanal.

Fonte: Agência Brasil

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São Paulo: Trabalhador leva mais de 2 horas no trânsito

Cerca de 22% dos moradores do Grande ABC que trabalham em outros municípios gastam, em média, duas horas ou mais para ir e voltar do trabalho todos os dias. Essa rotina é enfrentada atualmente por 214.802 pessoas que moram na região e têm atividades em outras cidades.
O levantamento é parte do Censo 2010 que foi divulgada na semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na proporção com o número de habitantes, Rio Grande da Serra, Mauá e Ribeirão Pires são as cidades onde os moradores levam mais tempo no deslocamento. Na primeira, o índice de trabalhadores que têm essa rotina é de 32% do total, ou 5.300 pessoas. Em Mauá, o número é de 31%, ou 50.000 habitantes. Já em Ribeirão, 10.333 trabalhadores (24,5%) perdem duas horas ou mais diariamente. Dentre as sete cidades da região, as três são as mais distantes do centro da Capital.
Nos municípios mais próximos da região central paulistana, a quantidade de pessoas que perdem uma hora ou mais em cada deslocamento é menor. Em São Caetano, 9.399 trabalhadores (15,7%) se encaixam no grupo. Em Diadema, a rotina é enfrentada por 27.452 habitantes (18,3%), enquanto em São Bernardo, a faixa abrange 57.237 moradores (20%). Dos 55.140 profissionais de Santo André, que equivale a 20,9% do total, gastam duas horas ou mais para ir e voltar do serviço.

Análise - Os dados não surpreendem especialistas, que comumente defendem medidas para diminuir o transtorno de motoristas e passageiros no trânsito caótico das metrópoles. A curto prazo, o engenheiro de tráfego e transporte Horácio Figueira indica alternativas que já são conhecidas na região e na Capital: a criação de corredores exclusivos para circulação de ônibus. "Não adianta restringir o tráfego de caminhões (medida que é estudada para implantação nos 39 municípios da Grande São Paulo). É ilusão. Isso dá vazão aos automóveis, que em um mês irão entupir aquele espaço. A faixa exclusiva é a melhor opção, mas tem de ter fiscalização humana e eletrônica para impedir invasões. Hoje os ônibus não são atrativos. Eles têm de andar mais rápido do que os carros."
Figueira avalia que a opção do investimento no transporte público, como criação de trens e linhas de metrô, é considerada insuficiente diante da urgência que a situação exige, já que as obras levariam anos ou décadas.

Especialista sugere semáforos inteligentes para ônibus
A única saída apontada pelo engenheiro especialista em tráfego e transporte Horácio Figueira para melhorar as condições viárias no Grande ABC é a criação de faixas exclusivas para ônibus, o que possibilita mais fluidez.
Em Curitiba, desde 2008, sistema informatizado garante sinal verde permanente em semáforos de 45 cruzamentos da capital paranaense. A ideia foi criada com objetivo de reduzir pela metade o tempo de percurso dos passageiros e estimular a troca do carro pelo ônibus. "Sem obras, Londres (capital da Inglaterra) implantou o mesmo modelo em 1977 e conseguiu redução de 30% no tempo de percurso. Só falta vontade política para resolver. Os técnicos sabem como implantar. Temos que atrapalhar o usuário de carro, não há outro jeito", avalia.
O sensor do ônibus é acionado a pelo menos cem metros do cruzamento, distância considerada segura para a transição entre os sinais vermelho, amarelo e verde. O sistema funciona por meio de sensores instalados no chão.


Média da região é inferior à da Grande SP
A quantidade de pessoas que perdem duas horas ou mais diariamente para ir e voltar do trabalho é maior na Região Metropolitana de São Paulo em comparação ao Grande ABC. Nos 39 municípios da Grande São Paulo, 1,9 milhão pessoas entram para o grupo, o que corresponde a 28,5% do total de trabalhadores com atividade profissional em outra cidade.
Na Capital, a parcela é ainda maior, com 31% do total, enquanto no Estado, a taxa cai para 28,5%. A média nacional de pessoas que ficam pelo menos duas horas por dia no trajeto ao trabalho é de 11,4%.
Para o presidente do Instituto Brasileiro de Ciências do Trânsito, José Almeida Sobrinho, o tempo disperdiçado no trajeto reflete mudanças nas relações de trabalho nas últimas décadas. "Antigamente, as grandes indústrias tinham vilas nas proximidades onde os funcionários moravam. Isso foi mudando."
Na avaliação de Sobrinho, atualmente o tempo de permanência dos profissionais na mesma empresa é menor, o que faz com que aumentem as chances de a pessoa morar longe do trabalho. "O trabalhador optou por ficar em um local para morar e trabalhar onde for conveniente", analisa.
O especialista prevê tendência de aumento no tempo de deslocamento nos próximos anos, caso não sejam feitos investimentos significativos em mobilidade urbana. "O transporte público não é suficiente, tanto em horário quanto em volume. Isso obriga os cidadãos a se deslocarem de forma isolada, o que piora ainda mais a fluidez no sistema viário."
O especialista acrescenta que o tempo perdido no trânsito prejudica a produtividade no trabalho. "Duas horas diárias para ir e voltar equivalem a 25% da jornada de oito horas. Isso é muita coisa. A pessoa não rende o esperado."

Fonte: Diário do Grande ABC

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