O prefeito Beto Richa reuniu-se nesta quarta-feira (27), em Brasília, com representantes da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), para concluir as negociações do financiamento para a Linha Verde Norte, do Jardim Botânico ao Atuba. "A reunião foi muito produtiva. Estamos satisfeitos com as condições propostas e, em breve, poderemos dar início às obras de conclusão do projeto da Linha Verde", disse Richa.
O contrato com a AFD será de 72 milhões de euros, metade do valor será contrapartida da Prefeitura. Na reunião desta quarta, ficou definido que os juros serão de 3,87% ao ano, com cinco anos de carência e vinte anos para pagamento.
A negociação com os representantes da AFD vem ocorrendo em Brasília há duas semanas. Nesta quinta, o grupo técnico da Prefeitura finalizará os últimos detalhes para a assinatura do contrato, que deve acontecer em fevereiro. "A expectativa é lançarmos o edital para o primeiro lote da Linha Verde Norte ainda em março", afirmou Richa, que retorna a Curitiba nesta quarta.
A Linha Verde é o sexto corredor de transporte e a maior avenida de Curitiba, construída pela Prefeitura no trecho urbano da antiga BR-116. Com sua primeira etapa implantada do Pinheirinho até o bairro Jardim Botânico numa extensão de 9,4km, o trecho Sul da Linha Verde uniu dez bairros que estavam divididos pela antiga rodovia. Ao todo, com a Linha Verde Norte, serão 18km e 20 bairros.
A segunda fase da Linha Verde terá canaleta para uso exclusivo dos ônibus, pistas marginais e vias locais. O trecho norte, onde a rodovia também dará lugar a uma avenida urbana, é do ponto sob a passarela do Centro Politécnico até o Atuba.
A primeira obra da Linha Verde Norte será uma nova trincheira na BR 476, entre os bairros Jardim Social, Bacacheri e Bairro Alto. A nova trincheira fará a interligação entre as ruas Gustavo Rattman, no Bacacheri, e a José Zgoda, no Bairro Alto. O investimento, de R$ 12 milhões, é contrapartida do município. A licitação para esta obra já está aberta.
O lado norte terá obras que incluem sete trincheiras, duas no binário Agamenon Magalhães/Roberto Cichon, uma na Victor Ferreira do Amaral, uma na Gustavo Rattman, duas no Atuba e uma na rua Rio Juruá. Os dois viadutos existentes, da Victor Ferreira do Amaral e do Jardim Botânico, serão ampliados.
Linha Verde Norte:
Avenida terá duas pistas marginais, com três faixas de tráfego em cada sentido, duas pistas locais, de acesso aos bairros e comércio, faixas de estacionamento nos dois lados, Sistema viário com velocidade, sinalização e semaforização de área urbana.
Transporte será em Canaletas exclusivas do ônibus em concreto. Quando toda a Linha Verde estiver implantada, pelas canaletas vão circular três linhas de ônibus: Pinheirinho-Centro (que já está em operação), Pinheirinho-Atuba e Atuba-Centro.
Ônibus com Veículos motor flex, capacidade para diesel ou biocombustível.Motores para combustível ecológico. Biocombustível de origem 100% vegetal. Controle eletrônico da rótula (sanfona) que evitará trepidações e freadas bruscasSistema de áudio MP3 para informações de itinerárioSistema de monitoramento por satélite (GPS).
Trincheiras e Viadutos: Sete trincheiras: duas no binário Agamenon Magalhães/Roberto Cichon, uma na Victor Ferreira do Amaral, uma na Gustavo Rattman, duas no Atuba e uma na rua Rio Juruá. Os dois viadutos existentes, da Victor Ferreira do Amaral e do Jardim Botânico, serão ampliados.
Estações: Ao todo, serão 8 estações (Atuba, Solar, Fagundes Varela, Vila Olímpica, Tarumã, Jardim Botânico, UFPR e PUC). Algumas estações da Linha Verde Norte terão operação diferenciada em relação à Linha Verde Sul.
Nas estações Atuba, Solar, Fagundes Varela, Vila Olímpica, Jardim Botânico, UFPR e PUC (as duas últimas já têm a infraestrura pronta, obra que foi feita durante os trabalhos da Linha Verde Sul), a operação será semelhante os trecho Sul.
A estação Tarumã será um terminal de integração. E na estação Jardim Botânico haverá integração vertical (um ônibus embaixo e o outro em cima).