A empresa contratada para realizar um estudo do transporte e do trânsito em Cascavel entregou à Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito) o segundo relatório parcial com o andamento das atividades. O relatório dá conta do trabalho realizado durante o último mês, o segundo de atuação da empresa. Entre os principais pontos está o resultado da pesquisa de origem e destino, realizada junto aos usuários do transporte coletivo do município. Segundo o presidente da Cettrans, Jorge Lange, a previsão era que a pesquisa atingisse entre 12% e 15% dos usuários, “a empresa conseguiu ser ainda mais abrangente, chegando a 17,4% do índice de passageiros”, comentou.
Os dados obtidos serão submetidos à análise e o próximo passo é propor soluções para os problemas diagnosticados. Lange comenta que a contagem trouxe algumas surpresas. “Alguns pontos nós já sabíamos que haveria grande incidência de embarque ou prevíamos quais seriam os principais destinos, mas mesmo nestes pontos, onde já havia previsão, o percentual foi acima do esperado. Os bairros da região norte da cidade, por exemplo, tiveram um percentual acima do que esperávamos. Quanto ao destino, o Centro foi o mais buscado, mas em percentual acima do que esperávamos”, esse diagnóstico exige mudanças na forma com que o transporte coletivo é realizado para que não haja superlotação dos ônibus e nem carros circulando vazios.
Por outro lado, Jorge comentou que algumas linhas onde não se esperava grande fluxo de passageiros apresentaram um número expressivo, é o caso, por exemplo da linha do Santa Felicidade, que obteve alto número de embarques. Deve acontecer também uma reestruturação das linhas que fazem o transporte para os pólos industriais, pois nessa região foi detectado um grande número de passageiros, que exigiria maior quantidade de ônibus, principalmente em determinados horários. “As mudanças são lentas, porque serão definitivas.
Hoje eu tenho certeza que a satisfação com o transporte coletivo é zero, mas pretendemos trazer grandes mudanças que farão a diferença ao usuário”, garantiu Jorge. A empresa tem mais quatro meses para terminar o estudo e propor soluções para todos os problemas diagnosticados, segundo Jorge não será necessário esperar o fim do estudo para iniciar as modificações, o objetivo é que o trabalho de adaptação seja realizado também dentro do período de seis meses.