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São Paulo: O peso do transporte coletivo é muito maior para a família de baixa renda

segunda-feira, 21 de setembro de 2009


Apesar de a cidade de São Paulo estar há três anos sem reajuste, a coordenadora do Índice de Custo de Vida (ICV) de São Paulo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese), Cornélia Nogueira Porto, diz que não há motivo para um reajuste.
"Entre janeiro de 2005 e agora, a inflação subiu 22,25%. Nesse mesmo período, a passagem de ônibus em São Paulo subiu 35,29%", afirma Cornélia. "Não é nenhum favor falar que vai reajustar só em janeiro de 2010, por que ainda tem muita gordura para queimar na passagem de ônibus", diz ela.
Apesar da declaração do prefeito sobre o aumento, a assessoria de imprensa da SPTrans, que gerencia o transporte urbano do município, disse que "não há previsão" para o próximo reajuste.
A diretora do Dieese explica que o aumento da passagem na capital paulista é especialmente prejudicial para as famílias mais pobres. "O peso do transporte coletivo é muito maior para a família de baixa renda. Famílias do extrato mais pobre gastam 7,59% de sua renda com o transporte coletivo. Famílias do extrato mais alto gastam 3,15%", conta Cornélia.
"As famílias de renda mais alta usam mais transporte individual. E o aumento dos custos com o transporte individual foi bem menor, ficou em torno de 11,74%", explica.
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Tarifa de ônibus em Cuiabá é a 3ª mais cara do país


Das 27 capitais brasileiras, apenas seis não reajustaram as tarifas de ônibus em 2009 - inclusive, as duas maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro. A capital a aumentar o preço da passagem mais recentemente foi Natal (RN), no começo deste mês. Cuiabá está entre as quatro capitais com a tarifa mais cara do sistema de transporte coletivo do Brasil: R$ 2,30, contra R$ 2,80 de Florianópolis (SC) e R$ 2,50 de Campo Grande (MS). Fica empatada com Belo Horizonte (MG), que também cobra R$ 2,30.
Nesta semana, o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, anunciou que a cidade terá um reajuste nas passagens no início de 2010. Atualmente, a tarifa é de R$ 2,30.
"Infelizmente nossa realidade orçamentária não permite [manter a tarifa atual]", disse Kassab na última segunda (14) em entrevista à rádio Bandeirantes. "Nós teremos aumento no mês de janeiro", completou o prefeito. Segundo ele, ainda não há definição sobre o percentual de reajuste da passagem.
São Paulo, que tem 6 milhões de usuários de ônibus por dia, não tem aumento na passagem de ônibus desde novembro de 2006. O Rio, com 4 milhões de passageiros diários, não registra reajuste desde dezembro de 2007, informaram as prefeituras.
A capital que não reajusta o valor há mais tempo, desde julho de 2004, é São Luís (MA), que também tem a tarifa mais barata entre as demais capitais: R$ 1,60.
Segundo Marcos Pimentel Bicalho, superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), cada capital define quando reajusta a tarifa porque leva em consideração folha de pagamento da empresa de ônibus - os salários variam em cada cidade e os reajustes salariais também, explica ele -, combustível e manutenção.
Para o superintendente, comparar os preços das capitais não é adequado porque cada cidade tem um sistema de transporte público com características diferentes.
"Algumas cidades tem mais equilíbrio do sistema de ônibus. Em algumas é mais rentável, em outras menos. Cada situação deve ser vista de maneira específica", afirma Bicalho.
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Em Sorocaba Urbes ainda não tem data para ônibus novos circularem

A Urbes Trânsito e Transportes ainda não tem data para que os ônibus das empresas que substituirão a Transporte Coletivo Sorocaba (TCS) comecem a rodar na cidade. No dia 7 de setembro, data em que a população esperava parte dos carros nas ruas, a Urbes informou que isso deveria ocorrer por volta do dia 20 (hoje), mas até agora nada dos veículos novos. Enquanto os usuários do transporte coletivo reclamam da demora na substituição dos ônibus da TCS, a empresa pública divulga que 64 dos 184 carros das quatro empresas que irão operar já estão na cidade e que alguns já estão liberados para entrar em circulação, mas não se arrisca a dar novo prazo.
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Paulistano deixaria carro em casa se transporte público fosse mais eficiente, mostra pesquisa

O paulistano adquiriu mais carros em 2009, mas tem interesse em deixar o veículo em casa e passar a usar o transporte público. A conclusão é de uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo Movimento Nossa São Paulo. A pesquisa, chamada Mobilidade em São Paulo, foi realizada com o apoio do Ibope e sua divulgação antecede em quatro dias o Dia Mundial sem Carro, que ocorre na próxima terça-feira, dia 22.Segundo a pesquisa, 50% dos entrevistados (um total de 805 pessoas) afirmam ter um ou mais veículos em casa, número 13% maior do que o do ano passado. Desse total, 29% usam os veículos diariamente.
Apesar de ter crescido o número de paulistanos com carro, também cresceu o número de pessoas (78% do total de entrevistados) que afirmam que deixariam o carro em casa para utilizar o transporte público, caso houvesse uma boa alternativa de transporte.Cerca de 71% dos entrevistados também reclamaram do trânsito na cidade, considerando-o ruim (24% do total) ou péssimo (47%).
Segundo a pesquisa, o paulistano gasta, em média, 2 horas e 43 minutos para se deslocar pela cidade diariamente.
O trânsito, segundo a pesquisa, é uma das áreas mais problemáticas da cidade (38%), só perdendo para saúde (65%) e educação (41%), na opinião dos entrevistados. O problema com a segurança pública aparece em seguida, na opinião de 29% das pessoas que responderam à pesquisa.Cerca de dois terços dos entrevistados preferem que os investimentos públicos nos próximos anos sejam direcionados para o transporte coletivo.
A sugestões apontadas foram: construção e ampliação das linhas de metrô e trem (solução apontada por 61% das pessoas) e ampliação dos corredores de ônibus (45%).
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22 de setembro, Dia Mundial sem Carro


Nossas cidades simplesmente não agüentam o aumento crescente de carros que circulam em nossas ruas e avenidas

No dia 22 de setembro, segunda-feira, Dia Mundial sem Carro, não andarei de carro. É claro que se trata de um gesto simbólico, mas será uma das formas que escolhi para prestigiar esse evento, que foi criado há vários anos e é promovido em inúmeros países para que a sociedade possa refletir sobre os enormes problemas causados nas cidades pela excessiva prioridade dada ao transporte individual. Nossas cidades simplesmente não agüentam o aumento crescente de carros que circulam em nossas ruas e avenidas. Somente em São Paulo, são 800 novos carros por dia, todos os dias!
Outro problema muitas vezes negligenciado nos debates sobre mobilidade é a enorme desigualdade social e econômica nas cidades, que obriga milhões de pessoas a se deslocarem por grandes distâncias para chegar ao local de trabalho e ter acesso a equipamentos e serviços públicos.
Vejamos o caso de São Paulo: as subprefeituras de Ermelino Matarazzo e M'Boi Mirim estão entre as que têm indicador zero de acervo de bibliotecas municipais infanto-juvenis per capita. E as subprefeituras de Perus, Parelheiros e Cidade Ademar estão entre as que registram indicador zero de leitos hospitalares.
Todas as cidades que estão de fato enfrentando os problemas da mobilidade estão reorganizando o espaço urbano e as políticas públicas para que as pessoas possam ter acesso a trabalho, serviços de saúde, estabelecimentos educacionais, cultura, lazer e serviços públicos em geral nas imediações de suas residências. O uso do transporte motorizado passa a ser opcional, e não obrigatório.
Não há outra saída, nem aqui, nem em nenhuma outra cidade do mundo, que não seja priorizar o transporte coletivo e o transporte não motorizado, facilitar a locomoção dos pedestres e de portadores de deficiências, incentivar o uso das bicicletas, cuidar da segurança das pessoas, reduzir a poluição do ar e a sonora e combater a desigualdade.
É o obvio, mas foi necessário criar um Dia Mundial sem Carro e, infelizmente, chegar ao caos na mobilidade para que sociedade e governos pudessem reconhecer erros passados e se debruçar sobre propostas e mudanças de rumo.
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Paulistano fica 2h43m por dia preso no trânsito

O paulistano passa 10% do dia preso no trânsito caótico da cidade. Cada morador da capital gasta, em média, 2h43m dentro de um carro ou nos ônibus e trens. Em relação ao ano passado, o tempo perdido aumentou em 13 minutos. Os dados fazem parte de uma pesquisa do Ibope, divulgada pelo Movimento Nossa São Paulo, em razão do Dia Mundial Sem Carro, que será comemorado na próxima terça-feira. Ao todo, 850 pessoas foram entrevistadas.
O levantamento mostra ainda que 71% dos paulistanos consideram a situação do trânsito na capital péssima ou ruim. Em 2008, o número era 70%. A maioria dos entrevistados (78%) até aceitaria deixar o carro em casa se houvesse uma boa alternativa de transporte público. O coordenador do Movimento Nossa São Paulo, o empresário Oded Grajew, disse que a pesquisa ajudará o governo a direcionar mais investimentos para o transporte público e alternativo, como ciclovias.
- A cidade chegou no limite do modelo que privilegia o transporte individual - afirmou o coordenador.
Ele diz que a limitação do espaço é uma das razões para que as ruas fiquem abarrotadas.
- O transporte individual tem limites físicos. E o transporte coletivo viabiliza o transporte para mais pessoas com muito menos espaço. Sem falar de outros problemas causados pelo excesso de veículos nas ruas, como a poluição. Hoje existe trânsito até para sair do estacionamento.
A pesquisa mostra que a população já é favorável a medidas drásticas para tentar resolver o problema a curto prazo. Entre elas está a adoção do pedágio urbano, ou seja, cobrar uma taxa para entrar e circular de carro no centro expandido de São Paulo. A medida é defendida por 26% dos entrevistados. Em 2007 este número era de 13%, e em 2008 era de 24. Aumentar o rodízio para duas vezes por semana já é aceito por 52%. Houve uma oscilação de dois pontos em relação ao estudo de 2008, quando 54 % dos paulistanos defendiam a ampliação.
O levantamento também avalia a situação dos transportes públicos. O paulistano dá nota 2 para a lotação nos ônibus e para o tempo de espera nos pontos.
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Roubos à ônibus em Aracaju caíram pela metade

Segundo os dados do Centro de Estatísticas e Análise Criminal (CEAC) e do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) esse tipo de crime teve uma redução de 50,21% no primeiro semestre de 2009.
A redução deste número demonstra a eficiência dos trabalhos desenvolvidos pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), através das polícias Civil e Militar.
Em seis meses foram 354 ocorrências, em contraste com os 711 do mesmo período no ano passado.
Para a SSP, a diminuição dos registros está ligada diretamente ao combate ao tráfico de drogas em regiões onde eram registrados muitos assaltos. Um outro motivo é a prisão de vários assaltantes responsáveis pelos roubos.
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Transporte coletivo em São Paulo está mais lento e lotado

domingo, 20 de setembro de 2009

Os usuários de transporte coletivo na cidade de São Paulo acham que os ônibus estão demorando mais para passar e estão mais lotados. Segundo dados preliminares de uma pesquisa do Ibope encomendada pelo Movimento Nossa São Paulo, 44% dos entrevistados afirmam que aumentou o tempo de espera no último ano, ante 42% que acham que está igual. Para apenas 11% diminuiu e outros 3% não souberam responder.
Situação parecida foi constatada em relação à lotação. Os dados mostram que 50% apontaram aumento na lotação, ante 43% que acham que não houve mudança. Somente 4% afirmaram que diminuiu e outros 2% não souberam responder. A pesquisa Ibope foi feita entre 28 de agosto e o dia 1º deste mês. Foram ouvidas 805 pessoas.
Os especialistas ressaltam que a pesquisa reflete a percepção do usuário e não exatamente a situação, já que não é baseada em estatísticas operacionais. "Mas é um importante termômetro da situação", diz o superintendente da Associação Nacional de Transporte Público, Marcos Pimentel Bicalho. "Um dos fatores que prejudicam os ônibus cada vez mais é o congestionamento. Os ônibus são os que mais sofrem, porque tem uma rota fixa e não podem fugir das filas. Mas também temos de analisar se a frota diminuiu."
Segundo dados do site da São Paulo Transportes (SPTrans), houve redução na frota cadastrada que serve o transporte público. Os números de agosto (os mais recentes) apontam que há 14.868 veículos. No mesmo mês do ano passado, eram 14.982. Por outro lado, a média mensal de passageiros transportados até agosto foi de 235,3 milhões ante 231,2 milhões do período anterior.
A SPTrans afirma que não registrou aumento no tempo de espera nos ônibus e as partidas continuam com o mesmo intervalo. "Além disso, o acompanhamento feito aponta aumento de 3,5% na velocidade nos corredores no pico da manhã." A empresa diz que os dados no site referem-se à frota cadastrada e não à frota circulante, sendo que a última não diminuiu porque "cada linha tem um número definido de veículos". A SPTrans diz que os novos ônibus têm capacidade maior de transporte e, por isso, aumentou a quantidade de passageiros transportados por veículos.
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