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Licitação do transporte de Natal vai prever 31 novas linhas, diz secretária

quarta-feira, 28 de maio de 2025

A secretária de Mobilidade Urbana de Natal (STTU), Jódia Melo, afirmou que a nova licitação do transporte público da capital prevê a ampliação de 31 linhas de ônibus, passando das atuais 54 para 85, e de 350 para 424 ônibus em circulação. O edital, segundo ela, tem a previsão de ser publicado até o segundo semestre de 2025. A titular da STTU, no entanto, não disse uma data específica.

As informações foram repassadas pela secretária em audiência pública realizada na Câmara Municipal de Natal nesta segunda-feira (26). Além do aumento no número de linhas e de ônibus, os veículos deverão ter, no máximo, 12 anos de uso e contar com benefícios como ar-condicionado, câmeras de segurança e limite de até 30 minutos de espera nos pontos de ônibus, segundo Melo.

A secretária de Mobilidade Urbana apresentou o diagrama dos trabalhos da Prefeitura para o lançamento do edital, que está em fase de ajustes com base nas recomendações do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Durante sua apresentação, revelou que atualmente a demanda de passageiros corresponde a apenas 60% do registrado antes da pandemia — uma média inferior à nacional, que é de 80%. Segundo Jódia, a queda de 40% na demanda pode ser atribuída ao crescimento dos transportes por aplicativo e à insegurança pública.

Menor tempo de concessão

O relatório do TCE havia questionado o prazo de 20 anos da concessão, apresentada como única alternativa pelos estudos contratados. Os auditores observaram que é preciso levar em consideração “as incertezas acerca do futuro relativo ao sistema de transporte público, haja vista ser um setor em contínua transformação”, citando o surgimento de novas formas alternativas de transporte, como os transportes via aplicativos, “que produzem significativos impactos sobre a demanda do transporte coletivo”. Agora, ao invés dos 20 anos, a expectativa é de que o edital contemple 15 anos. 

Subsídio

Por parte do Seturn (Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos), o coordenador jurídico da entidade, Augusto Maranhão, destacou a ausência de regras claras desde 2010 por falta de licitação. Ele defendeu o aumento dos subsídios públicos como forma de garantir a qualidade do serviço e sugeriu que o edital seja o mais simples possível, com regras acessíveis, para evitar um novo fracasso no certame. 

“Acredito que agora será diferente, com o acompanhamento do TCE e a atuação da Câmara. Estamos otimistas”, declarou.

Em 11 de janeiro de 2024, o ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos) enviou projeto de lei à Câmara Municipal propondo o subsídio de R$ 60 milhões às empresas de ônibus, que até o momento não foi aprovado pela Câmara Municipal de Natal.

A Zona Norte, aponta o relatório do TCE, é a grande responsável pelo “pesado subsídio a cargo da Prefeitura de Natal, haja vista representar o percentual de 78,2% dos valores projetados de subsídio anual, importando em torno de 47 milhões de reais de valor de subsídio”, enquanto o “Lote Sul importará em apenas 13 milhões de reais”.

Os auditores do TCE-RN criticaram a falta de “alternativas à modelagem proposta nos estudos contratados”, o que segundo a análise deles é uma situação “inadequada”.

Demora de anos

O processo licitatório, anunciado pela primeira vez em 2016, ainda não saiu do papel. Em duas tentativas realizadas em 2017, nenhuma empresa apresentou proposta. Desde então, a Prefeitura tem adiado o lançamento definitivo do edital, alegando necessidade de ajustes técnicos e impacto nos custos operacionais. A justificativa recorrente é que a tarifa paga pelo usuário, na época de R$ 3,90 não seria suficiente para sustentar o novo modelo proposto.

Em 2022, a gestão municipal voltou a adiar a publicação do edital e contratou, sem licitação, a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) para elaborar os estudos técnicos e acompanhar o processo. Foram dois contratos, somando quase R$ 2 milhões em recursos públicos. O primeiro, assinado em agosto de 2022, previa melhorias emergenciais e modicidade tarifária. O segundo, firmado em novembro de 2023, estendeu a consultoria por mais 12 meses, incluindo a elaboração do edital definitivo.

Em julho de 2024, uma nova tentativa de viabilizar o processo foi colocada em marcha. A STTU abriu consulta pública e recebeu quase 700 sugestões da população, além de críticas de permissionárias como a Transcoop Natal, que apontou a exclusão dos alternativos da proposta.

Apesar da mobilização, o edital elaborado pela ANTP foi criticado duramente pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) em relatório divulgado em março deste ano. A corte apontou falhas na modelagem do contrato, ausência de estimativas de receitas financeiras e inconsistências na previsão de demanda. O relatório também questiona a legalidade do subsídio tarifário de R$ 60 milhões proposto pela Prefeitura — projeto que foi enviado à Câmara em janeiro, mas ainda não foi votado.

Informações: Saiba Mais

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Frota de ônibus de Belo Horizonte tem a menor idade média entre as capitais

domingo, 18 de maio de 2025

A Prefeitura de Belo Horizonte realiza melhorias no transporte coletivo da cidade e, um dos focos, é a renovação da frota dos ônibus da capital. Entre 2023 e 2025, a capital recebeu 1.088 novos veículos, o que representa a renovação de 40% da frota do sistema convencional atual, composta por 2.741 coletivos. 

Com a chegada dos novos coletivos, Belo Horizonte possui a menor idade média de frota entre as capitais brasileiras, segundo dados da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e o Anuário da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) 2023-2024. Enquanto a média nacional permanece em 6 anos e 5 meses desde 2011, a idade média atual da frota municipal é de 5 anos e 2 meses. 

Segundo o superintendente de Mobilidade de Belo Horizonte, Rafael Murta Resende, as melhorias no transporte coletivo já têm gerado impactos positivos para os passageiros. “A Prefeitura vem promovendo uma série de ações para melhorar a mobilidade urbana, com investimentos em infraestrutura viária, ações de fiscalização do Tolerância Zero e a renovação da frota do transporte coletivo. Os novos veículos já demonstram para a cidade que as melhorias estão acontecendo e as equipes da Secretaria de Mobilidade Urbana, da Sumob e da BHTrans seguem empenhadas em novas ações e projetos para a cidade”, salienta Rafael. 

A renovação da frota em Belo Horizonte atende aos diversos segmentos do transporte coletivo convencional da cidade. As linhas de vilas e favelas receberam 23 novos miniônibus, 175 novos ônibus foram incorporados ao sistema MOVE e outros 890 novos veículos já estão operando nas linhas convencionais. Os novos ônibus oferecem mais conforto e comodidade aos passageiros, com ar-condicionado, suspensão a ar e tecnologia sustentável, baseada no sistema Euro 6, que reduz em até 80% a emissão de gases poluentes.

Lei de Melhorias para o Transporte Coletivo

A qualidade do serviço está assegurada pela Lei 11.458/2023, que desde março de 2023 vem modernizando o transporte público de Belo Horizonte. Com essa legislação, a Prefeitura passou a adotar um novo modelo de remuneração para os sistemas de transporte coletivo suplementar e convencional, em que o poder público complementa a tarifa, antes custeada exclusivamente pelos usuários.

Para receber a remuneração complementar, as concessionárias devem cumprir uma série de condicionantes, como segurança, limpeza, conservação dos ônibus, garantia de ar-condicionado em funcionamento, pontualidade, cumprimento da programação e respeito ao limite de passageiros.

Informações: Prefeitura de Belo Horizonte 

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Tarifa zero cresce e chega a 145 cidades e 5,4 milhões de pessoas

segunda-feira, 31 de março de 2025

O Brasil registra um crescimento acelerado na adoção da tarifa zero no transporte coletivo por ônibus. Segundo levantamento da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), 145 municípios oferecem gratuidade, parcial ou total, no sistema. Em 120 deles, o benefício é válido todos os dias e para toda a população. Nos demais, Ao todo, mais de 5,4 milhões de pessoas vivem em cidades com transporte gratuito integral (veja lista das cidades contempladas mais abaixo).

Esse avanço, mais intenso nos últimos cinco anos, representa uma mudança significativa no modelo de financiamento do transporte urbano, especialmente em municípios de pequeno porte: 61% das cidades com tarifa zero têm menos de 50 mil habitantes.


Em 2019, apenas 20 cidades adotavam a tarifa zero. Esse número cresceu sete vezes de lá para cá.. As regiões Sudeste (95) e Sul (34) lideram, seguidas pelo Nordeste (7), Centro-Oeste (6) e Norte (3).

Embora o assunto tenha ganhado projeção como bandeira das manifestações de junho de 2013, quando o mote "não é só pelos 20 centavos", do Movimento Passe Livre, desengatilhou atos país afora contra os reajustes das tarifas de ônibus, a primeira experiência com a gratuidade no transporte no Brasil foi registrada em 1992, no município paulista de Conchas, de 15 mil habitantes, localizado a 210 km de São Paulo.

Capitais testam gratuidade parcial

Embora predominante em cidades pequenas, o modelo começa a ser testado também em capitais, ainda de forma limitada. São Paulo, Maceió, Florianópolis, Palmas, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília e São Luís adotaram gratuidade em dias específicos ou para grupos selecionados. O desafio para universalizar o benefício é maior nessas cidades devido aos altos custos envolvidos.

No Distrito Federal, desde o início de fevereiro o acesso aos ônibus é gratuito aos domingos e feriados. Em Curitiba, o benefício é voltado a pessoas desempregadas. Belo Horizonte oferece tarifa zero em linhas que atendem vilas e favelas. Florianópolis adota o modelo apenas no último domingo do mês. Em São Paulo, desde dezembro de 2023, o Domingão Tarifa Zero garante gratuidade dominical nos ônibus municipais, com custo anual estimado em R$ 283 milhões.

Os municípios destacam o acesso à mobilidade como principal razão para adotar o modelo, com foco em trabalhadores, estudantes e pessoas em situação de vulnerabilidade. Argumentam que a medida reduz desigualdades, melhora o trânsito e incentiva o uso do transporte coletivo. 

Subsídios

A NTU afirma que 387 cidades brasileiras subsidiam o transporte público em todo o país. A entidade vê a gratuidade como uma alternativa viável, desde que acompanhada de planejamento, marcos regulatórios e separação clara entre a tarifa paga pelo usuário e a remuneração das empresas operadoras.

O presidente da NTU, Francisco Christovam, alerta que o aumento da demanda exige atenção ao custo operacional. "A gratuidade precisa ser implementada de forma gradual, por linhas ou períodos, afirmou ele ao Congresso em Foco. Não somos contra a tarifa zero, mas defendemos uma tarifa acessível. Sem planejamento, o sistema pode entrar em colapso", ponderou.

O tema ganhou destaque nas eleições municipais de 2024. Segundo o projeto Vota Aí, da Universidade de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uer)j, o número de candidatos que mencionaram tarifa zero ou passe livre em seus programas saltou de 384, em 2016, para 675 em 2024.

Subsídios

Ao todo, 21 capitais e sete regiões metropolitanas possuem iniciativas de subsídios definitivos destinados ao transporte público por ônibus. No Brasil, em média, 32% do custo de remuneração do serviço é coberto por subsídio público.O restante é bancado pelos passageiros.
Tarifa Zero em Luziânia-GO

Entre as cidades com tarifa zero, o modelo de financiamento varia. Em Maricá (RJ), com 212 mil habitantes, por exemplo, o subsídio mensal é de R$ 7,3 milhões o maior registrado pela NTU. Já em cidades menores, como Caeté (MG), com 38 mil moradores, o gasto mensal gira em torno de R$ 90 mil, e em Araranguá (SC), de 72 mil habitantes, o valor anual chega a R$ 3,9 milhões.

Algumas cidades, como Vargem Grande Paulista (SP), adotaram um modelo em que empresas pagam uma taxa em substituição ao vale-transporte, ajudando a redistribuir os custos.

Efeito pandemia

A política de passe livre no transporte público ganhou maior força no Brasil da pandemia para cá. Até 2020, apenas 42 municípios ofereciam o benefício. O trabalho em casa mudou hábitos de consumo e mobilidade dos brasileiros. Muitas pessoas passaram a privilegiar as compras online e trabalhar de casa, por exemplo. Outras preferiram trocar os solavancos dos ônibus pela comodidade do transporte individual por aplicativos.  

Em entrevista à BBC Brasil, o pesquisador Daniel Santini, autor de livros sobre o tema, aponta três fatores centrais para essa expansão. O primeiro é de ordem econômica: a queda no número de passageiros, agravada pela pandemia e pelo crescimento do transporte por aplicativo, expôs a fragilidade do modelo que remunera empresas por usuário transportado.
Tarifa Zero em Caucaia

Segundo Santini, a tentativa das empresas de compensar a perda de receita elevando tarifas ou reduzindo a oferta de ônibus gera um efeito reverso. Mais usuários abandonam o sistema, criando um ciclo de queda e tornando o serviço ainda mais insustentável. Nesse contexto, até mesmo empresários passaram a apoiar a ampliação de subsídios e, em alguns casos, a adoção da tarifa zero em que o poder público cobre integralmente os custos.

O segundo fator é político, avalia. A gratuidade tem forte apelo popular e tende a garantir apoio eleitoral. A permanência da política, mesmo com mudanças de governo, reforça seu sucesso. De acordo com Santini, mais de 96% das cidades que adotaram a tarifa zero mantiveram a medida.

O terceiro efeito, perceptível em várias cidades, é prático: há aumento significativo no uso do transporte público, estímulo ao comércio local, maior arrecadação de impostos e melhoria no acesso da população a serviços essenciais como saúde e cultura.

Impacto no serviço

A mais recente Pesquisa de Mobilidade da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada em dezembro, revela que 58% da população das cidades com tarifa zero aprovam a gratuidade universal. Outros 28,7% preferem que o benefício seja direcionado a grupos específicos. Sobre os impactos, 56,7% notaram aumento na lotação dos ônibus, e as opiniões sobre a qualidade do serviço estão divididas: 34,8% acham que melhorou, enquanto 36,8% discordam.

A insatisfação com a segurança, o conforto e o preço das tarifas, além da expansão dos aplicativos de transporte individual, têm impulsionado um movimento silencioso: entre 2017 e 2024, 29,4% dos usuários deixaram de utilizar o transporte público, e 27,5% passaram a usá-lo com menos frequência. As principais queixas são falta de conforto (28,7%), horários rígidos (20,7%) e longos tempos de viagem (20,4%).

Apesar de 52,7% da população depender exclusivamente de ônibus, o sistema ainda sofre com falta de infraestrutura. Segundo a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), o Brasil precisa de 8.900 km adicionais de faixas exclusivas e corredores BRT para atender à demanda nas grandes cidades. Ainda assim, 60,7% dos passageiros aprovam essas soluções.

Emenda constitucional

Na Câmara, tramita a PEC 25/23, da deputada Luiza Erundina (Psol-SP), que propõe a criação do Sistema Único de Mobilidade (SUM). A proposta prevê transporte coletivo gratuito como direito constitucional, estruturado em diretrizes como universalidade, descentralização e financiamento solidário.

A ideia é criar condições de financiamento para bancar os custos do transporte da população, sem cobrança de tarifa do usuário, em todo o país, a exemplo do que ocorre com o Sistema Único de Saúde (SUS). Para garantir a sustentabilidade financeira do sistema, a proposta estabelece que o SUM será custeado por meio de percentuais definidos dos orçamentos públicos das três esferas de governo, além de uma nova contribuição pelo uso do sistema viário. 

A PEC recebeu parecer favorável do relator, deputado Kiko Celeguim (PT-SP), na Comissão de Constituição e Justiça em dezembro de 2023, mas não foi incluída na pauta de votações no ano passado. 

Informações: Congresso em Foco

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Prefeitura de Campinas publica minuta de edital para consulta pública e inicia licitação do transporte coletivo

A Prefeitura de Campinas disponibiliza, para a Consulta Pública, o edital para a licitação da concessão do transporte público coletivo convencional. A minuta será publicada no site da Secretaria de Transporte de Campinas (Setransp), na próxima quarta-feira, dia 02 de abril. O endereço eletrônico é o: https://campinas.sp.gov.br/secretaria/transportes/pagina/consulta-publica-da-licitacao-do-transporte-2025-. A minuta também poderá ser acessada no site da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), em www.emdec.com.br/novotransporte.

"A modernização do transporte público é uma prioridade da nossa gestão, e a publicação do edital representa um marco importante para oferecer um serviço mais eficiente, acessível e de qualidade para a população. Sabemos que o sistema atual enfrenta desafios e que os usuários merecem um transporte coletivo mais pontual, confortável e seguro", enfatiza o prefeito Dário Saadi.

O “Comunicado de Consulta Pública” foi publicado no Diário Oficial do Município desta segunda-feira, dia 31 de março, na página 05.

Um Grupo Técnico Multisecretarial – formado por representantes da Emdec e das secretarias municipais de Transportes, Administração e Procuradoria-Geral do Município – consolidou a redação do edital contemplando as principais sugestões recebidas durante as 11 audiências públicas, realizadas em dezembro de 2024. Também participaram da elaboração do texto a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) e a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), que colaboraram com o apoio técnico.

A partir da disponibilização da minuta para a consulta, ela ficará disponível por um período de 92 dias, do dia 02 de abril até o dia 02 de julho de 2025. Após esse intervalo, o edital é consolidado com as sugestões pertinentes e publicado. Então são 45 dias úteis para que as empresas, ou consórcios, interessados na licitação elaborem as propostas. Terminado esse prazo, os envelopes são abertos.

A disponibilização da minuta do edital da concessão do transporte coletivo está dentro do cronograma de realizações dos primeiros 100 dias da nova gestão do prefeito Dário Saadi.

O que prevê o edital
A licitação contempla a concessão de dois lotes do sistema de transporte público coletivo convencional: Lote 1 (regiões Norte, Oeste, Noroeste); e Lote 2 (regiões Leste, Sul, Sudoeste). Cada lote terá três áreas operacionais, totalizando seis. O prazo de concessão é de 15 anos. O vencedor é aquele que apresentar a melhor oferta pelos lotes e a menor tarifa de remuneração. É obrigatória a constituição de uma SPE (Sociedade de Propósito Específico) e admitida a participação de empresas em regime de consórcio. O início da operação deve ocorrer em até 180 dias após a emissão da ordem de serviço.

A licitação prevê frota elétrica de 60 ônibus, sendo 10 veículos incorporados por ano (cinco por lote), com crescimento escalonado entre o primeiro e o sexto ano de vigência do contrato de concessão. Ainda há a possibilidade de ampliar a frota eletrificada, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com o financiamento para aquisição de outros 256 ônibus elétricos.

Além dos ônibus convencionais e da operação do BRT (Bus Rapid Transit; Ônibus de Trânsito Rápido), a execução do PAI-Serviço também foi incorporada na licitação.

O Sistema de Arrecadação e Remuneração (Bilhetagem Eletrônica) terá o Poder Público participando, de maneira mista, junto com as novas operadoras e a Emdec. E a remuneração, para as operadoras, será atrelada ao desempenho operacional e qualidade dos serviços prestados. Também ocorreu a atualização de todos os índices financeiros que impactam nos custos do sistema de transporte coletivo, como insumos e mão de obra, por exemplo; além da demanda de passageiros.

A população é beneficiada com ônibus novos, mais confortáveis, silenciosos e menos poluentes. Os veículos que entrarem em operação, ao longo do contrato, terão ar-condicionado, Wi-fi, tomadas USB, câmeras CFTV, GPS e terminal de computador de bordo. Também haverá mais informação aos usuários, confiável e em tempo real. Menos tempo de espera nos pontos, estações e terminais. E viagens mais rápidas.

Os investimentos em frota de novos veículos serão da ordem de quase R$ 1 bilhão, em cinco anos; totalizando R$ 2 bilhões em 15 anos. E o valor total do contrato de concessão, no período de 15 anos, é de cerca de R$ 11 bilhões.

Audiências públicas
Entre os dias 9 e 20 de dezembro do ano passado (2024), a Setransp, com o apoio da Emdec, realizou 11 audiências públicas, para debater a concessão do transporte coletivo com a população. Os encontros foram nas seguintes regiões: Central, Barão Geraldo, Padre Anchieta, Campo Belo / Jardim Fernanda, Swift, Londres, Sousas, Vida Nova, Amarais, Jardim Morumbi e Satélite Íris. Cerca de 520 pessoas participaram dos 11 encontros.

A Setransp, com o apoio da Emdec, também realizou audiências públicas, sobre a licitação, para o Conselho Municipal de Mobilidade Urbana (CMMU); e para os conselhos municipais do Idoso (CMI) e da Pessoa com Deficiência (CMPD).

Todas as dúvidas e sugestões apresentadas pela população foram esclarecidas pelos representantes da Secretaria e da Emdec, durante os encontros. A maioria das reuniões foi gravada e transmitida nas redes sociais da Emdec. As íntegras das gravações ficaram disponíveis para solicitação do Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado.

Histórico
Na gestão do prefeito Dário Saadi, a primeira publicação do edital para a concessão do transporte coletivo convencional ocorreu em dezembro de 2022. A consolidação foi precedida por uma série de etapas de participação popular, que incluiu a realização de 11 audiências públicas (entre abril e maio de 2022) e uma sessão pública, com a participação da sociedade. Também houve a disponibilização da minuta de edital para consulta pública, por um período de 90 dias (entre agosto e novembro de 2022), atendendo recomendação do Ministério Púbico.

Em julho de 2023, o novo edital e anexos foram publicados no Diário Oficial. A sessão de abertura dos envelopes com propostas ocorreu em 20 de setembro de 2023, mas foi declarada deserta, porque nenhuma empresa apresentou oferta para a concessão. A Administração municipal decidiu abrir, em outubro de 2023, a segunda consulta pública para receber sugestões que pudessem contribuir com o processo. Foram 131 manifestações recebidas.

Em junho de 2024 foi nomeado, pela Administração municipal, um Grupo de Trabalho Intersecretarial, para conduzir a nova licitação do transporte coletivo. O Grupo é formado por técnicos da Setransp; Emdec; e das secretarias de Finanças, de Administração e Procuradoria-Geral do Município; com o apoio da FIPE e da ANTP.

Em dezembro de 2024 foram realizadas 11 audiências públicas, para apresentação, à população, da nova proposta de edital.

Todas as informações sobre a nova concessão do transporte coletivo ficam disponíveis no site da Emdec, em www.emdec.com.br/novotransporte; ou da Secretaria de Transporte, em https://campinas.sp.gov.br/secretaria/transportes/pagina/consulta-publica-da-licitacao-do-transporte-2025-. O conteúdo que foi apresentado nas audiências também pode ser acessado no hotsite.

Informações: EMDEC

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Pesquisa revela desafios do transporte público no Brasil

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

A terceira edição da Pesquisa Mobilidade da População Urbana, realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em parceria com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), revela um cenário de desafios para o transporte público no Brasil. Com base em entrevistas realizadas com 10.064 pessoas em 2024, o levantamento aborda os principais fatores que influenciam a escolha dos modais de transporte e aponta direções para o futuro do setor.

A pesquisa evidenciou o impacto da pandemia na mudança de hábitos e deslocamentos, destacando o crescimento do transporte individual e a redução no uso do coletivo. Entre 2017 e 2024, 29,4% dos entrevistados deixaram de utilizar o transporte público, enquanto 27,5% diminuíram sua frequência. A perda de passageiros está diretamente relacionada a questões como conforto insuficiente (28,7%), falta de flexibilidade dos serviços (20,7%) e tempo elevado de viagem (20,4%).

O transporte público também enfrenta desafios relacionados à infraestrutura e ao financiamento. Apesar de 52,7% dos usuários utilizarem o ônibus como única opção de transporte, o modelo atual sofre com a falta de priorização. Dados do levantamento mostram que 60,7% dos passageiros aprovam linhas com faixas exclusivas ou sistemas BRT, que oferecem maior eficiência e qualidade. No entanto, o Brasil ainda necessita de 8.900 km adicionais de infraestrutura para atender adequadamente aos passageiros nas grandes cidades, segundo estimativas da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP).

Outro ponto de destaque é o aumento na posse de veículos individuais. Entre 2017 e 2024, o percentual de entrevistados que possuem carro próprio subiu para 51,8%, enquanto a posse de motos atingiu 20,8%. Esse crescimento é mais expressivo nas classes B e C, refletindo políticas de incentivo fiscal e isenções tributárias para o transporte individual, mas resultando em impactos negativos como aumento do congestionamento e maior poluição. As emissões poluentes dos ônibus (urbanos, rodoviários e de fretamento) representam apenas 0,8% do total das emissões do país, segundo cálculo baseado em informações do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases, do Observatório da China.

Soluções em transporte público
Entre as medidas citadas para reverter a queda na demanda por transporte público está a redução ou eliminação das tarifas. A pesquisa aponta que 69,6% dos que abandonaram o ônibus voltariam a utilizá-lo caso o preço fosse reduzido. Além disso, quase 80% dos deslocamentos de ônibus no país são realizados por usuários das classes C e D/E, para os quais a tarifa zero pode representar uma melhoria significativa na renda mensal e inclusão social.

Para Rubens Fernandes, diretor executivo da Associação Valeparaibana das Empresas de Transportes de Passageiros (Busvale), o diálogo regional é fundamental para avançar em soluções práticas. “No Vale do Paraíba, estamos visitando pessoalmente prefeitos eleitos, secretários de mobilidade urbana, representantes nas câmaras municipais e outros agentes públicos para reforçar a importância do transporte coletivo. Nosso objetivo é aumentar o diálogo e conscientizar sobre os benefícios de um sistema integrado e acessível para a população.”

A Busvale também destaca o papel essencial de políticas públicas alinhadas. Manoel Adair, presidente da associação, enfatiza que o trabalho conjunto entre os setores público e privado é indispensável. “A sustentabilidade do transporte público exige ações coordenadas. Investir em infraestrutura, subsídios operacionais e políticas que priorizem o transporte coletivo são passos fundamentais para garantir um serviço de qualidade e acessível para todos.”

A CNT e a NTU reforçam que a solução para os problemas do transporte público depende de uma abordagem integrada. Políticas como escalonamento de horários, ampliação de corredores exclusivos e maior transparência na gestão são consideradas essenciais para fortalecer o sistema.

Os resultados da pesquisa reforçam a necessidade de priorizar o transporte coletivo como pilar para a mobilidade sustentável e o desenvolvimento das cidades brasileiras.

Informações: TVT News

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Tarifa de ônibus em Belo Horizonte passa a custar R$ 5,75

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

As tarifas do Serviço de Transporte Coletivo de Belo Horizonte foram reajustadas neste dia 01. O valor da passagem varia de R$ 2,75 (linhas curtas) a R$ 5,75 (linhas convencionais). As 12 linhas que circulam nas vilas e favelas continuarão gratuitas, beneficiando cerca de 200 mil pessoas que utilizam esses ônibus mensalmente. A Prefeitura de Belo Horizonte ressalta que o reajuste é necessário para a continuidade dos investimentos no transporte público e melhoria dos serviços.

Conforme determina a Lei 11.458/2023, a Superintendência de Mobilidade (Sumob) deve calcular o custeio do sistema para o ano seguinte, com base no método da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP). Essa análise considera variáveis como combustível, lubrificante, pneus, peças e acessórios. Também são consideradas as despesas com pessoal, licenciamento, depreciação e remuneração da frota e tributos.

Cálculos realizados pela Sumob mostram que, levando-se em conta o custo operacional do sistema, a tarifa predominante deveria chegar a R$ 9,40. No entanto, para reduzir o impacto nos gastos do usuário do transporte público, o complemento do valor continuará sendo custeado pela PBH, seguindo o que estabelece a Lei 11.458/2023.

Dessa forma, a lei orçamentária aprovada na Câmara Municipal de Belo Horizonte prevê o repasse de R$ 518,2 milhões às operadoras de transportes – desde que seguidas as condicionantes previstas na legislação. Entre elas, o cumprimento do quadro de horários e viagens e a qualidade dos ônibus. O modelo de remuneração, adotado em 2023, prevê o pagamento por quilômetro rodado.  

O último reajuste ocorreu em 29 de dezembro do ano passado – depois de quatro anos com o valor congelado –, quando a tarifa predominante foi fixada em R$ 5,25.

Cartão BHBUS

Os créditos eletrônicos do Cartão BHBUS Vale-Transporte, adquiridos até 31 de dezembro deste ano, terão o valor de compra mantido até a utilização. Os portadores do Cartão BHBUS Usuário, com créditos adquiridos até 31 de dezembro de 2024, poderão utilizá-los até 45 dias após a data do reajuste, com cobrança da tarifa antiga, podendo ainda ser trocados por créditos eletrônicos de um novo lote, sem qualquer ônus para os usuários.

O usuário também pode revalidar os créditos nesse período para a nova tarifa, sem qualquer ônus. Atualmente, mais de 87% dos usuários utilizam crédito eletrônico como meio de pagamento da tarifa.

Informações: Prefeitura de Belo Horizonte

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Faixa exclusiva para ônibus vai ligar Terceira Ponte a terminal em Cariacica

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

O governo do Estado estuda interligar a faixa exclusiva de ônibus da Terceira Ponte com novas faixas destinada aos coletivos que devem ser implementadas entre Vila Velha e Cariacica.

A intervenção faz parte do Expresso GV, projeto anunciado pelo Governo do Estado. A ideia é que as faixas exclusivas para ônibus do Sistema Transcol interligue os terminais de Vila Velha, do Ibes e de Jardim América, em Cariacica.

Segundo o secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Damasceno, o trecho do Terminal de Vila Velha até a Glória, passando pelo Canal Bigossi, será executado pela Prefeitura de Vila Velha, e da Glória passando pelo Terminal do Ibes até o Terminal de Jardim América, será feito pelo Estado.

Além disso, o projeto também prevê uma reestruturação da Avenida Carlos Lindenberg, com construção de ciclovia, além de novas alças de acesso e descida na Segunda Ponte. A expectativa é que as obras sejam licitada a partir de 2025.

"Haverá uma canaleta central para a passagem dos ônibus, fora do trânsito comum. Vamos reformar as calçadas, a iluminação, e as estações de ônibus. O Governo do Estado fará a construção de quase oito quilômetros de novas vias. Teremos um aporte financeiro de R$ 260 milhões, através de um financiamento feito pelo BNDES", afirmou.

O secretário afirmou ainda que a Prefeitura de Vila Velha vai realizar um aporte financeiro de R$ 140 milhões, e que durante as obras nenhuma via será interditada.

A apresentação do projeto foi realizada durante a 119ª Reunião do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Mobilidade Urbana, evento promovido pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), em pareceria com a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), que aconteceu pela primeira vez no Estado, entre quarta-feira (4) e sábado (7).

Integração com outras cidades
Fábio Damasceno apontou ainda que há um estudo sendo feito, com todas as prefeituras que utilizam o Sistema Transcol, para integrar as bicicletas elétricas, recém inauguradas em Vila Velha, ao sistema de ônibus, e unificar a tarifa paga pelos serviços.

"Buscamos integrar o sistema de mobilidade do Transcol com uma tarifa única. Você vai poder fazer um trecho da sua viagem de bicicleta, entrar no ônibus e depois no aquaviário, e tudo isso pagando uma única passagem, porque a tarifa estará integrada", disse.

Ciclovia da vida irá até Setiba e aquaviário ganhará três novos terminais
O secretário também explicou que a Ciclovia da Vida, que atualmente cruza a Terceira Ponte, será interligada até Setiba, bairro de Guarapari. A Prefeitura de Vila Velha já anunciou a construção de uma orla ligando Itaparica até a Barra do Jucu.

Além disso, o aquaviário receberá três novas estações, uma no Centro de Vitória, na Praça Pio XII, uma no antigo terminal Dom Bosco, e uma na Rodoviária de Vitória.

A equipe do Folha Vitória também indagou o secretário de mobilidade e infraestrutura se as estruturas das antigas cabines do pedágio da Terceira Ponte serão demolidas ou permanecerão no local. 

Fábio Damasceno afirmou que as estruturas não serão destruídas, porque existem para proteger o pilar da cobertura, e conduzir o trânsito.

Informações: Folha Vitória

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