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Os Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) estão chegando com força

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Uma expansão da malha de trilhos urbanos, metropolitanos e entre cidades no Brasil – que está em gestação e começará a se concretizar em pouco tempo – promete trazer pelo menos uma dúzia de novos sistemas de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT). Até onde se podia ver na primeira quinzena de junho de 2025, a implantação desses sistemas, uma vez integralmente efetivada, significará mais 367,58 quilômetros desse tipo de transporte rápido, eficiente, sustentável e estruturante em diferentes cidades do país.

Atualmente, há dez sistemas de VLT, totalizando 281,46 km, que atendem passageiros em mais de 20 grandes e médias cidades. Parte dessa rede corresponde a antigos sistemas de trens criados no fim do século XIX e início do século XX, que chegaram ao século XXI transformados em trens suburbanos, e mais recentemente foram reconfigurados, passando a operar com composições de VLT.

Os sistemas de VLT em operação atendem ao Rio de Janeiro, as cidades paulistas de Santos e São Vicente, na Baixada Santista; os municípios cearenses de Fortaleza, Caucaia, Sobral, Juazeiro do Norte e Crato. Também são atendidas por VLT as cidades de Maceió, Satuba e Rio Largo, em Alagoas; Santa Rita, Bayeux e João Pessoa, na Paraíba; Recife, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco; Natal, Parnamirim, Ceará-Mirim, Extremoz e São Jose Mipibu, no Rio Grande do Norte, e Teresina, capital do Piauí.

Os Futuros Sistemas
No Distrito Federal, se busca a implantação de uma linha de VLT em Brasília, com 22 km. Em Salvador, capital da Bahia, prosseguem as obras de construção do VLT que correrá no espaço deixado pelo subúrbio ferroviário, dividido em três trechos e totalizando 36,38 km. 

No Paraná, o governo avalia um VLT entre Curitiba e São José dos Pinhais (26 km). O governo de Santa Catarina anunciou em fevereiro de 2025 a contratação de estudos sobre um sistema de VLT que ligaria a capital, Florianópolis, a cidades de seu entorno, como Santo Amaro da Imperatriz, Palhoça, Jurerê, Canasvieiras e São José.

No Sudeste
Em 2024, foi inaugurada a Linha 4-Laranja do VLT Carioca (5,1 km e 11 paradas), ligada ao terminal Gentileza. Em operação desde junho de 2016, o VLT Carioca conta com quatro linhas em funcionamento e cerca de 28 km de extensão. Trata-se de um sistema que conecta pontos estratégicos da cidade, promovendo integração com metrô, trens, barcas, ônibus urbanos e intermunicipais, BRT e o aeroporto Santos Dumont. O VLT Carioca opera com uma frota de 32 composições, cada uma com capacidade para até 420 passageiros.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse ter interesse em transformar dois sistemas de BRT (Bus Rapid Transit), operados com ônibus, em VLT. São eles o TransOeste, com 62,5 km, e o TransCarioca, com 43 km. Pensa-se ainda na implantação do VLT da Zona Sul, que teria extensão de 12 km.

Ainda no estado do Rio de Janeiro, está em exame o chamado VLT de Niterói, ligando o bairro do Barreto ao Centro da cidade, com potencial de extensão até Charitas. A extensão total do sistema deverá ser de 11,4 km, sendo que a primeira etapa terá cerca de 5 km e nove estações.

O governo capixaba estuda um sistema de VLT interligando a capital, Vitória, a Vila Velha, com extensão total de 34,8 km; uma das linhas com extensão proposta de 25,5 km, outra com 7,8 km e a terceira com 1,5 km.

Projetos Paulistas
Em território paulista, estuda-se o VLT de Campinas, com 44 km, 18 estações, ligando o centro ao aeroporto de Viracopos e cidades vizinhas; este sistema terá conexão com o Trem Intercidades Eixo Norte, a nova ligação ferroviária com a capital, já licitada. Também está em exame o VLT entre as cidades de Sorocaba e Iperó, com 25 km de extensão, integrado ao Trem Intercidades Eixo Oeste, este, com leilão previsto para acontecer no último trimestre de 2025.

A futura Linha 14 do sistema de trilhos da região metropolitana de São Paulo deverá ter 41 km, 23 estações e 41 carros de VLT com capacidade para 600 passageiros cada um e intervalo médio de cinco minutos.

Há propostas para implantação de dois sistemas de VLT no centro de São Paulo, com 12 km de extensão no total, integrados a projetos de revitalização urbana. Outra ideia é o VLT Barra Funda-Mandaqui, com 8 km – projeto elaborado por diferentes entidades e sugerido às autoridades.

Na Baixada Santista, o sistema de VLT segue em expansão: o primeiro trecho (Barreiros-Porto de Santos), com 11,5 km, foi entregue em 2017. O segundo (Conselheiro Nébias-Valongo, 8 km) está em obras. O terceiro (Barreiros-Samarita, 7,5 km) está previsto para ser iniciado em breve.

Estudo Nacional
A articulação institucional em torno da mobilidade urbana ganhou novo impulso com o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), conduzido desde 2024 pelo ministério das cidades e pelo BNDES. A iniciativa visa mapear as demandas e oportunidades de transporte de média e alta capacidade nas 21 maiores regiões metropolitanas do país.

Levantamento preliminar divulgado em março de 2025 apontou cerca de 400 projetos em potencial, abrangendo trens, metrôs, sistemas de VLT e BRTs. Estima-se que, para viabilizar esse conjunto, seriam necessários investimentos superiores a R$ 600 bilhões. Os dados ajudarão a estruturar a Estratégia Nacional de Mobilidade Urbana e devem alimentar a carteira de projetos do Novo PAC.

A ideia é identificar projetos prioritários, de modo que o ministério das cidades possa contribuir com os investimentos necessários, o que inclui tanto o financiamento de obras quanto o apoio à elaboração e estruturação de projetos de mobilidade urbana.

Informações: Canal Technibus

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Metrô de Salvador será ampliado com recursos do Novo PAC

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Em Salvador nesta segunda-feira (9), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, participou ao lado do governador Jerônimo Rodrigues do ato de assinatura que autoriza a publicação do edital de licitação para as obras do Tramo IV do Sistema Metroviário Salvador–Lauro de Freitas. A obra está entre os investimentos do Novo PAC Seleções na capital baiana, no valor de R$ 1,518 bilhão.

“Essa extensão do metrô vai ligar a estação da Lapa até uma nova estação subterrânea, que ficará na praça do Campo Grande”, explicou. “Será um sucesso porque toda população será beneficiada, sejam moradores da região, da Vitória, do Garcia, do Canela, do Campo Grande, de Politeama, e também quem trabalha, quem vai para a universidade, quem está indo pra escola, no hospital ou fazer exame numa clínica. Ou seja, teremos usuários da cidade inteira”, acrescentou Rui Costa.

O ministro lembrou que o metrô de Salvador opera há 11 anos, com "absoluto sucesso. É um modelo de referência para o país. Nós estamos remodelando outros metrôs existentes no Brasil, como em Recife e Fortaleza, para ficar tão eficiente quanto o de Salvador", afirmou.

Com o novo trecho de 1,5 km, o metrô de Salvador chegará a quase 40 km de extensão. O projeto inclui ainda o acréscimo de novos trens, “para manter o intervalo curto entre um trem e outro e aumentar a qualidade do serviço”, explicou o ministro. A previsão é que as obras tenham início no primeiro semestre de 2026. O investimento total do Governo Federal chega a R$ 2,134 bilhões.

Durante o ato, também foi autorizado pelo Governo do Estado o lançamento do edital para a aquisição de 10 novos trens que irão operar no novo trecho do metrô, ligando a Estação da Lapa à futura Estação Campo Grande e ampliando a malha de transporte na capital baiana e região metropolitana.

Investimentos pelo Brasil

O ministro Rui Costa falou ainda sobre os investimentos do Novo PAC na mobilidade urbana de outras capitais, focados na modernização dos sistemas metroviários.

“Já estamos concluindo os estudos de mobilidade urbana para a modernização do metrô de Natal, de Maceió, de Recife e Porto Alegre. Em São Paulo, nós participamos com a extensão de várias linhas, inclusive do chamado Trem Intercidades, que vai ligar a cidade de Campinas à capital e será o mais rápido do Brasil, com velocidade de 140 quilômetros por hora”, detalhou o ministro.

Informações: Governo Federal

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Linha leste do metrô de Fortaleza tem primeiro túnel concluído

quarta-feira, 14 de maio de 2025

O primeiro túnel da linha leste do metrô de Fortaleza foi concluído nesta segunda-feira (12). O Governo do Estado informou que a tuneladora TBM 02, popularmente conhecida como “tatuzão”, rompeu a parede diafragma da futura estação Colégio Militar. O trecho, de 1.734 metros, vai até a Estação Chico da Silva, no bairro Centro.

“A chegada da tuneladora à futura estação Colégio Militar representa um marco para essa obra tão importante para a mobilidade urbana de Fortaleza. A Linha Leste será a primeira linha de metrô totalmente subterrânea do Nordeste e a primeira escavada com tuneladoras, o que reforça o pioneirismo do Ceará na infraestrutura de transporte da região”, destacou o secretário da Infraestrutura do Ceará, Hélio Winston Leitão.

Com 120 metros de comprimento e pesando mais de 1.000 toneladas, a TBM 02, que está localizada a aproximadamente 30 metros de profundidade, foi responsável por implantar 1.156 anéis de concreto (as chamadas “aduelas”) nas paredes do túnel, que possui seis metros de diâmetro. As obras são executadas pela Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra).

Após a conclusão, a linha leste terá capacidade para movimentar aproximadamente 150 mil pessoas por dia, conforme o governo. O trajeto total terá 7,3 km de extensão e contará com cinco estações: Tirol – Moura Brasil, Chico da Silva, Colégio Militar, Nunes Valente e Papicu.

Após chegar ao Colégio Militar, a TBM 02 passará por um processo de manutenção, que vai durar aproximadamente três meses. Na sequência, o equipamento volta a escavar em direção à futura estação Nunes Valente. A previsão, de acordo com o titular da Seinfra, é que a tuneladora chegue ao local até o final de 2025.

Com o avanço das obras da linha leste, a liberação do tráfego de veículos em alguns trechos da Avenida Santos Dumont acontecerá de forma gradual. O trecho bloqueado, entre as ruas Nunes Valente e Tibúrcio Cavalcante, no bairro Aldeota, conta com previsão de liberação em julho deste ano.

No que diz respeito à Estação Colégio Militar, a estimativa é de que seja feita uma liberação parcial do tráfego de veículos em julho de 2026, no trecho que se encontra interditado entre as ruas Dona Leopoldina e Nogueira Acioli.

Informações: g1 CE

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Transporte de passageiros sobre trilhos economizou cerca R$ 12 bilhões no Brasil em 2024

domingo, 4 de maio de 2025

O setor metroferroviário brasileiro vem em uma crescente nos últimos anos, com novos investimentos e projetos. Esse impulso está exposto no Balanço Metroferroviário da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), que revelou o aumento do número de passageiros e uma economia de R$ 11,7 bilhões com transporte no Brasil.

Conforme o balanço, anunciado durante a Intermodal, que ocorreu entre os dias 22 e 24 de abril, em São Paulo, os sistemas urbanos de transporte de passageiros sobre trilhos transportaram 2,57 bilhões de pessoas ao longo do ano, crescimento de 3,6% em relação a 2023. Se, por um lado, as pessoas utilizaram mais trens, metrôs e VLTs (Veículo Leves sobre Trilhos), a redução da circulação de veículos individuais e ônibus permitiu uma economia de aproximadamente R$ 12 bilhões. Somado a isso, é pertinente supor que houve queda nos gastos com manutenção de vias.

Além disso, 2,4 milhões de toneladas de poluentes não foram emitidos. Esse dado vai ao encontro do estudo ‘Situação Global do Transporte e Mudança Climática Global’, publicado durante a COP-24, em 2018. Neste relatório, consta que os trens, principalmente os cargueiros a diesel, são os menos poluentes entre os modais. O transporte sobre trilhos seria responsável por apenas 3% das emissões de CO2, enquanto os carros de passeio seriam responsáveis por 45%.

Aliás, o balanço da ANPTrilhos levantou que o uso de transporte metroferroviário para passageiros reduziu o consumo de 1,2 bilhão de litros de combustíveis fósseis. Já no quesito bem-estar, os modais que funcionam sobre trilhos permitiram uma economia de 1,5 bilhão de horas no transporte diário.

O tamanho do transporte de passageiros sobre trilhos no Brasil
Para a ANPTrihlos, 2024 foi um ano marcado por avanços importantes no setor. Por exemplo, a operação da Linha 4-Laranja do VLT do Rio de Janeiro e a expansão do Metrô de Teresina. Até o fim do ano de 2024, a malha metroferroviária brasileira somava 1.137,5 km.

Além disso, o balanço ressalta a concessão do Trem Intercidades (TIC) São Paulo-Campinas e os avanços nos sistemas metroferroviários de São Paulo e Belo Horizonte como pontos positivos do ano.

Ao longo do ano, o setor inaugurou três estações de embarque e desembarque de passageiros: a Estação Várzea Nova (Trens Urbanos de João Pessoa), a Estação Colorado (Metrô de Teresina) e o Terminal Gentileza, que, além de atender o VLT Carioca, integra outros dois modos de transporte. Por outro lado, houve desativação da Estação Mutange do Trens Urbanos de Maceió.

Ao total, o Brasil conta com 21 sistemas de transporte urbano de passageiros sobre trilhos, localizados em 12 unidades federativas e 15 regiões metropolitanas. São 73 municípios atendidos, com cerca de 8,1 milhão de passageiros por dia. Esses usuários utilizam 49 linhas de metrô, trens urbanos, VLT, Monotrilho e AMP (Automated People Mover).

Para isso, percorrem 633 estações, administradas por 16 empresas. Nove delas são concessionárias e sete empresas públicas. Apenas duas gestões de sistema ficam no âmbito federal: Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb).

Tamanho das linhas
Em 2024, a Linha 4-Laranja do VLT do Rio de Janeiro acrescentou 0,4 km de trilhos. Somado à expansão do Metrô de Teresina, com mais 2,5 km, a malha ferroviária para passageiros fechou o ano com mais 2,9 km. Entretanto, a revisão dos dados de outros sistemas mexeu na somatória dos quilômetros de trilhos brasileiros. Em Brasília, o metrô saiu dos 39,10 km para 42,38 km. Já o Metrô de Teresina foi de 13,6 para 13,5 km. A maior redução foi percebida no VLT do Rio Janeiro, de 13,1 para 11,1 km.

Portanto, dos 1.137,5 km de malha metroferroviário brasileira, os metrôs têm 310,8 km distribuídos em 16 linhas e os trens urbanos têm 536,0 km em 15 linhas.

Passageiros do transporte sobre trilhos no Brasil

Os passageiros do transporte metroferroviário no Brasil atingiram uma média diária de 8,61 milhão de pessoas em 2024. Isso representa uma alta de 420 mil passageiros por dia. Conforme o balanço do setor, 73,4% dos passageiros usam o transporte para ir trabalhar. Dos usuários, 55,2% tem entre 20 e 39 anos e 51,2% são do gênero feminino.

Apesar do aumento no número de passageiros, alguns Estados apresentam quedas significativas. No Rio Grande do Sul, o reflexo das enchentes que afetaram a região no primeiro trimestre de 2024 levou a uma queda de 34% no volume de passageiros.

Na mesma toada, a Paraíba continuou em queda, situação já identificada em 2023. Apesar da redução ser menos, de 27,1% para 20%, o sistema ainda enfrenta desafios para atrair usuários. Em Pernambuco, a queda saiu de 10,8% para 6,9%, entre 2023 e 2024. Conforme a ANPTrilhos, essa redução está associada diretamente a problemas operacionais, como cancelamento e atrasos.

Já no Rio de Janeiro, o registro de redução foi menos, de 3,5% para 1,2% de queda. No caso carioca, a associação explica que o principal causador da redução é o aumento da tarifa e a força do subsídio municipal no sistema de ônibus.

Por outro lado, o Distrito Federal, que havia registrado crescimento no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, apresentou, no acumulado do ano, pequena oscilação negativa no acumulado do ano. De 2,2% de crescimento em 2023 para 0,9% de queda em 2024. Entretanto, no Piauí, a recuperação foi expressiva, com reversão do cenário anterior, de -20% para +30%.

Oferta de lugares caiu
O que também impacta a aderência no sistema de transporte sobre trilhos é a oferta de lugares. Em 2023, a ANPTrilhos identificou que haviam 5,4 bilhões, já em 2024, o número caiu para 5,2 bilhões. Isso fica perceptível no número de carros, que registrou queda de 1,8%, chegando a 4.790. Apesar disso, o índice de previsibilidade nos sistemas cresceu, de 98,6% para 98,8%.

Funcionários do setor metroferroviário
O setor metroferroviário fechou 2024 com 39,7 mil empregados, uma queda de 6,9% em relação a 2023. A principal redução foi no quadro de funcionários com vínculo empregatício, que saiu de 30,5 % para 28,4%. Entretanto, a quantidade de terceirizados cresceu, de 10,2% para 11,3%.

De acordo com o balanço, a participação feminina se manteve, com 22% do quadro das contratações.

Transporte regional

Apesar do potencial do transporte sobre trilhos regionais, o Brasil só contêm dois sistemas desse tipo. As linhas em operação são: Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM) e Estrada de Ferro Carajás (EFC), ambas operadas pela Vale.

Juntas, essas linhas transportaram 1,2 milhão de passageiros em 2024, conforme dados da companhia. A EFVM tem 584 km e apresentou crescimento no número de passageiros de 742 mil em 2023 para 836 mil em 2024.

O aumento também ocorreu na EFC, com 892 km. A linha saiu dos 399 mil passageiros em 2023 para 423 mil em 2024.

Crescimento da rede de transporte de passageiros sobre trilhos
Apesar dos números positivos de 2024, o setor ainda precisa avançar. É consenso para aqueles que trabalham com o sistema metroferroviário que o investimento público é essencial para avançar. Entretanto, a capacidade de investimentos municipais, estaduais e federais é pequena, em relação à demanda. Por isso, as parcerias público-privadas são vistas como a alternativa viável para buscar a transição energética e solução dos problemas de mobilidade urbana.

Está previsto para lançamento o Plano Nacional Ferroviário, que ainda depende de alguns ajustes antes da publicação oficial. O que se sabe e espera é um plano de investimentos de cerca de R$ 100 bilhões. Disso, o governo federal deve ficar responsável de 20% a 30% do aporte financeiro. Dentro do plano, é esperado que haja autorizações para concessões e incentivos ao setor privado.

Em janeiro deste ano, o ministro dos Transportes Renan Filho anunciou que publicaria o Plano Nacional Ferroviário até fevereiro, entretanto, o texto ainda passa por revisões.

Informações: Estadão

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Metrofor inicia revalidação do cadastro de estudantes para o ano de 2025

segunda-feira, 28 de abril de 2025

Estudantes que usam o metrô em Fortaleza devem renovar o cadastro junto ao Metrofor para manter o direito à meia passagem em 2025. A renovação é gratuita e pode ser feita nas estações Benfica ou Parangaba, com os seguintes documentos: Carteira de Estudante emitida pela Etufor, documento de identidade com foto e o Cartão do Estudante usado no metrô.

A revalidação tem como objetivo comprovar que o aluno continua matriculado para mais um período letivo, garantindo assim o direito à meia tarifa. É uma forma de assegurar que o benefício seja destinado a quem realmente tem direito. Aqueles que ainda não receberam a nova identidade estudantil da Etufor devem aguardar até estarem com o documento em mãos.

A revalidação do cadastro será obrigatória a partir de 30 de junho de 2025. Após essa data, apenas os estudantes que tiverem feito a renovação terão acesso à meia passagem. Quem ainda não tiver feito a renovação poderá realizá-la a qualquer momento, já que o serviço continuará sendo prestado nas duas estações.

Quem ainda não tem cadastro pode solicitá-lo nas mesmas estações, levando a Carteira de Estudante válida e documento com foto. O Cartão do Estudante — que dará acesso à meia passagem no metrô — fica pronto em até 10 dias úteis. Confira, abaixo, os dias e horários de atendimento:

Estação Parangaba:
8h às 13h e 14h às 17h (segunda a sexta-feira).

Estação Benfica:
8h às 12h e 13h às 17h (segunda a sexta-feira).

Informações: Metrofor

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Benefícios socioambientais gerados pelo Metrofor equivalem a 81% do subsídio anual

quinta-feira, 10 de abril de 2025

A operação do metrô e dos VLTs em Fortaleza e na Região Metropolitana gerou, em 2024, benefícios sociais e ambientais que, quando monetizados, correspondem a 81,3% do subsídio público anual destinado ao transporte sobre trilhos. O cálculo consta no Relatório Socioambiental 2024, divulgado este mês no site do Metrofor.


Balanços Socioambientais
Segundo o documento, os milhares de deslocamentos por trilhos ao longo do ano resultaram em R$ 174,8 milhões em benefícios para as cidades, valor próximo dos R$ 215 milhões destinados pelo Governo do Ceará como subsídio ao transporte público sobre trilhos.

Os benefícios considerados no estudo decorrem da redução do fluxo de carros, ônibus e outros veículos rodoviários, o que contribui para a diminuição da poluição, dos acidentes e dos gastos com manutenção de vias rodoviárias, veículos e combustível; e também da economia de tempo que o deslocamento mais rápido proporciona, possibilitando mais tempo para produtividade ou lazer, favorecendo a economia e a qualidade de vida.

Para o diretor-presidente do Metrofor, Plínio Saboya Neto, tais benefícios fazem do transporte sobre trilhos a solução mais eficaz para a mobilidade da população de Fortaleza e outros centros urbanos do Ceará.

Monetização
Anualmente, técnicos calculam o impacto financeiro dos benefícios sociais e ambientais gerados pelo transporte sobre trilhos. A metodologia utilizada na monetização considera dados oficiais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), do Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE) e do próprio Metrofor.

O modelo aplicado é semelhante ao desenvolvido em 2001 pelo Metrô de São Paulo e publicado na revista da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos). O Relatório Socioambiental do Metrofor é dividido em seis categorias. Confira, a seguir, a estimativa financeira em cada uma delas:

Informações: METROFOR

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Trem Bala ligará a Cidade Maravilhosa à capital paulista em incríveis 105 minutos

domingo, 30 de março de 2025

Prepare-se para uma verdadeira revolução no transporte brasileiro! Em um futuro próximo, você poderá viajar da Cidade Maravilhosa para a capital paulista em incríveis 105 minutos, em um trem-bala que alcança impressionantes 320 km/h. O sonho de muitos brasileiros está prestes a se tornar realidade, e quem está à frente dessa gigante empreitada é Bernardo Figueiredo, CEO da TAV Brasil.

Com um orçamento colossal de R$ 60 bilhões, ele promete transformar a mobilidade no Brasil, com a construção de 417 km de infraestrutura ferroviária. Mas o que chama atenção é o preço: R$ 500 por trecho. Pode parecer caro, mas imagine o que isso representa em tempo e conforto. O projeto, que só foi viável graças à aprovação do marco legal ferroviário, será explorado pela TAV Brasil por 99 anos e começa a operar em 2032.

Além disso, paradas estratégicas em cidades como Volta Redonda e São José dos Campos prometem revolucionar ainda mais o transporte no país. Será o começo de uma nova era? 

Sob fiscalização da Agência nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o projeto da TAV Brasil foi assinado em março de 2023. A companhia terá direito de explorar a ferrovia por 99 anos.

Trem-bala circulando

A ferrovia terá extensão de 417 km e serão quatro estações próprias: São Paulo (SP), São José dos Campos (SP), Volta Redonda (RJ) e Rio de Janeiro (RJ). Além disso, estão previstas estações intermediárias em Guarulhos (SP), Jacareí (SP), Taubaté (SP), Aparecida (SP) e Rezende (RJ).

Para facilitar a mobilidade dos passageiros entre trens e metrôs já existentes, o trem-bala terá ligação com o Trem Intercidades (TIC) já em São Paulo (SP), que deve começar a operar em maio de 2031.

Ele também será ligado à Linha 6 – Laranja do Metrô de São Paulo, à Linha 7 – Rubi da Companhia Paulista de Trens Urbanos (CPTM) e ao Ramal Santa Cruz, da SuperVia, no Rio de Janeiro (RJ). Espera-se que mais de 25 milhões de pessoas por ano sejam transportadas pela composição.

Novidades do trem-bala que vai ligar RJ e SP
Figueiredo confirmou à revista as seguintes informações:

O tempo médio da viagem deverá ser de 105 minutos (1h45);
A velocidade média do trem-bala será de 320 km/h;
Já a passagem terá valores distintos por pessoa, sendo:
R$ 500 para quem fizer o trajeto completo;
R$ 1 mil para quem fizer ida e volta completos;
R$ 250 para quem for até São José dos Campos (SP) ou Volta Redonda (RJ);
R$ 500 para quem desejar viajar até uma das cidades citadas acima e retornar para sua cidade de origem;
O valor cheio de ida — R$ 500 — é maior do que o que as empresas de ônibus cobram e próximo ao que as companhias aéreas praticam, mas com a vantagem de ser terrestre, com paradas em algumas cidades e bem mais rápido em relação às viagens de ônibus, que demoram cerca de seis horas entre esses estados;
Estima-se que o projeto custará R$ 60 bilhões à TAV Brasil e que as operações do trem-bala comecem em 2032.

TAV Brasil também estima que o trem-bala pode adicionar R$ 168 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, gerar 130 mil empregos diretos e indiretos e conferir R$ 46 bilhões em impostos aos cofres do País até 2055.

Uma das formas pela qual a empresa pretende recuperar seu investimento será por meio da exploração imobiliária nas regiões das futuras estações. Dessa forma, a TAV estima que essa receita adicional tem potencial de chegar a R$ 27,3 bilhões.

Sobre a desapropriação de imóveis para a construção do projeto, espera-se que esse processo tenha início em dezembro deste ano, segundo o contrato de adesão. Nesse sentido, Figueiredo deu mais detalhes, indicando que a companhia poderá adquirir terrenos privados para desenvolvimento imobiliário ou para mitigar custos altos de desapropriação.

Um exemplo disso seria negociar, com proprietários, áreas para aproveitamento do crescimento da operação ferroviária. A mesma linha de pensamento vale para outras estações e imóveis estratégicos que estejam dentro da faixa de domínio da TAV, caso seja vantajoso para a companhia.

Informações: Exame

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Cidades brasileiras sobre trilhos, conheça as capitais com metrô

quarta-feira, 19 de março de 2025

No Brasil, a presença de sistemas de metrô é limitada a apenas algumas capitais, refletindo os desafios financeiros e logísticos de sua implementação. De acordo com a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), sete capitais brasileiras contam com esse meio de transporte, excluindo os veículos leves sobre trilhos (VLT) e trens urbanos. Apesar de sua eficiência, a construção de metrôs em cidades menores é dificultada pelo alto custo envolvido.

As capitais que possuem sistemas de metrô são São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza. Cada uma dessas cidades desenvolveu seus sistemas de acordo com suas necessidades de transporte, contribuindo para a melhoria da mobilidade urbana e regional.

Como o metrô de São Paulo transforma a mobilidade?
O metrô de São Paulo é o mais antigo e extenso do Brasil. Com suas operações iniciadas há cinco décadas, começou com a Linha 1-Azul e atualmente possui seis linhas e 91 estações. Com uma rede que ultrapassa 100 km de trilhos, o metrô paulistano continua a se expandir, desempenhando um papel crucial na mobilidade urbana da cidade e servindo como referência para outras regiões.

Os sistemas de metrô nas principais capitais brasileiras têm características específicas que refletem as necessidades de transporte de suas populações. Eles desempenham um papel vital na mobilidade urbana, conectando diferentes regiões e facilitando o deslocamento de milhões de passageiros. A seguir, as características de alguns desses sistemas:
  • Rio de Janeiro: O metrô possui três linhas e 41 estações, com planos de expansão, incluindo a conexão com Niterói.
  • Brasília: Inaugurado em 2001, o metrô possui um formato em “Y”, conectando várias regiões do Distrito Federal com 27 estações e 42 km de extensão.
  • Belo Horizonte: Com uma linha de 28,1 km, o metrô está em expansão, com previsão de uma nova linha para 2024.
  • Salvador: O sistema, inaugurado em 2014, cobre 38 km e facilita a integração entre a capital e cidades vizinhas.
  • Recife: Com três linhas e 39,5 km de trilhos, o metrô de Recife se integra ao VLT local, oferecendo uma rede de transporte mais abrangente.
  • Fortaleza: Desde 2012, o sistema de metrô da cidade cobre 56 km, conectando a capital à região metropolitana e melhorando a mobilidade.
Recife: Com três linhas e 39,5 km de trilhos, o metrô de Recife se integra ao VLT local, oferecendo uma rede de transporte mais abrangente.
Fortaleza: Desde 2012, o sistema de metrô da cidade cobre 56 km, conectando a capital à região metropolitana e melhorando a mobilidade.

Desafios e futuro dos sistemas de metrô no Brasil
Os sistemas de metrô nas capitais brasileiras são fundamentais para a mobilidade urbana, embora ainda estejam presentes em poucas cidades. O crescimento contínuo e os planos de expansão indicam um futuro promissor para o transporte público no país. No entanto, esses sistemas enfrentam desafios, como a necessidade de grandes investimentos e a complexidade da expansão em áreas urbanas densas.

O futuro dos metrôs no Brasil dependerá de políticas públicas eficazes e de um planejamento urbano que priorize o transporte coletivo, buscando soluções sustentáveis para os desafios da mobilidade nas grandes cidades.

Informações: Terra Notícias

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