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BRT Salvador completa dois anos de operação com mais de 18 milhões de passageiros transportados

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

O BRT Salvador completou dois anos de operação na capital baiana nesta segunda-feira (30) e já contabiliza a marca de mais de 18 milhões de passageiros transportados. Segundo dados da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), a adesão dos soteropolitanos tem sido crescente. No último mês, a pasta registrou 1.518.177 usuários transportados, o que representa um crescimento 107% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Esse foi o mês em que o sistema alcançou o maior número de passageiros transportados desde o início da operação, em 30 de setembro de 2022. Ao todo, o modal transportou, até o final de agosto deste ano, 18.314.432 pessoas.

O sistema veio para otimizar a lógica de deslocamento dos soteropolitanos. “Utilizo o BRT todos os dias, principalmente no trajeto do trabalho para casa. Acho que é um modal que nos permite chegar mais rápido ao destino pelo tempo de viagem. Costumava passar até 30 minutos esperando um ônibus pra voltar pra casa, e com o BRT espero por no máximo cinco minutos e consigo chegar mais cedo, fazendo integração”, afirmou a estudante Laís Lopes.

Para o secretário da Semob, Fabrizzio Muller, o BRT Salvador se tornou nesses dois anos um dos principais meios de deslocamento dos soteropolitanos. “Hoje o BRT passa pelas regiões mais adensadas da cidade, como a Lapa e a Pituba. Os ônibus do sistema seguem por vias exclusivas, sem concorrer com os outros veículos, e isso faz com que os usuários cheguem aos seus destinos muito mais rapidamente. Acredito que isso justifica sem dúvidas a adesão ao serviço”, afirmou.

Expansão – Atualmente o BRT Salvador conta com quatro linhas: B1 – Estação Rodoviária x Estação Pituba, B2 – Estação Rodoviária x Praça Nossa Senhora da Luz, B3 – Estação Rodoviária x Pituba (via Paulo VI) e B4 – Estação Lapa x Estação Pituba. Até dezembro deste ano, outras duas linhas devem entrar em operação: B5 – Estação Rodoviária x Estação da Lapa e a B6 – Estação da Lapa x Aeroporto.

Sustentabilidade
Seguindo práticas internacionais, Salvador conta atualmente com a terceira maior frota elétrica do país e o maior terminal público de eletrocarga, com capacidade para recarregar 20 ônibus de forma simultânea. A capital baiana está em fase preparatória para aquisição de financiamento junto ao Banco Mundial, na ordem de US$94 milhões, que vai possibilitar a compra de quase 100 ônibus elétricos. Desde que iniciaram a circulação, em 2022, os coletivos elétricos já evitaram a emissão de mais de 800 toneladas de CO? na atmosfera.

“Estamos trabalhando para colocar Salvador cada vez mais na rota da sustentabilidade, com coletivos movidos a energia limpa e mais sustentáveis. Temos a previsão de que pelo menos 30% da frota do BRT Salvador seja elétrica e isso fará com que a cidade seja cada vez mais referência no assunto”, concluiu Muller.

Informações: Jornal da Mídia

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Prefeitura do Rio inicia primeira fase de operação do Terminal Curral Falso

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) e da Mobi-Rio, vai começar a primeira fase de operação do novo Terminal Curral Falso das 10h às 15h, para o Terminal Alvorada. A partir desta segunda-feira (30/09), será ativada a linha 15 (Terminal Curral Falso x Alvorada - Expresso) com partidas a cada 15 minutos. O tempo estimado de viagem é de 1 hora, com oito paradas ao longo do trajeto.
Foto: Henrique Barbosa / You Tube

É importante ressaltar que nesta primeira fase de operação, o Terminal Curral Falso só funcionará das 10h às 15h. Neste momento, não há mudança no funcionamento dos demais serviços do corredor Transoeste que passam na região e os passageiros devem seguir utilizando as estações mais próximas (Cajueiros e Santa Veridiana). Após a conclusão das obras, outros serviços passarão a operar no Terminal Curral Falso, ampliando a oferta de transporte na região.

A prefeitura informa que também foram iniciados nesta segunda-feira dois serviços de conexão do BRT, que fazem paradas em pontos de ônibus urbanos convencionais: linha 28 (Terminal Curral Falso x Terminal Pingo D’água - via Sepetiba) e linha 68 (Bangu x Terminal Deodoro).

A linha 28 atenderá principalmente o bairro de Sepetiba, ligando os terminais Curral Falso e Pingo D’água, da Transoeste, com um percurso de 17 km. São 17 paradas em pontos de ônibus nas ruas e saídas em intervalos de 10 minutos. A operação dessa linha também se dará, inicialmente, apenas das 10h às 15h. Já o serviço 68 vai conectar o bairro de Bangu (Praça Horácio Hora) com o Terminal Deodoro, passando pela Praça das Juras, Vila Vintém e Fumacê. O trajeto de 11 km contará com 10 paradas em pontos de ônibus nas ruas, e saídas com intervalos de 10 minutos nos horários de pico. Este serviço funcionará 24 horas todos os dias.

Plano operacional da linha:
Linha 15 (Curral Falso x Alvorada - Expresso)

  • T. Curral Falso
  • Santa Veridiana
  • Vendas de Varanda
  • T. Pingo D'Água
  • T. Magarça
  • T. Mato Alto
  • Recreio Shopping
  • Gláucio Gil
  • Salvador Allende
  • T. Alvorada

Informações: O Globo

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BRT Salvador testa primeiro ônibus articulado com capacidade para mais de 150 passageiros

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

A Secretaria de Mobilidade iniciou, nesta quinta-feira (26), os testes com um ônibus articulado elétrico de 23 metros em Salvador. Com capacidade máxima para conduzir mais de 150 passageiros, o veículo segue em operação na cidade, com o objetivo de verificar suas condições de trafegabilidade e transporte de passageiros.

As primeiras viagens do veículo na linha B1 do BRT Salvador, que faz o trajeto Rodoviária x Pituba, foram realizadas sob o comando de uma motorista mulher, contratada por meio do projeto Mulheres no Volante. A ação envolve a Semob, Secretaria de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude  e a Associação das Empresas de Transporte de Salvador. 

Salvador está em fase preparatória para aquisição de financiamento, junto ao Banco Mundial, na ordem de US$94 milhões, que possibilitará a compra de quase 100 ônibus elétricos que irão incrementar a frota do transporte coletivo. Para garantir o modelo mais adequado ao sistema de transporte da cidade, a Semob segue em fase de testes com modelos diversos. 

A gerente administrativa Juliana Santos, 20 anos, foi uma das primeiras passageiras a estrear o novo modal.  “Não consigo nem comparar com o outro veículo, é bonito, imponente. Gostei muito, rápido, confortável, espaçoso, dá para acomodar mais gente. Vou chegar ao Itaigara em menos de dez minutos. Então, está ótimo. Está entregando tudo que promete mesmo”, elogiou a jovem.

Usuária assídua do BRT, a vendedora Vanessa da Mata, 29 anos, também ficou bastante entusiasmada quando chegou à estação e encontrou o coletivo articulado. “Maravilhoso, amei. Uma proposta ótima porque a demanda é muito alta e esse ônibus maiores vão caber mais gente. Além disso, vai chegar mais rápido ainda, vai ser ótimo. Nota dez”, pontuou. 

A novidade também encantou a motorista Carla Patrícia Maltez, 41 anos, que estreou no comando do ônibus articulado elétrico, nesta quinta-feira (26). “Que carrão! Estou maravilhada! Se eu estou me sentindo assim, imaginem os passageiros. Vai ser top”, disse a condutora.  Mãe de três filhos, ela contou que dirigir um veículo elétrico de 23 metros tem sido motivo de muito orgulho para família. “Vejam minha trajetória: entrei na empresa como cobradora, passei pela escolinha, fui manobrista, motorista de micro, motorista de convencional e hoje estou aqui neste ‘sanfona’ do BRT. Comecei no pequenininho e hoje estou aqui no grandão”, disse emocionada. 

Avaliação – Nessa primeira fase de testes, o coletivo segue o itinerário de forma expressa direto para Estação Pituba. Além da viabilidade técnica, o período de avaliação inclui a coleta da opinião dos passageiros. Folders com uma pesquisa de satisfação em QR Code estão espalhados nas estações do BRT para que os usuários registrem suas impressões. 

“Trazer esse tipo de veículo para Salvador faz com que a gente conheça as especificidades do equipamento e nos ajuda a verificar seu desempenho. Estamos trabalhando para que em breve nossa cidade receba cada vez mais ônibus modernos e de alta capacidade de transporte“, afirmou o secretário da Semob, Fabrizzio Muller.

Informações: Alo Alo Bahia

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Linha do sistema BRT-2 em Feira de Santana é inaugurada

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

A linha BRT-2 em Feira de Santana foi inaugurada nesta quarta-feira (18) pelo prefeito Colbert Filho como parte das comemorações pelos 191 anos de emancipação política do município. A nova operação de transporte público por Bus Rapid Transit (BRT) possui 20,5km e atende as avenidas Ayrton Senna, Iguatemi, João Durval Carneiro e parte da Getúlio Vargas.

Ao todo, 14 bairros da região Norte do município passam a integrar à mobilidade do Novo Centro. O sistema BRT-2 é composto por uma frota de 14 ônibus articulados BRT equipados com ar-condicionado, espaço para até dois cadeirantes e capacidade para transportar, diariamente, em uma só viagem, cerca de dois mil passageiros. 

Também mais dois ônibus convencionais da Empresa São João com ar-condicionado (linhas 15-Jomafa/HGCA e 02-Shopping Boulevard via Terminal Sul) passam a integrar o corredor BRT-2 pelo modal FeiraMOB.

"A nossa prioridade é transportar o máximo de pessoas com total conforto e segurança, especialmente em horários de pico quando o fluxo de passageiros é maior por conta do trabalho ou da escola", explica o prefeito Colbert Filho. 

A nova operação oferta 274 viagens/dia através das seis estações BRT instaladas no percurso. Os bairros contemplados são: Mangabeira, Alto do Papagaio, Conceição I, II e III, Caseb, Centro, Ponto Central, Alto do Rosário, Conder, Cidade Nova, Parque Brasil, Agrovila e Jardim Europa. 

"Estamos entregando 20,5 quilômetros da linha BRT-2 e mais 27 [km] que estão circulando na linha BRT-1 do Centro ao Jardim Brasil. Com isso alcançamos cerca de 50 quilômetros de extensão cobrindo os principais corredores e bairros da cidade com ônibus de excelente qualidade para o trabalhador e o estudante", pontua o secretário de Mobilidade Urbana, Sérgio Carneiro.
O titular da pasta ressalta que foram investidos para a implantação do sistema de mobilidade por BRT no município R$ 88.393.551,97, sendo 21,31% dos recursos em obras de drenagem, 32,48% na construção de túneis (trincheiras), 3,50% na elaboração e montagem do Centro de Controle Operacional (CCO), 11,48% no terminais de transbordo (Pampalona, Ayrton Senna e Nóide Cerqueira), 5,95% em novos abrigos e estações BRT e mais 25,28% na infraestrutura dos corredores Getúlio Vargas e João Durval Carneiro.

MOBILIDADE BRT

As tecnologias BRT de mobilidade urbana da Prefeitura de Feira, que atenderão a população, são oito ônibus articulados com 23 metros de comprimento e capacidade para 150 passageiros, mais um ônibus articulado de 18 metros (120 passageiros), um ônibus trucado BRT (100 passageiros) e mais dois ônibus padron Iveco BRT (90 passageiros). 


SISTEMA DE TRANSPORTE URBANO

Atualmente o município possui uma frota de 150 ônibus que circulam por dia 30 mil quilômetros. O número expressivo de percurso percorrido corresponde a quase uma volta completa ao mundo, sendo de 40 mil/km.

As duas concessionárias, segundo o secretário de Mobilidade Urbana, Sérgio Carneiro, realizam 2.500 viagens totalizando até 5 mil integrações de passageiros que utilizam mais de dois ônibus num intervalo de até duas horas.

Ainda, o Governo Municipal beneficia 312 mil pessoas que possuem direito à gratuidade no sistema de transporte público urbano - considerando a última média entre janeiro e agosto deste ano. Somente estudantes foram 181 mil utilizações do cartão eletrônico Via Feira com o benefício social da meia-passagem.

Informações: Prefeitura de Feira de Santana

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Número de usuários do BRT Salvador cresce 107% e alcança 1,5 milhão de passageiros em agosto

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

O número de usuários do BRT de Salvador cresceu 107% em agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023. De acordo com a prefeitura, ao todo,  1.518.177 pessoas utilizaram o sistema, sendo o mês em que o sistema alcançou o maior número de passageiros transportados desde o início da operação, em setembro de 2022. Nos últimos 12 meses, 14.443.628 de passageiros utilizaram o BRT Salvador.

O secretário da Semob, Fabrizzio Muller, afirmou que os resultados representam um avanço positivo e colocam Salvador cada vez mais em destaque. "Implementamos aqui um sistema que vem sendo estudado por outras cidades do Brasil e do mundo. Esses números são crescentes e refletem a consolidação de um modal que leva os passageiros de forma prioritária, desde o embarque, até seus destinos", afirmou.

Segundo a prefeitura, até dezembro deste ano, mais duas linhas irão iniciar a operação: a B5, entre a Rodoviária e a Lapa, e a B6, ligando a Lapa ao aeroporto pela orla, por meio do BRS que está sendo implementado. Mais 51 ônibus, sendo dois articulados, chegarão à capital baiana neste mesmo período para reforçar o sistema.

"A Prefeitura não vem medindo esforços para aperfeiçoar cada vez a qualidade do sistema. Outros veículos serão adquiridos, incluindo elétricos, através de financiamentos nacionais e internacionais e devem chegar a Salvador em 2025", concluiu Muller.

Além de um projeto de transporte, o BRT Salvador contempla intervenções de macrodrenagem, requalificação de vias, construção de novos elevados em trechos que apresentavam gargalos no tráfego, paisagismo, iluminação e abertura de áreas de lazer com quadras, parques infantis e a maior pista de skate da capital baiana.

O modal possui ao todo 13 km de vias exclusivas e 14 estações, além do trecho compartilhado na região do Caminho das Árvores e Pituba.

Informações: Bahia Notícias

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Em Feira de Santana, Nova linha BRT passa a interligar 27km do Centro ao bairro Jardim Brasil

A nova linha BRT 007 começou a atender usuários do transporte público urbano interligando o Terminal Central ao bairro Jardim Brasil. O itinerário de 27km passa a ser um dos mais extensos da mobilidade urbana do município coberto pelo Bus Rapid Transit.

“A proposta de expansão gradual do BRT é transportar mais passageiros com conforto e agilidade, especialmente em longas distâncias”, explica o titular da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), Sérgio Carneiro. 

A rota da linha BRT007/Jardim Brasil via Terminal da Noide/Terminal Central é realizada com ônibus articulado de capacidade para 148 passageiros e ar-condicionado. O veículo compõe a frota da concessionária São João. 

Além do Terminal Central, o trajeto contempla as estações BRT/Getúlio Vargas, Terminal Noide Cerqueira, a avenida Artêmia Pires e rapidamente alcança o bairro Jardim Brasil, além dos condomínios Reserva Paraty, Dhama  I e II. 


Segundo o secretário também foram feitas intervenções estruturais no Terminal Nóide Cerqueira com a construção de um novo acesso que melhorou o fluxo dos ônibus através da avenida Tobias Barreto. “Com isso ganhamos velocidade na operação e os veículos chegam mais rápido na Artêmia Pires”. Foram instalados conjuntos semafóricos nos acessos do transbordo.

CITTAMOBI

O passageiro pode utilizar o Cittamobi, maior aplicativo de mobilidade urbana do Brasil, para acompanhar informações sobre horários de ônibus, rotas alternativas e alertas sobre desvios e interrupções. 

Além do aplicativo de navegação padrão, o app ainda oferece o Cittamobi Acessibilidade, ferramenta inovadora projetada para garantir a segurança e a autonomia dos usuários com deficiência visual.

Com recursos como compatibilidade com leitores de tela, ajuste de contraste, roteirização e pontos de referência personalizados, o aplicativo promove uma experiência inclusiva e autônoma.

"O Cittamobi Acessibilidade não apenas oferece as funcionalidades padrão do Cittamobi, mas sistema de GPS embutido e diversos modos operacionais, tornando possível usá-lo em diversas situações, como embarques, desembarques e deslocamentos pelas ruas com detecção de obstáculos", explica Sérgio Carneiro.

A ferramenta inovadora gratuita oferece diversas funcionalidades por meio de recursos de comando de voz e som - chamado VoiceOver - para melhor orientação do passageiro com cegueira, baixa visão ou mobilidade reduzida.

O Cittamobi permite a previsão em tempo real e aviso de chegada ao ponto de destino, ambientação do usuário ao longo do trajeto, roteirizador e a possibilidade de criar pontos de referências personalizados. Todas as funções são ativadas por comandos de voz e possuem suporte de assistente virtual.

Informações: Prefeitura de Feira de Santana

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Em Salvador, Ônibus elétrico passa por testes em linha da Lapa

A linha 0137 – Lapa x Barra Avenida vai contar, a partir desta terça-feira (10), com um ônibus elétrico na operação. O veículo, cedido pela montadora Higer, fará testes na linha ao longo do mês de setembro, com o objetivo de avaliar o desempenho de veículos 100% elétricos em linhas do transporte convencional. Atualmente, Salvador conta com oito ônibus elétricos operando no sistema BRT.

Além de ser 100% elétrico, o veículo também possui piso baixo, sem degraus, ar condicionado, corredores mais largos e total acessibilidade. O ônibus conta ainda com portas de entrada USB, Wi-Fi e painéis informativos. Com capacidade para transportar até 77 passageiros, o veículo será utilizado diariamente na operação regular da linha, e contará com uma plotagem especial para identificação.

O titular da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), Fabrizzio Muller, explica que a cidade tem buscado ampliar a frota elétrica da cidade, buscando a transição do transporte para energia limpa. “E esse teste vai nos permitir monitorar o desempenho dos veículos elétricos em uma linha regular, para que possamos ter uma noção melhor de como o veículo elétrico se comporta nas vias da cidade e como podemos inserir esses veículos na frota destas linhas”, explicou.

Pesquisa – Além dos testes de monitoramento de desempenho do ônibus elétrico, o usuário também poderá dar sua opinião sobre a experiencia ao utilizar o veículo, através de um QR Code que será disponibilizado dentro do ônibus. Basta apontar a câmera do smartphone para que seja direcionado à página da pesquisa.

“Além das informações técnicas, também queremos ouvir o usuário que está dentro do veículo, e saber a opinião dele sobre o desempenho do ônibus. Tanto as informações técnicas quanto as opiniões são necessárias para que possamos ter um embasamento mais completo antes de qualquer definição”, destacou Muller.

Informações: Tribuna da Bahia

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BRT Salvador é destacado como um dos mais efetivos do mundo

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

O diretor de Mobilidade Urbana Global do WRI (World Resources Institute) e ex-gestor de mobilidade da cidade colombiana de Bogotá, Felipe Ramírez, visitou as instalações do BRT Salvador nesta quarta-feira (28). Aproveitando a realização da capacitação em Eletromobilidade, que acontece na capital baiana até esta quinta-feira (29), Ramirez contou um pouco da experiência com o modal da capital colombiana, um dos maiores do planeta, e destacou a infraestrutura e operação do BRT de Salvador como uma das mais modernas do mundo.

“É preciso felicitar Salvador pelo grande esforço realizado com o sistema BRT, que responde às necessidades das pessoas. Tive a oportunidade de conhecer muitos sistemas similares ao redor do mundo, e o de Salvador é, possivelmente, um dos melhores, pois combina uma série de coisas que são muito positivas, como a infraestrutura e as políticas públicas implantadas, no trato das pessoas e na implantação de novas estratégias para garantir a satisfação dos usuários. Estou completamente satisfeito com o que vi nesta visita”, afirmou Ramirez.

Sobre a avaliação de Ramirez, o titular da Semob, Fabrízzio Muller, lembra que a visita do ex-gestor e especialista colombiano é mais um indicativo de que o trabalho está fluindo conforme a expectativa, além de ser um depoimento positivo de um órgão renomado e com ampla experiência no planejamento e implementação de BRT, como o WRI.

Informações: Tribuna da Bahia

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Metrô da Bahia custará R$ 15 bilhões após o fim da concessão de 30 anos

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), afirmou que o metrô da Bahia custará R$ 15 bilhões após o fim da concessão de 30 anos. Para o gestor municipal, o governo do estado errou na "modelagem do negócio". Ele disse ainda que o custo do modal “daria para construir um BRT todo o ano”.

"Nada contra o metrô, mas não posso deixar de dizer isso. Sabe quanto o estado paga? Paga R$ 200 milhões por ano de passageiros que era para serem transportados, (e não são transportados). Era para estar transportando 639 mil, e está transportando 389 mil. São 250 mil passageiros a menos do que foi projetado”, afirmou.

A declaração do prefeito de Salvador foi feita na última segunda-feira (26), em entrevista à rádio Sociedade.

Bruno Reis declarou ainda que, até o final deste ano, o custo do metrô será de R$ 599 milhões aos cofres públicos estaduais. “O metrô é uma obra importante, mas, da mesma forma que a (Arena) Fonte Nova vai ser o estádio mais caro do mundo da Copa, o metrô de Salvador vai ser o metrô mais caro do mundo. Do jeito que vai, esse metrô vai chegar na casa de R$ 15 bilhões ao final de 30 anos da sua concessão se não for revisto”, continuou.

O metrô de Salvador é uma obra do governo do estado, operado pelo Grupo CCR, que é responsável pela construção, manutenção e operação do sistema metroviário entre a capital baiana e Lauro de Freitas durante período de 30 anos, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP).

“(Foi) um modelo de negócio completamente equivocado. Chamo a atenção do Tribunal de Contas do Estado e da União para rever isso que realmente está lesando o usuário”, finalizou o prefeito de Salvador.

Informações: Correio 24 Horas

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BRT Salvador passa a ter mulheres no quadro de motoristas do sistema

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

A partir desta semana, mulheres vão compor o quadro de motoristas do BRT Salvador. As funcionárias Ilmara Sales e Carla Patrícia Maltez iniciaram o projeto na segunda-feira, 12. A iniciativa é fruto de um esforço conjunto entre as secretarias municipais de Mobilidade (Semob) e de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) e de empresas de transporte, dentro do programa Mulheres no Volante.

Com 53 anos e uma trajetória que inclui trabalho como cobradora desde 2014, Ilmara Sales expressou a importância de ser uma das primeiras motoristas do BRT e como isso pode servir de inspiração para outras mulheres. "Só o fato de a gente estar aqui como pioneira já impulsiona outras mulheres. É uma bela forma de empoderamento feminino," afirmou.

Também ex-cobradora, Carla Maltez, de 41 anos, passou por diversas funções até chegar ao BRT. "São muitos, muitos desafios. Cada passo que nós damos é um degrau a mais subindo. Cada processo é algo novo que é apresentado e temos que nos habituar com as mudanças", relatou, ao ressaltar a importância da capacitação recebida, que inclui adaptação a veículos elétricos e sistemas informatizados.

Para o secretário da Semob, Fabrizzio Muller, esse é um importante passo para promover a igualdade de gêneros no transporte público. “Essa é uma profissão majoritariamente dominada pelos homens, e essa capacitação é muito importante para que estas mulheres sejam pioneiras neste espaço e inspirem outras a seguir os mesmos passos”, declarou.

A titular da SPMJ, Fernanda Lordêlo, explicou que, através do Mulheres no Volante, operacionalizado pelo Sest Senat, a Semob tem buscado as alunas egressas do curso especializado de condutor de veículos coletivos de passageiros, para que elas sejam futuras motoristas do BRT.

“Não há de se falar em equidade de gênero se a gente não trabalhar com a empregabilidade das mulheres, que são a maioria na nossa cidade. É um ponto crucial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária dar a essas mulheres oportunidades equânimes de acesso ao mercado. Ao ajudá-las a conquistar autonomia, a gente fortalece a independência dessa mulher e com certeza, o seu poder de decisão e melhoria na qualidade de vida”, refletiu a gestora.

O instrutor de motoristas Florisvaldo Silva destacou que é muito importante ver as mulheres alcançando essa nova função. “A capacitação e o processo seletivo são iguais para todos, sem distinção entre gêneros. O treinamento oferecido é o mesmo para homens e mulheres, garantindo igualdade de condições para todos”, salientou.

Informações: A Tarde

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Brasil se aproxima de 600 ônibus elétricos no transporte público, mas Chile lidera com 2,4 mil

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Visto como uma forma de reduzir a emissão de dióxido de carbono — um dos principais gases do efeito estufa — pelo transporte público, o ônibus elétrico integra a frota de cidades de 11 países na América Latina, segundo o E-Bus Radar, plataforma desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Técnica da Dinamarca. O Brasil é o quarto país com mais veículos do tipo na região, mas tem apenas 578.

Chile (2.456), Colômbia (1.590) e México (752) ocupam as primeiras posições. De acordo com levantamento da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), a frota nacional conta com 107 mil ônibus para o transporte público, de modo que os elétricos representam apenas 0,5% do total.

Os 578, que incluem 276 veículos movidos a bateria e 302 trólebus (que obtém energia de linhas aéreas), estão espalhados por cinco estados (Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia) e o Distrito Federal. A capital paulista é a cidade com mais ônibus elétricos no transporte público, com 381.

O E-Bus Radar estima que com a quantidade atual, será evitada a emissão de 61,05 quilotons de dióxido de carbono por ano.

Cada país signatário do Acordo de Paris, como o Brasil, estabeleceu metas de redução de emissão de gases do efeito estufa, chamadas de Contribuição Nacionalmente Determinada. A Contribuição brasileira estabelece que o país deve reduzir as suas emissões em 48% até 2025 e 53% até 2030, em relação às emissões de 2005.

O Brasil também se comprometeu em alcançar emissões líquidas neutras até 2050, ou seja, tudo que o país emitir deverá ser compensado com fontes de captura de carbono, como plantio de florestas ou recuperação de biomas. Os gases do efeito estufa contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas.

Nesse cenário, o ônibus elétrico aparece como uma ferramenta importante. Porém, para sua implementação no transporte público no território brasileiro, há uma série de desafios a serem superados, e isso tem impedido sua disseminação nas frotas em ritmo acelerado no país.

Entre os desafios, estão o custo mais elevado que o dos ônibus convencionais, a necessidade de preparação da rede elétrica das cidades para suportar maior consumo de energia e a importância de capacitar pessoas para fazer a manutenção dos novos veículos.

O economista Wesley Ferro, secretário-executivo do Instituto Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte (Instituto MDT), explica que o ônibus a bateria "custa na faixa de R$ 3 milhões, R$ 3,5 milhões". Já um ônibus a diesel convencional, mesmo com motor de tecnologia mais moderna, que possui um nível de emissões de gases menor, está na faixa de R$ 800 mil.

"A diferença [de preço] entre um ônibus e outro é grande. Então o volume de recursos que precisa para investimento em frota é muito mais alto", pontua o especialista.

Ele salienta que você comprar um ônibus de R$ 3,5 milhões e colocá-lo para operar em uma cidade que não tem infraestrutura exclusiva para ônibus nem recursos assegurados para o financiamento do transporte público, como é caso da maioria ou todas as cidades brasileiras, "é um investimento de alto risco". Dessa forma, muitas vezes, a preferência dos governos locais acaba sendo por investir num ônibus que não terá emissão zero de gases, mas possui motor Euro 6, por exemplo, que emite muito menos que outros mais antigos.

Em relação à preparação da rede elétrica das cidades, ele ressalta que São Paulo, por exemplo, estabeleceu uma meta para ter 2.600 ônibus elétricos na frota municipal até o final de 2024, mas não conseguiu avançar rapidamente para alcançá-la. O motivo é porque esbarrou "num grande problema": a necessidade de investimentos em infraestrutura de instalação para garantir o fornecimento de energia para os veículos que estão sendo implementados.

"Os estudos técnicos que foram feitos lá em São Paulo mostraram que se você tivesse 50 ônibus carregando ao mesmo tempo durante um período em determinada região, você derrubava a energia do restante da população toda".

O doutor em transportes Pastor Willy Gonzales Taco, líder do Grupo de Pesquisa Comportamento em Transportes e Novas Tecnologias (GCTNT), da Universidade de Brasília, reforça que os ônibus elétricos vão consumir a mesma energia que já é consumida na cidade para vários tipos de uso.

"Como as cidades [brasileiras] estão preparadas para isso? Ninguém se preparou para isso. E aí entra um concorrente, que vem a ser os veículos particulares de passeio, que já consomem energia, iria ter um bom número de veículos elétricos percorrendo as vias".

Para o especialista, é preciso "compreender as potencialidades de produção energética de cada cidade. Cada cidade tem sua característica. Alguns municípios Brasil já estão implementando há um bom tempo outros tipos de energia para sustentar os veículos. Biodiesel e assim vai".

Ele salienta que o planejamento do município para comprar ônibus elétricos precisa considerar ainda o fato de que o modelo pode já se tornar ultrapassado no ano seguinte, visto que a tecnologia avança rapidamente.

Autonomia
De acordo com Wesley Ferro, a autonomia dos ônibus elétricos com bateria é menor que dos ônibus convencionais.

"Esses primeiros ônibus elétricos que foram incorporados nas redes, nas cidades, eles têm a autonomia muito baixa, na faixa de 200 km, no máximo 250 km. Portanto, para operarem, eles são colocados em linhas muito específicas, que são linhas com extensões menores", afirma. As linhas costumam também não ter muitas subidas.

No caso do trólebus, há a questão de ser pouco flexível, por depender da rede elétrica. A circulação fica restrita a vias que possuam rede aérea de energia.

Falando sobre as experiências internacionais, o secretário-executivo do Instituto MDT diz que o Chile e a Colômbia já estão no processo de eletrificação do transporte público há mais tempo que o Brasil. Em Bogotá, capital colombiana, a multinacional italiana Enel, que atua no ramo de geração e distribuição de eletricidade e gás, ajuda na compra de ônibus elétrico e distribui para operadores.

Investimentos em transporte público
O transporte público por si só é uma forma de reduzir a emissão de gases do efeito estufa, porque diminui o número de veículos particulares em circulação.

Segundo o relatório de síntese sobre o diálogo técnico do primeiro balanço global do Acordo de Paris, publicado pelo secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas em setembro de 2023, o transporte contribui com aproximadamente 15% das emissões globais de gases do efeito estufa, e a eliminação gradual de motores de combustão interna e o uso de veículos elétricos "oferecem o maior potencial de mitigação no setor".

"Além disso, intervenções do lado da demanda, como a mudança de modos de transporte (por exemplo, para caminhar e usar o transporte público), serão essenciais no contexto de repensar a mobilidade".

A organização ambientalista World Resources Institute, de Washington, nos Estados Unidos, ressalta que ônibus e trens podem diminuir as emissões de gases de efeito estufa em até dois terços por passageiro por quilômetro em comparação com os veículos particulares.

Entretanto, o Orçamento da União de 2024 prevê um percentual pequeno de despesas com apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano, funcionamento dos sistemas de transporte ferroviário urbano de passageiros e capacitação de recursos humanos para transportes coletivos urbanos, as ações orçamentárias mais específicas sobre transporte público.

As dotações atuais são de R$ 140,4 milhões, R$ 591 milhões e R$ 1,2 milhão, respectivamente, representando somadas 0,01% dos R$ 5,39 trilhões previstos pelo Orçamento com despesas. Dos totais, R$ 88,5 milhões, R$ 111,5 milhões e R$ 283,5 mil foram realizados até o momento.

Em relação às emendas parlamentares, dos 213 congressistas da Frente Parlamentar Mista do Transporte Público, apenas o deputado Marcello Crivella (Republicanos-RJ) direcionou quantia para alguma dessas ações orçamentárias, sendo R$ 400 mil para apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano. A dotação atualizada total das emendas dos parlamentares da frente é de R$ 8,6 bilhões.

Ainda em relação às emendas, no total, são direcionados R$ 17,1 milhões para funcionamento dos sistemas de transporte ferroviário urbano de passageiros e apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano, com as bancadas de Goiás e Rio Grande do Norte tendo direcionados montantes também.

Para Wesley Ferro, o tema do transporte público ainda está distante da agenda de prioridades do setor público no Brasil.

Também, de acordo com ele, apesar de alguns processo estarem em andamento, como a discussão da renovação de frota elétrica, a chegada de linhas de financiamento de parceiros e bancos, como o BNDES, e a discussão de um marco legal para o transporte público (proposta tramitando no Senado), a política de mobilidade urbana "não é prioridade" do governo federal nem dos estados e municípios.

"Faltam recursos, falta qualificação de corpo técnico, faltam projetos qualificados para serem implementados", pontua.

Wesley ressalta que, historicamente, o sistema de transporte público no país "foi sempre financiado basicamente pela tarifa paga pelos usuários".

"A receita gerada nas catracas era a única fonte de financiamento do sistema de transporte público. Então servia para custear o sistema, manter o sistema em operação, e minimamente para fazer algum nível de investimento".

Com a queda da demanda durante a pandemia, mas necessidade de manter a oferta do serviço, visto que trabalhos essenciais não pararam, a fragilidade do modelo ficou evidente. A Política Nacional de Mobilidade Urbana, de 2012, acrescenta Wesley, "já apontava alguns caminhos que deveriam ser adotados para você mudar esse quadro, ter financiamento para o transporte público". Porém, para os instrumentos de gestão de política de mobilidade urbana apresentados serem implementados nas cidades, eles pressupõem "que você compre algumas brigas dentro da cidade".

É possível, por exemplo, a taxação do uso do automóvel dentro dos municípios. "Mas esse é um caminho que os gestores evitam. Ninguém quer que se indispor com determinados setores da sociedade".

O secretário-executivo do Instituto MDT salienta ainda que a transição energética não resolve "o problema do transporte público no Brasil", ou seja, você reduz emissões, pode estar cumprindo metas pactuadas nos acordos internacionais, mas se o transporte público continuar sem infraestrutura exclusiva para circulação nas cidades, como faixas e corredores exclusivos, corre-se o risco de ter uma frota eletrificada presa em congestionamento.

"Portanto, a infraestrutura tem o poder de contribuir também para a redução de emissões, num nível muito próximo do que você imagina com a substituição da frota por outra matriz".

O Instituto MDT apoia a implementação, no país, de um Sistema Único de Mobilidade. "A gente defende que esse é um caminho para que o transporte público possa ser de fato o grande estruturador das cidades e a grande prioridade das gestões públicas".

Na opinião de Taco, a atenção dos congressistas e do governo federal ao transporte público "está mais voltada à questão dos subsídios".

"Quando você vê as diversas demandas que se tem, é justamente mais voltada para os subsídios, ou seja, para atender os custos derivados da operação do transporte. Em termos especificamente de infraestrutura, tem havido uma paralisação ao longo dos anos".

Segundo o líder do Grupo de Pesquisa Comportamento em Transportes e Novas Tecnologias, ao se observar os investimentos que os municípios fazem, salvo exceções e algumas grandes regiões metropolitanas, percebe-se que eles estão voltados mais para infraestrutura para o carro do que ao transporte público.

Atuação do BNDES
Em maio, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que financiará a renovação da frota de ônibus em municípios brasileiros. "Ao todo, serão investidos R$ 4,5 bilhões para aquisição de 1.034 ônibus elétricos e 1.149 ônibus Euro 6, que reúnem o que há de mais moderno no mundo em termos de eficiência energética e baixo consumo de combustível", acrescentou o comunicado.

O banco explicou que a renovação de frota com veículos sustentáveis é uma das modalidades do Novo PAC Seleções. Ela prevê a destinação de R$ 10,5 bilhões para a aquisição de 2.529 ônibus elétricos, 2.782 ônibus Euro 6 e 39 trens para atender 98 municípios. "Além do financiamento do BNDES, no valor de R$ 4,5 bilhões, a Caixa Econômica Federal financiará 39 trens, 1.495 ônibus elétricos e 1.633 ônibus Euro 6, com investimento de R$ 6 bilhões para essa modalidade".

A diretora de infraestrutura, transição energética e mudança climática do BNDES, Luciana Costa, reforça algumas das dificuldades para implementação do ônibus elétrico no transporte público, como o custo bem mais elevado para compra do veículo. Luciana ressaltou vantagens dele em relação ao convencional: possui um custo de manutenção cerca de 80% menor; custo de operação "muito menor", porque energia elétrica é muito mais barata do que diesel; ajuda o país no cumprimento do Acordo de Paris, por não emitir gases do efeito estufa; é silencioso; e não emite poluentes.

Conforme a diretora, diante desses benefícios, o investimento em eletromobilidade, embora ele seja maior inicialmente, "é um investimento que se repaga". Ela pondera que, em alguns lugares no país, ainda não caberá uma frota eletrificada, porque as prefeituras brasileiras têm capacidades financeiras muito diferentes entre si.

Luciana salienta que o Brasil possui "um grande déficit" de infraestrutura de mobilidade urbana, estimado pelo BNDES em R$ 360 bilhões.

"Em 2022, foi investido 0,06% do PIB em mobilidade urbana nos modais de média e alta capacidade. Dentro desse número de R$ 360 bilhões, a gente não considera ônibus. A gente só considera metrô, VLT", explicou. A meta do banco é elevar o percentual de investimento para 0,25% do PIB.

Segundo Luciana, "o histórico de investimento no Brasil, seja em média e alta capacidade, seja em ônibus, é de instabilidade, imprevisibilidade e insuficiência. Por isso que essa pauta de mobilidade urbana, desde que essa gestão assumiu o BNDES, se tornou uma das grandes prioridades, nós sabemos que o desafio é enorme".

O banco está realizando um estudo nacional de mobilidade urbana para identificar qual seria a estrutura de média e alta capacidade que deveria ser implementada. A ideia é criar um banco de projetos para média e alta capacidade, que servirá deum insumo para a estratégia nacional de mobilidade urbana. O estudo começou no início deste ano e deve ser concluído no início do próximo ano. O custo para sua realização será de R$ 27 milhões.

Exemplo de Curitiba
Curitiba, que tem sete ônibus elétricos em sua frota do transporte público, sendo seis que começaram a circular em julho e um que deve começar a circular em agosto, tem como meta fazer com que 33% de sua frota seja elétrica até 2033 e 100% até 2050. Hoje, no total, são 1,1 mil ônibus na capital paranaense.

Segundo a Urbs, que gerencia o transporte coletivo na cidade, 54 ônibus elétricos vão ser adquiridos em 2025, com R$ 380 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Mais 70 estão programados com lei aprovada na Câmara Municipal de Curitiba, que prevê recursos de R$ 317 milhões nos veículos".

Questionada se a prefeitura entende que o investimento em transporte público e na descarbonização da frota são medidas importantes para o enfrentamento das mudanças climáticas, disse que "sem dúvida". "Os novos ônibus representam um salto tecnológico e um passo decisivo rumo a uma Curitiba mais sustentável. Sem emissões, sem ruído, com maior conforto térmico, eles trazem uma série de benefícios para a população".

O projeto de descarbonização da frota do município começou em 2018, e, em 2023, teve início os primeiros testes com veículos elétricos. Foram testados ônibus das marcas BYD, Eletra, Marcopolo, Volvo e Ankai até o momento.

"Em paralelo, Curitiba comprou os primeiros veículos elétricos. Cada ônibus elétrico evita, em média, a emissão de 118,7 toneladas de CO2 ao ano na atmosfera, o equivalente ao plantio de 847 árvores por veículo".

Os ônibus elétricos são os primeiros da frota da cidade com ar-condicionado. Possuem piso baixo para melhor embarque e desembarque de pessoas com mobilidade reduzida e contam também com entradas USB para recarga de celulares e sistema de anúncio de fechamento das portas. Em relação aos bancos, 20% são reservados para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Os veículos têm dois espaços para cadeirantes.

"O novo contrato de concessão do transporte coletivo, previsto para 2025, que está sendo formatado em parceria com o BNDES, já contemplará, na sua origem, a operação também de frota elétrica e redução de emissões de gases de efeito estufa", diz a Urbs.

O novo modelo de concessão será o primeiro do Brasil a contemplar, já na sua origem, a prioridade de redução de emissão de gases do efeito estufa com mudança na matriz energética; de acordo com a Urbs, isso "traz também segurança jurídica". Os dois grandes projetos do transporte coletivo em andamento em Curitiba — novo Inter 2 e BRT Leste-Oeste — terão frota elétrica.

A Urbs pontua que as precisam ser "mais resilientes às mudanças climáticas" e buscar soluções para "mitigar esse problema e evitar seu agravamento". "A eletrificação da frota das cidades é um passo importante para tornar as cidades mais sustentáveis, com zero emissões de gases do efeito estufa, de material particulado, e de poluição sonora".

A empresa pondera que, como toda nova tecnologia, apresenta desafios, por exemplo a forma de estruturação da aquisição dos veículos, e a oferta de ônibus e de fontes de financiamento.

Informações: SBT News

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BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

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