Duas novas linhas ferroviárias devem transformar a mobilidade entre Jundiaí, Campinas e a capital paulista: o Trem Intercidades (TIC) e o Trem Intermetropolitano (TIM). Além disso, a atual Linha 7-Rubi, da CPTM, será modernizada como parte do projeto.
Até o momento, não há previsão de novas audiências, porém, o projeto tem movimentado reuniões entre o Governo do Estado e as Prefeituras envolvidas. Em Jundiaí, a administração municipal apresentou 11 pedidos de travessias sob a ferrovia — para passagem de veículos, galerias pluviais e córregos. Também foram realizadas audiências públicas em Jundiaí e Campinas para apresentação da proposta à população.
O Trem Intercidades (TIC) – Eixo Norte, que ligará São Paulo a Campinas com uma parada em Jundiaí, terá capacidade para até 860 passageiros por viagem. O trajeto de 101 km será realizado em aproximadamente 1 hora e 4 minutos, com trens que podem atingir até 140 km/h. A tarifa prevista é de R$ 64,00.
Já o Trem Intermetropolitano (TIM) fará a conexão entre Jundiaí e Campinas, com paradas em Louveira, Vinhedo e Valinhos. O percurso de 44 km será feito em até 33 minutos. Os trens do TIM terão capacidade para até 2.048 passageiros por viagem, velocidade média entre 44 km/h e 80 km/h, e tarifa estimada em R$ 14,05. Para viabilizar o serviço, será construída uma nova plataforma na estação de Campinas e uma terceira via exclusiva para o transporte de cargas, que será remanejado.
Atualmente, ambos os projetos estão na fase de desenvolvimento do projeto básico, com conclusão prevista para setembro de 2025. Em seguida, será elaborado o projeto executivo, e as obras devem começar no primeiro semestre de 2026. A previsão de início da operação do TIC é em maio de 2029, enquanto o TIM deverá entrar em funcionamento em abril de 2031.
Liliana Rosa conhece bem os desafios de quem depende do transporte coletivo diariamente. “Trem de Jundiaí pra Campinas, de Campinas pra Jundiaí, vai facilitar, sim. Porque geralmente quem precisa ir pra Campinas e precisa usar o trem também tem que ir até a rodoviária. Então tem que gastar com mais transporte, demanda mais tempo”, afirma.
Ela também acredita que o novo serviço pode trazer benefícios além da mobilidade. “Vai diminuir custos. Fora que vai atrair mais gente pra ver e conhecer Jundiaí. Pode chamar mais atenção dessa galera pra vir pra cá, curtir, novas oportunidades de trabalho, shows, turismo. Vai facilitar muito”, completa.
O projeto, estimado em R$ 14,2 bilhões, faz parte de um programa mais amplo para expandir e modernizar a malha ferroviária paulista, priorizando modais mais sustentáveis e eficientes para o transporte de passageiros. A expectativa é beneficiar cerca de 15 milhões de pessoas em 11 municípios, além de gerar mais de 10 mil empregos diretos, indiretos e induzidos.
Informações: sampi.net.br
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