O Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana anunciou, nesta quarta-feira (7), que a categoria irá cruzar os braços e deflagrar greve no dia 12 deste mês.
A informação foi confirmada em um comunicado postado nas redes sociais do sindicato. Segundo a entidade sindical, a decisão da categoria em deflagrar greve aconteceu após a rejeição de mais uma proposta da classe patronal.
Os motoristas negaram a proposta de 0,5% de aumento acima da Inflação e o valor de R$ 400,00 para o vale-alimentação, além de um abono no valor de R$ 180,00 para quem exerce a dupla função.
“Em assembleias realizadas nas garagens a categoria rejeitou a proposta da urbana e autorizou a organização da greve. Foram mais de 1000 trabalhadores que aprovaram pela deflagração da greve”, declarou o sindicato, por meio de comunicado.
Ainda segundo a entidade sindical, “a categoria está na bronca com a proposta da Urbana-PE que é insuficiente na parte econômica e não resolve o roubo das horas com o GPS e o tempo de bandeira. Os rodoviários exigem dos empresários e da governadora Raquel Lyra respeito e valorização. Chega de mixaria nos salários! Queremos valorização e também controlar a nossa jornada de trabalho.”, complementou a entidade sindical em nota.
Além do reajuste salarial, a categoria de rodoviários quer a implementação do plano de saúde para os profissionais, em que o dirigente sindical alega que Pernambuco é o único estado do Nordeste que os rodoviários não possuem este benefício
Nota da Urbana-PE:
“A Urbana-PE reitera que desde o início do mês de julho tratou com o Sindicato dos Rodoviários sobre as negociações coletivas da categoria. A Urbana-PE se manteve aberta ao diálogo durante todo o processo, apresentou propostas concretas e sempre buscou um entendimento com os representantes da categoria.
Lamentavelmente, as lideranças rodoviárias rejeitaram qualquer possibilidade de acordo e optaram por persistir causando transtornos à população da Região Metropolitana do Recife (RMR). Alertamos que esses movimentos, assim como as tratativas acerca das negociações, têm contado com o envolvimento direto de grupos de não rodoviários com motivações políticas e até de sindicalistas de outros estados, sem qualquer relação com a categoria local ou compromisso com os seus pleitos.
É inaceitável que a nossa população e a mobilidade da RMR sejam penalizadas para servir aos interesses de determinados grupos. Apenas em 2024 a RMR já sofreu com 29 paralisações ilegais promovidas pelas lideranças rodoviárias, que parecem ter sido estendidas para coincidirem com o período eleitoral. Assim, caso o Sindicato dos Rodoviários opte pela deflagração da greve, a Urbana-PE assegura que se empenhará para manter a oferta do transporte público por ônibus e minimizar os prejuízos para a população e para a economia local”.
Informações: Diário de Pernambuco
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