A Copergas em conjunto com a fabricante Scania, e em parceria com a MobiBrasil PE, iniciam nesta segunda-feira uma demonstração com um ônibus 100% movido a gás natural, que passa a integrar o transporte coletivo do Recife na linha 2060. Segundo a MobiBrasil, faz parte do projeto ligado à mobilidade urbana mais sustentável, que já vem sendo desenvolvido nas principais cidades do Paraná, e que tem por objetivo certificar os indicadores de eficiência, em especial, a redução nas emissões de poluentes na utilização do veículo e a contribuição para as metas de sustentabilidade.
Outras linhas também passarão por testes com esse veículo 100% movido a gás natural e o chassi O 500 M 1928/59 Super Padron – BlueTec 6 da Mercedes-Benz que conta com transmissão automática, mas a intenção da empresa nesse primeiro momento é colocar em operação esses dois novos equipamentos na linha 2060 TI Tancredo Neves/TI Macaxeira visando observar a qualidade e espelhar os dois tipos de equipamentos adquiridos pela empresa.
Menos poluente - O gás natural, mesmo sendo de origem fóssil, é menos poluente que os combustíveis líquidos em razão de sua queima mais limpa, com menos fuligem e menor geração de dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases de efeito estufa (GEE). Em comparação com o diesel, o veículo movido a gás natural pode emitir até 20% menos CO2, já a redução de óxidos de nitrogênio (NOx) é de quase 90% e a de material particulado (partículas muito finas de sólidos ou líquidos poluentes) chega a 85%. Essa redução de poluentes impacta diretamente na saúde da população, com um menor índice de doenças cardiovasculares e respiratórias causada por esses gases.
SOBRE O ÔNIBUS - O modelo fabricado pela Scania é um padron K 280, com 14 metros de comprimento e capacidade para 86 passageiros. O ônibus é equipado com elevador para acessibilidade e espaço interno para cadeirantes. O modelo K 280 4x2 tem propulsor de 280 cavalos de potência. Seu motor é Ciclo Otto (o mesmo conceito dos automóveis) e movido 100% a gás e biometano, ou mistura de ambos. Não é convertido do diesel para o gás, tem garantia de fábrica, tecnologia confiável e segura, desempenho consistente e força semelhante ao similar a diesel, além de ser mais silencioso. Neste momento, é o ideal para o ‘aqui e agora’ nacional, pois se enquadra nos três pilares sustentáveis: econômico, social e ambiental. Para o ônibus em teste, foram instalados oito cilindros de gás na lateral dianteira com uma autonomia de 300 km.
A segurança é total em caso de acidentes ou explosão. Os cilindros e válvulas são certificados pelo Inmetro (em conformidade com a lei). São três válvulas (vazão, pressão e temperatura) que liberam o gás em caso de anomalia em um destes três quesitos. Os cilindros são extremamente robustos (o material é de ogivas de mísseis). Em caso de incêndio ou batida o gás é liberado para a atmosfera e se dissolve sem perigo de explosão ao contrário de um veículo similar abastecido a diesel que é mais perigoso, pois o líquido fica no chão ou pode se espalhar ao longo da carroceria.
Informações: Blog Meu Transporte
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