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Aumento do diesel pode prejudicar transporte coletivo de Campinas

quinta-feira, 12 de maio de 2022

O reajuste de 8,87% no preço do diesel para as distribuidoras, anunciado pela Petrobras na segunda-feira (9), ameaça trazer consequências para o transporte público de Campinas e gerar impacto nos preços de vários produtos. O Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano e Urbano de Passageiros da Região Metropolitana de Campinas (SetCamp ) alertou que o sistema pode passar por um colapso, inclusive com estudos para a redução do número de ônibus nas ruas.


De acordo com a entidade, a medida será tomada caso o Poder Executivo não apresente soluções rápidas para manter o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos. A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) informou que ainda vai esperar o mês de maio para confirmar o desequilíbrio e, somente depois disso, anunciará uma nova posição sobre o tema, mas negou que haverá qualquer redução na frota. 

O Sindicato das Empresas de Transporte defendeu, em reunião realizada anteontem, que sejam tomadas providências para o equilíbrio financeiro do sistema, como a criação ou revisão dos valores dos subsídios, redução da carga tributária que incide sobre o setor ou cortes na oferta de serviço, ou seja, a redução da frota de ônibus.


O SetCamp alega que o motivo desse pedido é o aumento de 8,9% no preço do diesel. Os dados revelam que, somados os reajustes anteriores do combustível, o diesel já subiu 47% este ano, gerando um impacto acumulado de 15,4% nas tarifas de ônibus, conforme cálculo realizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

"Se nada for feito por parte do Poder Executivo, sejam os governos municipais ou estadual, uma das únicas alternativas que nos resta é reduzir a quantidade de ônibus nas ruas", afirma Paulo Barddal, diretor de comunicação do SetCamp.

"Hoje, os sistemas de transporte operam com cerca de 80% da demanda que havia antes da pandemia. E, por outro lado, existe uma pressão muito grande dos governos municipais e estadual para que as empresas aumentem a oferta. O grande problema é que a conta não fecha faz tempo e, ainda assim, o setor é alvo de muitas críticas por parte dos usuários e da imprensa", disse Barddal.

O presidente da Emdec, Vinicius Riverete, explicou que a Administração mantém conversas quase que diárias com as empresas e com os permissionários do transporte público, mas que no momento não há discussão sobre retirada de ônibus do sistema público de transporte.

"Sabemos que há um problema, mas não existe um debate sobre redução da frota por causa do aumento do diesel. Embora o diesel tenha tido um aumento, também aumentaram os passageiros neste último mês. Está voltando a ter um equilíbrio que se perdeu com a pandemia. Um eventual desequilíbrio vai ser verificado agora no meio de maio, quando esse reajuste passar a ser aplicado na prática", explicou. Segundo o presidente, houve um aumento de oito para dez milhões de passageiros nos últimos dois meses. 

A frota do Sistema InterCamp totaliza mais de 1,1 mil ônibus, sendo que 80% são geridos pelas empresas do consórcio do SetCamp e o restante pelos permissionários. A tarifa varia de R$ 5,15 no bilhete único comum a R$ 5,60 no vale transporte. Além disso, a Prefeitura paga um subsídio anual de R$ 72 milhões, sendo R$ 60 milhões às empresas e permissionários e R$ 12 milhões ao Programa de Acessibilidade Inclusiva (PAI).

Vinicius também ressaltou que somente a Emdec é responsável por aumentar ou reduzir a frota da cidade e, caso as empresas não cumpram, há punições previstas em lei. "Quem decide é a Administração e eles (o sindicato) só poderiam reduzir frota com o aval e não há nenhum. Não há nenhuma orientação para reduzir frota", destacou Riverete.

A Empresa Metropolitana de Transporte Urbano (EMTU), responsável pelo transporte metropolitano da região, foi procurada, mas não respondeu aos questionamentos da reportagem. 

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas (Recap) acredita que o efeito do reajuste do diesel será sentido em todos os setores da sociedade com muito mais impacto do que os aumentos da gasolina e do etanol. "Os postos têm que repassar os preços, porque as próprias distribuidoras já repassaram. Eu vejo com bastante preocupação. O diesel inflaciona demais toda a cadeia de produção, afeta o frete de mercadorias, a própria mercadoria em si. Ele tem um efeito na inflação muito mais forte do que o etanol e gasolina", afirmou Emílio Martins, presidente do Recap.

De acordo com a Petrobras, o preço do litro do combustível no atacado passará de R$ 4,51 para R$ 4,91, um aumento de R$ 0,40. Segundo a empresa, esse é o primeiro reajuste do combustível em 60 dias. A gasolina e o GLP tiveram seus preços mantidos.

Segundo explicou Martins, o motorista deve procurar locais onde há possibilidade de encontrar o produto mais barato. "Há variáveis nos preços, por isso fica até difícil colocar uma média. Às vezes, na rodovia tá mais barato que na cidade, porque tem mais concorrência", contou.

A Petrobras justificou o aumento, informando que o balanço global de diesel está sendo impactado, neste momento, por uma redução da oferta frente à demanda.

O autônomo Guilherme Agostin, de 28 anos, trabalha com carreto e fretes. Segundo o profissional, por trabalhar por conta, não consegue repassar cada reajuste de combustível que a Petrobras promove. Ele contou que precisa trabalhar com preço mais baixo para não perder serviço. "Eu faço carreto. Trabalho por conta própria e faço frete para tudo quanto é lado. Você pega aqui num valor e, quando chega em outro Estado, está mais caro. Como já estava fechado o valor do frete, não consigo repassar o valor para quem contratou. Então, a pessoa é obrigada a trabalhar num valor mais barato para ter serviço", disse.

O fretista Sérgio Forriel, de 48 anos, explicou que ficará mais atento nos postos de combustíveis que cobrem mais barato, mas disse que receia até mesmo a possibilidade de abastecer com diesel adulterado. "Já sabemos que esse será o preço e que não posso aumentar para o cliente, senão fico sem trabalho ou ele vai encontrar outro mais barato. A opção é ficar atento ao mercado e ver os postos que cobram menos. Mas também tenho que ficar atento para não ter problemas no motor, que vão gerar mais um gasto", disse.

Informações: Correio

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