As reivindicações dos rodoviários quanto ao reajuste salarial de 12% e adicional de insalubridade - que motivaram a paralisação de ônibus desta segunda-feira (26) - vão passar a tramitar na Justiça do Trabalho. Caberá ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) decidir sobre o percentual de revisão do salário da categoria.
A decisão ocorreu em comum acordo após reunião da diretoria do Sindicato dos Rodoviários, membros do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) e o prefeito de Manaus, Artur Neto.
"Houve um comum acordo para irem a Justiça e a decisão será da Justiça com o direito da parte perdedora de recorrer à decisão. Vivíamos com estes diálogos há muito tempo e hoje conseguimos fechar um acordo e Manaus pode respirar alivida após esta greve que durou horas e não era boa nem para o patronal, sindicato nem para a população", afirmou o prefeito.
Após a reunião a portas fechadas, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Manaus (STTRM ), Givancir de Oliveira, agradeceu pela mediação e oportunidade de discutir sobre as reivindicações da categoria.
"Graças a Deus o Sinetram reconheceu o seu erro e nos deu um comum acordo. Um documento jurídico que vai legalizar o julgamento do dissídio coletivo, garantindo assim, o pagamento retroativo caso o tribunal passe dois, três ou quatro dias para julgar. Era isso que a categoria queria: garantia de julgamento e que isto fosse de igual pra igual", disse Givancir.
Questionado se Rodoviários e Sinetram poderiam ter entrado em acordo sem a necessidade de greve, Givancir afirmou que tentou, mas o Sinetram não queria que a situação fosse para a Justiça.
De acordo com o advogado do Sinetram, Fernando Moraes, o acordo para levar o caso à Justiça ainda não havia ocorrido porque o Sindicato acreditava em uma negociação de modo extrajudicial.
"Com a mediação do Prefeito, ele funcionou como um fiador deste acordo com o intuito de garantir que uma eventual decisão do Tribunal possa ser cumprida em termos econômicos. Agora o tramite segue com a nossa aceitação. Acreditamos que isto seja um compromisso firmado pelos Rodoviários para que uma nova greve não venha a acontecer. Queremos trabalhar e colocar os ônibus em circulação", disse o advogado.
Paralisação
Usuários do transporte coletivo de Manaus foram surpreendidos com a paralisação de 100% da frota de ônibus nesta segunda-feira (26). A população lotou pontos de ônibus e reclamou. Muitos tiveram que usar táxis, mototaxis e micro-ônibus alternativos, que normalmente transitam na Zona Leste e tiveram a circulação liberada até o Centro. Cerca de 800 mil pessoas foram afetadas.
Informações: G1 AM
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