Tudo indica que a Viação Piracicabana fez um negócio da China com o contrato emergencial do transporte coletivo em Blumenau.
Vai cobrar R$ 3,65 pela viagem, preço recém-reajustado e nunca cobrado pelo Consórcio Siga. Não vai precisar manter terminais e estações de pré-embarque, que passam para responsabilidade da prefeitura. Segundo um diretor do Siga, essa manutenção custava cerca de R$ 350 mil por mês.
A Piracicabana está contratando os funcionários pelo piso da categoria e sabemos que muitos tinham salários bem maiores nas empresas do Siga. Também ganhou da prefeitura espaço para abrigar os ônibus que não cabem na garagem da Penha. Isso sem falar do fato de ser uma empresa de atuação nacional que, provavelmente, consegue descontos maiores que o Siga para comprar insumos como óleo, diesel e pneus.
Ou seja, o custo de operação do sistema emergencial é menor que na época do consórcio Siga e, por isso mesmo, tem muita gente nas redes sociais sugerindo que o preço antigo seja mantido durante os seis meses do contrato.
É claro que não podemos desconsiderar o investimento que a empresa fez para implantar o sistema emergencial na cidade. Adaptar e trazer mais de 200 ônibus de São Paulo para Blumenau, contratar pessoal e garantir uma estrutura mínima para a operação têm seu preço. Mesmo assim, vale a reflexão. Especialmente para nortear a elaboração do edital de licitação para a concessão do serviço.
Informações: O Sol Diário
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