Negociações entre a prefeitura de Salvador, o governo estadual e a concessionária CCR Metrô Bahia para a definição da tarifa de integração entre os sistemas de ônibus e metroviário seguem sem definição, apesar das discussões que acontecem desde a semana passada.
Segundo o secretário de Mobilidade da capital baiana, Fábio Mota, a proposta feita pelo governo - que não foi revelada - foi rejeitada pelos empresários que operam as linhas de ônibus urbanos. Esse é o principal ponto de impasse nas negociações.
Para que a integração aconteça, um outro sistema de ônibus, exclusivamente voltado para a alimentação do metrô, precisa ser criado, o que geraria novos custos. "A integração não tem nada a ver com o sistema de ônibus que já opera na cidade", diz Mota.
"Confusão"
"As pessoas criam confusão em torno disso. Aqui em Salvador o sistema de integração é diferente do que existe em outras cidades, de acordo com o contrato firmado entre estado e município", diz o secretário. Na capital baiana, o novo sistema funcionaria num raio de 5 km da estação, informação confirmada pelo governador Rui Costa, em coletiva de imprensa.
A meta do governo, segundo Costa, é dar início à operação comercial no dia 21 de dezembro, quando a Estação Pirajá do metrô será inaugurada, conforme previsão da concessionária.
Enquanto o imbróglio não é resolvido em Salvador, a integração com o transporte metropolitano já está acordada, diz o governador. Agora, os valores começam a ser definidos. "Por conta dos variados destinos, serão valores diferentes", afirmou.
A prefeitura diz que espera um acordo entre o governo estadual e os empresários dos ônibus soteropolitanos. "O prefeito sempre autorizou que o governo negociasse diretamente com os consórcios, porque a obrigação de fazer a integração, criando um novo sistema para alimentar o metrô, é do estado", afirmou Fábio Mota. "Tentaram negociar conosco a integração com o sistema existente, mas nada ainda foi definido", disse o secretário.
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