A paralisação não tem previsão de término. Trabalhadores e patrões não chegaram a um acordo ontem, mesmo após a realização de uma audiência de conciliação e instrução do dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho, com duração de sete horas. Diante da falta de consenso, 19 desembargadores do TRT julgarão, hoje às 17h, as seis cláusulas que travaram a audiência. Elas tratam do reajuste salarial, do piso dos profissionais e do aumento do valor no vale-refeição. Os rodoviários pedem 10% de reajuste salarial, mas os empresários só ofereceram 6%.
Também amanhã será feita a homologação de um item conciliado, que diz respeito sobre o pagamento, ao empregado, de 10% do salário, caso as empresas descumpram a convenção coletiva, que inclui acordos sobre auxílio funeral e não cobrança em caso de assalto e , avarias sem culpa do condutor.
No segundo dia da paralisação, 71% dos ônibus circularam segundo a Urbana-PE, sindicato das empresas, mais dos que os 50% da segunda-feira. O aumento, contudo, não se refletiu na agilidade das viagens, que tiveram atrasos em vários pontos.
Edmir Silva, 56 anos, que embarca no TI do Barro diariamente, aguardou um ônibus para ir à Ceasa por mais de uma hora. A assistente administrativa Maria José Ramos, 31, deixou a comunidade de Bola na Rede, na Guabiraba, onde mora, para a Macaxeira.
O movimento de volta para casa foi tranquilo. Quem não teve compromissos inadiáveis preferiu ficar em suas residências. Na Avenida Conde da Boa Vista, às 18h o comércio já estava com as portas fechadas e os ônibus rodavam com poucos passageiros.
Saiba mais
2 milhões
de passageiros utilizam o transporte público na Região Metropolitana do Recife
3 mil
ônibus compõem a frota
71%
dos ônibus circularam ontem
50%
circularam na segunda-feira
10%
é o percentual de reajuste pedido pela categoria
R$ 1.605
é o salário-base do motorista
R$ 738
é o salário-base do cobrador
Informações: Diário de Pernambuco
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