Em assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (19), motoristas e cobradores de ônibus da capital paulista, que ameaçavam entrar em greve, aceitaram a proposta feita pelas empresas e desistiram da paralisação. A assembleia foi realizada na rua Pirapitingui, na Liberdade (centro), em frente à sede do Sindimotoristas, sindicato que representa os trabalhadores dos coletivos municipais de São Paulo.
Segundo a assessoria de imprensa da entidade, o SP Urbanuss --sindicato que representa as empresas de ônibus-- melhorou a proposta feita anteriormente. As empresas aceitaram conceder aumento salarial de 10%, vale-refeição diário de R$ 16,50 (atualmente o valor é de R$ 15,30), além de uma parcela fixa anual de R$ 850, referente à participação nos lucros e resultados (PLR).
A proposta apresentada pelas empresas na semana passada era de 5,2% de reajuste (percentual que cobriria a inflação do último ano), aumento de R$ 0,20 no vale-refeição diário e PLR de R$ 600. Em assembleia na quarta-feira (14), realizada após reunião de conciliação no TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo), a categoria rejeitou a proposta.
Procurado pela reportagem na última quarta, o SP Urbanuss disse que não poderia subir a proposta por conta do prejuízo que as empresas vêm tendo com os ônibus queimados. Na manhã de hoje, motoristas e cobradores realizaram uma passeata entre o sindicato e a Prefeitura de São Paulo, que também fica no centro.
Redução no tempo de serviço
O acordo fechado hoje entre os trabalhadores e as empresas prevê também: reconhecimento de insalubridade, que permitirá aos motoristas e cobradores se aposentarem com 25 anos de trabalho (atualmente o tempo de serviço é de 35 anos para homens e 25 para mulheres); licença-maternidade de 180 dias; e melhoria na qualidade dos produtos da cesta básica.
Funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que também ameaçam entrar em greve, realizam assembleias nesta segunda para decidir se irão paralisar ou não.
Informações: Do UOL, em São Paulo
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