A falta de acessibilidade em ônibus e estações do BRT/Move, o sistema de transporte rápido de Belo Horizonte, ainda é um desafio para os deficientes. O tema foi discutido na tarde desta segunda-feira na Câmara de Vereadores em audiência pública. Nos próximos dias, um relatório com as principais reclamações, como a disponibilidade de apenas um cadeirantes por veículo e a falta de plataformas nas estações Paraná e Santos Dumont, será entregue a BHTrans.
A audiência, proposta pelo vereador Leonardo Mattos, começou às 13h30. Diversos deficientes físicos compareceram ao Plenário Helvécio Arantes e expuseram os problemas vividos por eles durante as viagens do BRT. “As principais reclamações foram a falta de mais um lugar para cadeiras de rodas nos ônibus, o piso tátil para cegos são muitos rasos e eles não estão conseguindo tatear, as estações Paraná e Santos Dumont ainda não possuem uma rampa e por isso os deficientes tem que dar uma voltar para entrar nos terminais. Além disso, a situação na Estação São Gabriel mal foi inaugurada e já está com elevadores estragados”, explica o parlamentar.
Um representante da BHTrans compareceu na reunião e explicou algumas situações. “A empresa afirmou que vai fazer um laboratório na Estação Paraná onde todos os conceitos de acessibilidade serão implementados nos próximos meses”, afirma Mattos.
As reclamações dos usuários serão reunidas em um relatória que vai ser entregue, nos próximos dias, para a empresa que administra o trânsito na capital mineira. “Também propusemos que a BHTrans crie um conselho com pessoas deficientes, cidadãos usuários do transporte coletivo e da própria empresa para levar os problemas e negociar as soluções deles”, diz o vereador.
Por João Henrique do Vale
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